CARLOTA CAPÍTULO 9

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SEM REVISÃO, CONTÉM ERROS.

UMA HISTÓRIA FICTÍCIA.


CARLOTA CAPÍTULO 9

Crueldade, prazer em praticar o mal, o ser cruel sente prazer na dor do outro, pratica a maldade saboreando o feito como se degustasse um vinho, um bom prato. Se delicia e se deleita da dor do outro, se sente grande. 

O cruel atormenta, fere, humilha, subjuga o outro com satisfação, perversidade. O cruel é abusivo, é bestial, sem pudor ele comete atrocidades levando o outro a um estado de morte: mental e física. Eu me encontrava dessa forma, a voz que me atormentava, as mãos que me feriram me levaram ao limite da exaustão. Mesmo longe, sem me tocar, sem palavras, ele me torturava mentalmente.

Me via em meio um roseiral, seus espinhos me furavam a pele, por mais que eu corresse, que quisesse fugir, não conseguia me afastar, a beleza das rosas me atraia tirando minhas capacidades, meu foco, seus espinhos drenavam meu sangue, minhas forças, me prendendo ao meu tormento.  

  

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Dor, meu corpo estava imerso a dor, ele disse que quebraria minhas pernas se eu tocasse, não pude evitar. Minhas mãos foram de encontro a seus braços. Sem clemência e com total crueldade a dor lancinante me desmaiou.

Acordei em meio a escuridão, meu corpo sendo tragado numa corrente de ar fria, levantei minha cabeça e a mesma latejou. Meu estomago doía, meus lábios estavam ressecados, passei a língua os umedecendo e eles queimaram, estavam rachados, doloridos.

Tentei me sentar, meu cotovelo doía, não conseguia, dobrei meu braço me encolhendo com dificuldade, me sentei. Não sentia minha perna esquerda, levei uma das minhas mãos descendo sobre ela, apalpei até meu tornozelo, estava inchado, quente, muito quente.

Era revoltante não saber porque estava passando por todo aquele inferno, desesperada cheia de dor, sujeira, fome, sede, frio, gritei, berrava louca por socorro. Só havia silêncio em resposta. Descalça com pouca roupa buscava me proteger, me aquecer, sem sucesso a corrente de ar aumentava, meu corpo se pôs a tremer sem controle.

-Por favor, alguém me ajuda ou me matem de uma vez, eu não aguento mais tanta maldade, me doe a alma. Porque meu corpo já não está vivo, não o sinto, está mergulhado em dor, não identifico onde começa ou termina. Falava ao vento.

Eu não sabia ou identificava nada mais, quantos dias estava ali, quantas noites, se era dia ou noite, estava perdida no tempo, nas horas, nos dias, até as lembranças boas, dos meus animais, do padre, estavam me deixando. Até quando aquilo iria durar? O que estavam fazendo comigo? O que queriam? Estava cheia de perguntas, mas as respostas eram negadas. Quem era aquele homem? Porque me machucava, me feria, abusou do meu corpo.

Eu mal podia me mover, respirava pela boca, meu nariz estava dormente, minha boca amargava o ar sujo que eu engolia, ou era meu fígado intoxicado? Não sabia explicar, era torturante.

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora