LEOPOLDO CAPÍTULO24.

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SEM CORREÇÃO E CONTÉM ERROS.

LEOPOLDO CAPÍTULO 24.

A comunicação com Erasmo estava interrompida, a três horas ele não atendia minhas ligações ou visualizava minhas mensagens. Não gostava de as coisas fugirem ao meu controle, eu não queria ir ao tal hospital, mas pelo jeito, pela falta de informação teria que ir. Chequei meus email e o prontuário dela estava visível com todas as informações de exames do que fez e quais fariam. Os exames indicavam que não tinha nada quebrado ou danificado.

Minha bonequinha de pano era mais forte do que eu pensava.

Erasmo me informou que estava na porta do quarto como um guarda fiel, que a única hora que a deixou a sós foi para fazer o raio x a pedido do médico. Esse fato me incomodava um pouco, teria ela aberto a boca e dito o verdadeiro motivo por estar toda arrebentada?

Seus animais estavam nas minhas mãos.

 Ela não seria louca de testar minha paciência dessa maneira? Os animais comprados na Santa Ana estavam bem presos em seu novo recinto. Não via a hora de presenciar a reação dela quando estiver frente a frente com eles! Vamos ver se gosta tanto de animaizinhos como demonstra.

Meu telefone vibrou sobre a mesa, pensei na hora que fosse Erasmo, mas para o meu desgosto era Salomão me infernizando. Li a mensagem e por um segundo pensei em ir até sua casa e arrastá-lo até aqueles bichos ferozes e dalo de petiscos a eles.

A mensagem era num tom de ameaça, dizia: Cedo ou tarde atirarei de você! 

Ele devia ter fumado alguma coisa estragada, nunca o vi tão valente.

Muitas ideias loucas foram se formando na minha cabeça e tudo porque o palerma do meu advogado não me dava informações dela. Cheguei a cogitar que Salomão a tinha encontrado e a levado, que por isso Erasmo estava em silêncio.

Se isso acontecesse ele ficaria sem a cabeça, aquele nerd dos infernos! Nem o padre ou meu pai estavam me tirando a paz como Salomão.

Tenho os pensamentos interrompidos por batidas na porta, autorizo que entre e a governanta Silvia anuncia que o jantar está servido. Sua presença me faz esquecer meus problemas com Salomão, mas me faz lembrar do que vi mais cedo pelas câmeras de segurança do meu quarto.

A vagabunda teve a petulância de levar o jegue do veterinário até Carlota. Tenho plena consciência que a chamo de cadela, mas não pensaria em levar um veterinário para lhe curar as feridas, meus planos para ela a envolvi plena e saudável. 

Apoio meu cotovelo esquerdo na mesa de madeira de lei levando minha mão até minha têmpora. A encaro como se esperasse algo dela e a mesma se desconcerta. A luz mostra claramente suor brotando em sua testa, a coloração das maçãs do seu rosto toma um tom avermelhado intenso.

-Precisa de mais alguma coisa patrão? A mulher estava claramente desconcertada, não fiz alarde do que tinha visto ou ouvido, ela se arrependeria amargamente por desobedecer a minhas ordens. - Por enquanto não, pode se retirar. 

Deixei o escritório levando meu telefone caso Erasmo retornasse minhas ligações. Espremi uma fatia de limão sobre meu filé de peixe, uma grande quantidade como gostava. Em Londres eu comia a comida típica inglesa, mas para falar a verdade apreciava muito mais a comida brasileira. A culinária inglesa não é muito apreciada apesar que, nos últimos anos ela tenha sido reinventada.

O escondidinho a inglesa não é tão ruim, mas se comparar com o escondidinho de carne seca eu fico com o de carne seca. Entre uma mastigada e outra apreciando meu prato uma lembrança me veio à mente. O armário de Carlota continha muito macarrão instantâneo. Qui merda de lembrança era aquela! Que me importava se estava se envenenando com aquela porcaria! 

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora