LEOPOLDO CAPÍTULO 21.

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SEM CORREÇÃO, CONTÉM ERROS.

LEOPOLDO.

CAPÍTULO 21

Saltei do carro assim que parou, dei a volta e esperei pelo visitante. Avistei meu advogado Erasmo acompanhado de um outro homem que não conhecia.

-Chefe! Desculpe a demora, só agora consegui trazer o doutor. Erasmo se adiantou me explicando a presença do estranho na minha casa. - Eu liguei, mandei mensagem, não visualizou, nem me atendeu. Levei a mão no bolso puxando meu aparelho celular verificando suas explicações, o homem parou ao seu lado o cumprimentei lhe dando atenção muito educado, então vi que meu aparelho estava sem bateria.

-Este é o doutor Jonas, tem clínica na cidade e atende no hospital da cidade. -Porque demorou tanto Erasmo, lhe pedi para trazer um médico pela manhã. Falava enquanto andávamos em direção a entrada da casa. -Precisei me encontrar com Cristiano acho que já conhece o motivo? Me lembrei que falará com ele bem cedo e da sua preocupação com os federais. -Espero que juntos tenham chegado a uma solução eficaz? - Com toda certeza, não á com que se preocupar. Respondeu o loiro, o doutor nos acompanhava calado. -Assim espero!

Mandei Erasmo para o escritório e subi os degraus de escada que levava aos quartos.

-Quem é o paciente? -Minha esposa, Erasmo não o informou?

-Ele não passou detalhes, apenas que precisava dos meus serviços em uma propriedade rural. É claro que Erasmo não lhe deu detalhes, não me lembrava de telo informado para que queria um médico. Empurrei a porta do quarto pronto para encenar um teatro.

A cama estava desarrumada e vazia. -Carlota! A chamei adentrando, indo ao banheiro, nada, onde diabos estava, Carlota! A chamei num tom acima aborrecido para que saísse de onde estivesse de uma vez. -Acho que encontrei minha paciente?

Girei meu corpo seguindo os movimentos do homem em direção ao terraço, o vento balançava as cortinas me dando a visão de um corpo ao chão. O segui vendo-o se abaixar verificando o pulso dela. Levou uma de suas mãos na face dela tirando os fios escuros que a escondia, estava ao chão com os braços abertos, tronco inclinado para o quarto e a cabeça encostada ao rodapé do parapeito. As pernas estavam juntas, minha camisa lhe servia como vestido marcando o meio de suas cochas.

O homem tocava seu corpo escrutinando minuciosamente, em passadas suave parei junto a eles, percebi que não respirava quando o homem perguntou. -O que ouvi com ela?

Puxei o ar preso nos pulmões e respondi. - Foi assaltada fazendo compras no Rio de Janeiro. A quele lugar é um inferno e ela não quis manter os seguranças por perto. Falava como se lesse um manual de instruções sentindo algo amargo permear minha boca. Uma sensação estranha, ruim por dentro que crescia a cada segundo que as mãos dele a tocavam.

Desabotoou o quarto e o quinto botão da camisa que ela vestia, a abrindo, expondo o corpo tocando sua pele. - Ela estava com dificuldades para respirar? -Sim. Respondi sisudo, ela disse que não conseguia respirar quando a apertei.

-A um hematoma no tecido bem em cima da costela direita. Somente com um exame mais preciso feito no hospital poderei saber qual a gravidade. Se estiver fraturada corre riscos de perfurar o pulmão, causar lesões em outros órgãos internos, sem contar a febre. A quanto tempo ela está nessas condições?

-Não sei dizer, cheguei de viagem a um dia a encontrando assim. Queria levá-la ao hospital trazer um doutor, ela se negou, disse que estava bem. Minha esposa é um pouco teimosa doutor!

-Preciso remove-la o mais rápido possível! - Remove-la pra onde? - Para um hospital senhor! Nas condições que está não vejo como ajudá-la se permanecer aqui. Uma ambulância demoraria chegar, tentarei acordá-la, usaremos o helicóptero será desconfortável, mas ágil.

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora