CARLOTA CAPÍTULO 32 PARTE 2.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

CARLOTA CAPÍTULO 32 PARTE 2.

O carro parou na entrada de uma mansão luxuosa, como meu marido havia dito, o tal tapete vermelho estava estendido, pessoas vestidas elegantemente passeavam por ele. Os carros paravam e os convidados desciam abaixo de muitos fleches que saiam das lentes dos fotógrafos. 

Conosco não foi diferente e mais uma vez fui intimada a sorrir. O motorista abriu a porta do carro meu esposo foi o primeiro a descer. Em seguida estendeu a mão, pegando a minha, me ajudando a sair do automóvel. "Um cavalheiro ".

É; ele era bom de teatro, me comportei exatamente da forma que ele pediu, sorri de ante das lentes. Em um determinado ponto no tapete vermelho paramos, ele soltou minha mão a levando até minhas costas nua a tocando com leveza, fazendo me arrepiar por inteiro.

Sua mão estava fria, por isso me arrepiei, não esperava um toque sutil vindo de sua parte.

Arrepio esse que não passou despercebido por ele, cínico me sorriu. Atravessamos a porta e ele voltou a me conduzir pela mão. A casa estava cheia, mulheres seme nuas desfilavam entre os convidados usando máscaras de lobas. Os garçons serviam as pessoas de cueca, com máscaras de lobo. Nunca em minha vida pensei ou planejei frequentar um lugar como aquele, apesar de todo o luxo e requinte algo medonho pairava no ar. E não era a música que estava tocando.

Conforme íamos andando em meio aos convidados, homens cumprimentavam meu marido, e giravam suas parceiras, que sorriam abertamente para Leopoldo, isso não me incomodou, seria bom para mim ele se enrabichar por uma delas, eu ficaria livre para fugir. Meus pensamentos correram longe então pensei; estou louca ou esses homens estão lhe oferecendo suas mulheres? Que tipo de festa era aquela?

Estaria eu errada pois Leopoldo não me girou uma vez se quer, ao contrário, sua mão estava bem presa a minha, nem ar passava entre elas. Um homem se aproximou e perguntou se eu faria parte do acervo daquela noite. Leopoldo lhe direcionou um olhar mortal e respondeu seco que não.

-Desculpe me, é uma pena, pois tem uma linda peça em sua companhia. Leopoldo apertou minha mão como se eu tivesse feito algo errado. Eu não havia feito nada, apenas sorri para o homem como ele havia me dito hora antes para fazer. 

-Nao a quero sorrindo para os homens, aquele pedido foi apenas para a entrada no tapete vermelho, aqui dentro mantenha a boca fechada. De repente meu esposo me deixou no meio de um monte de pessoas que não conhecia indo de encontro com outro.

Me senti perdida, deslocada, meu marido não era o homem dos meus sonhos, mas era a única pessoa que conhecia ali em meio toda aquela gente fútil e pervertidas. Um garçom passou por mim, me oferecendo uma bebida, o cara tinha músculos enormes, peguei a bebida no automático, mas não a tomei. Leopoldo conversava com o homem colocando o indicador no peito dele, meu marido parecia furioso, seu rosto estava vermelho, pude notar quando me olhou.

Seria eu o motivo que estavam discutindo? Não; provavelmente que não, eu não era importante para ele, eu era apenas sua cadela de estimação. Estava parada feito estátua, não me movia, para lado algum. Em meio essa catatonia que me encontrava ouvi meu nome ser pronunciado, a vós não me era estranha. 

Dois homens vinham na minha direção, meu sorriso se ampliou, Teodoro Molina, meu ex professor de faculdade estava bem ali na minha frente. Parei de sorrir e ele se aproximou rapidamente, qual seria a possibilidade de encontrar um rosto familiar em meio a tantos outros que não conhecia, nem um, não é mesmo?

Teodoro era primo da minha amiga Soninha, esperei se aproximar pegando na sua mão, em seguida me apresentou o outro, Frederico Sardenha o senador o mesmo beijou o carpo da minha mão. 

-Quando Soninha me contou que havia casado não acreditei, fico feliz que seja mentira, pois não vejo aliança na sua mão esquerda, e nem um anel de noivado na direita. Quando vi sua foto no telão do leilão a reconheci de imediato.

Aquela informação me tirou do chão, porque estaria eu em um telão? Quando me preparei para perguntar meu esposo chegou por trás igual uma cobra, me puxando para cima do seu corpo.

-Ela não está usando a aliança porque a mesma foi levada para ser apertada, como pode ver seus dedos são finos e delicados, também não estou usando a minha em solidariedade a minha mulher. Sou o esposo, e minha mulher não vai ser leiloada.

-Leopoldo. O senador cumprimentou meu marido, o chamando pelo nome, eles se conheciam.

 -Frederico. Meu marido respondeu seu cumprimento sem lhe pegar a mão. Ele não cumprimentou Teodoro. O senador fez a apresentação. Enquanto se destilavam veneno um ao outro disse: o senador.

-A mais bela da festa está em sua companhia, isso muito me agrada. 

-Não fique tão animado amigo, não irei compartilhar minha esposa, quero que mande tirar a foto da minha "esposa" daquele painel. Ele esnobou Teodoro descaradamente como se ele não fosse nada.

 -Leopoldo sabe que não é assim que funciona, depois que sai no telão não tem volta. Terá que brigar por ela no leilão.

Eles conversavam como se eu não estivesse ali, me tratavam como uma mercadoria em uma feira. Não queria ser leiloada, meu ex professor depois que descobriu que estava realmente casada seu sorriso morreu. O meu também, pensava que Teodoro era diferente, mais não, ele fazia parte daquela loucura.

-Quando começar o leilão de seu maior lance, Leopoldo. - Não se preocupe Frederico, eu darei.

-Vamos ver quanto está disposto a perder por sua potranca de pele acetinada. A face de Leopoldo mudou, não foi diferente com sua postura, o homem se ergueu igual um galo índio pronto pra briga. 

-Não entro em batalhas para perder caro amigo. -Seremos três brigando pela peça mais linda da festa. O tom de Teodoro foi ameaçador, eu não entendia nada de leilões, apenas que teria que ter dinheiro, muito dinheiro. Do pouco que vi de Leopoldo, me parece ter muita grana, o senador, sabia eu, que era rico.  Agora Teodoro não, Soninha minha amiga falava sobre ele, mas nunca disse nada sobre ele ter grana, e frequentar lugares cheio de pecadores como os que vejo aqui. 

Na faculdade se vestia bem, sempre estava bem apresentável de camiseta gola polo e calça esporte fino. Hoje ele vestia terno cinza e camisa preta, estava bonito, o senador usava um terno claro com uma camisa branca. 

Sei que estão curiosas para saber como o Diabo estava vestido? O diabo trajava terno negro, camisa branca, relógio prata, os cabelos bem cortados, ele era o diabo, e, o diabo sempre estava perfeito, o cheiro enlouquecedor, trazia consigo um olhar mortal a Teodoro. 


 É foi decepcionante saber que ele era igual ou pior que Leopoldo. 

Os homens se afastarão, um garçom passou e meu "esposo" pegou um copo de uísque o virando todo goela abaixo. 

 VOTEM E COMENTEM. 







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