LEOPOLDO CAPÍTULO 17.2.

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CONTINUASSÃO.

SEM REVISÃO, CONTÉM ERROS.

17 PARTE 2

Acordo num sobressalto suando frio, passo as mãos sobre meu rosto e sinto minha pele molhada, ardente, olho em volta e minha mente se acalma, estou na minha casa. Foi apenas um pesadelo. 

Me sentei, meus olhos foram ao chão, meus pés estavam sobre o tecido pink vibrante, peguei o amontoando na mão apreciando a textura mais uma vez. Enfiei debaixo do travesseiro, o tirando das minhas vistas. Meu corpo pedia um banho.

Enquanto me secava fragmentos do pesadelo rondava minha cabeça, estava em um lugar escuro, fedia a mofo, gemidos ecoavam pelas paredes, presos, abafados, podia sentir uma corrente fina de ar frio tocando minha pele, era só do que me lembrava, parecia real. 

Droga! Odiava sonhar ou ter pesadelos, nunca conseguia organizar as cenas em minha mente, eram destorcidas, confusas e eu acordava suando, febril. Um incomodo horrível no corpo, a boca amargando, sem contar as pontadas na fronte, uma pontada forte veio, me fez curvar a cabeça, levei a mão para conter a dor, uma lembrança rasa da garota presa nas correntes surgiu num clarão. Abri meus olhos minha face refletia no espelho, encarei a mim mesmo por alguns segundos, pensamentos e memórias se misturando. 

Ela deve estar chegando, lembrei-me.

O porão onde prendi a cadela cheirava mofo, era escuro, dane-se! Praguejei, eu não iria ficar preso em pesadelos e lembranças idiotas.

Após me enxugar abri o armário suspenso do banheiro peguei uma cartela de aspirina destacando duas e as jogando na boca. Mastiguei ignorando aquele gosto meio azedo outrora amargo e engoli, queria um efeito imediato. Abri a torneira fiz uma concha com minhas mãos pegando um pouco d'água, levei a boca, fiz um bochecho para tirar os resíduos do remédio entre meus dentes, engoli.  

Mesmo acordando assombrado o sono foi suficiente para recarregar as energias gasta do dia. Me vesti casualmente, enfiei o telefone no bolço direito, sai do quarto. A casa estava barulhenta, passos e atritos de ferramentas no piso eram ouvidos, as modificações em um dos quartos estavam sendo feitas. 

Avistei os rolos de tecidos ao chão e homens em escadas, uma equipe furava o teto, e outra fixava as argolas como pedi. Me vi ansioso para disfrutar daquele espaço, aquela noite eu acabaria com as dúvidas, descobriria se ela havia me dado ou não, prazer absoluto. 

Pensar no fato era absurdo, era como se fizesse chacota de mim mesmo, eu repudiava a infeliz, mas meu corpo não parava de sofrer espasmos involuntários relacionados com aquela noite. Meu corpo se ascendia numa febre infernal, em meio ao tesão descontrolado eu imaginava formas de acabar com aquela desgraçada, mas sua morte não estava incluída em meus planos.

Passando pelo quarto de tecidos deixando meus pensamentos luxuriantes, a governanta chama minha atenção quando sai do quarto que partir daquela noite será dela, da minha esposa. Paro no limiar da porta, meus olhos correm para dentro do cômodo.  Os pertences trazidos do cortiço estavam sendo guardados e organizados. Me direcionei aos armários empurrei os vidros e um pequeno closet se revelou, os trapos que ela usava estavam pendurados nos cabides. Peças que não poderia usar para me acompanhar em lugar algum, me envergonharia. Enfiei a mão no bolso direito abri a tela buscando o contato de Cristiano meu advogado, sua mulher tinha uma boutique na cidade, digitei uma mensagem a ele.

Quero sapatos de salto fino, um colar de pérolas, pra finalizar um vestido atraente e sofisticado.

Esperei que visualizasse. 

Para quando? li a pergunta e digitei. 

Agora! O piloto do helicóptero estará aí em cinco minutos.

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora