LEOPOLDO CAPÍTULO 17.1.

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CONTÉM ERROS, SEM CORREÇÃO.

17 PARTE 1

Sai do Dark Tea reticente ao que George me aconselhou, tornar a preta minha esposa, pensava, tornar o casamento público, pensava, não me agradava, mas usar o casamento, ela como fachada para os meus negócios, soava interessante.

O motorista abriu a porta do carro, me acomodei, já no volante o homem pergunta qual o destino, respondo que seria a casa da minha mãe. Assim que o carro despontou na rua a neve caiu sobre o para-brisa, peguei as luvas que estavam sobre o banco de couro e as vesti.

Pensava em qual teria sido o momento que Salomão havia se apaixonado pela preta, bati a mão sobre o estofado, me recriminei. Droga! Eu deveria estar pensando em Ravena, o que fazer para agradá-la, qual joia comprar para apaziguar sua raiva. Mas não, desde que trouxe essa infeliz para minha vida, volte meia ela está nos meus pensamentos.

Droga! Transei com ela, não planejei essa merda, e agora isso está me consumindo, eu estava completamente fora do meu juízo com todo aquele álcool. Minha mente sempre foi uma bagunça, as vezes preciso anotar em uma agenda eletrônica coisas importantes para que não fuja da minha mente. 

Mas aquela noite, toda aquela explosão de tesão que aconteceu quando eu, suspirei, droga! Quando me lembro meu abdome se contrai, meu corpo sofre espasmos involuntários.  E isso realmente me confundi, mas eu a odeio ainda mais por isso, preciso me afundar na minha ninfa para apagar as lembranças daquela preta suja.

Meu telefone toca, olho o visor e é Salomão, abro a tela ignoro a chamada puxo o histórico e visualizo outras ligações: meu pai, Ravena, fecho os olhos ao pensar nela, em como está sua cabecinha bonita. A chamadas perdidas de Noah, outras de Salomão, todos querendo falar comigo. Salomão continua a insisti e bloqueio seu número. Olho pelo vidro e vejo que estamos chegando à casa da minha mãe, peço para o motorista fazer a volta. Ligo para meu piloto e mando preparar o jato, retornarei ao Brasil.

Eu queria muito estar com minha Ninfa, sentir seu aroma, seu gosto, mas não posso delegar a Neblina a Salomão no pé que estão as coisas. George pode estar certo, não estou disposto pagar para ver a merda acontecer. -Mais um problema para colocar nas suas costas, preta maldita. Digo alto para que não me esqueça depois.

Ao contrário de Londres o calor do Brasil me faz tirar toda a roupa pesada que usava, do alto avisto a imensidão de terra que compõe a fazenda. O jato aterrissa, desço as escadas a pista é terrosa, um carro está a minha espera. Pedi que aterrissassem na pista mais distante das sedes, não queria ver rostos conhecidos àquela hora.

O conselho de George era confundir Salomão, e confundindo Salomão acredito que meu pai esteja incluído. O padre é como se estivesse fora do jogo, ele não pode me fazer nada, nem exigir, é tarde para bancar o papaizinho.

Assim que o carro para vejo que os portões da ONG estão abertos, latidos e choramingo são ouvidos, uma mulher vem me recepcionar. -Seja bem-vindo senhor, fique à vontade para olhar os animais. Ela fala, ouço os freios altos do caminhão parando e dou um leve sorriso a mulher a minha frente.  Vários homens adentram o recinto e um deles diz que estão prontos.

-Mande o motorista entrar de ré e comecem a encaixotar os cães. -Como assim encaixotar? Aparece mais dois infelizes de um dos canis, a mulher a minha frente os grita dizendo que irei encaixotar os bichos. Um alto pergunta quem estava autorizando, quem eu era para chegar ali como se fosse o proprietário.

-Quero que se identifique, você não pode chegar aqui todo bam, bam, bam dando ordens. Nossa chefa não está, mas nós estamos aqui para proteger os interesses desses animais, e o bem estar deles. Me afastei para o mal hálito dele não me sufocar e me fazer vomitar.  -Quando se refere a chefa me creio que esteja se referindo a Carlota Maria? Perguntei.

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora