O SABOR DO PECADO COMPLETA.

CARLOTA CAPÍTULO 25.

SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

CAPÍTULO 25 Carlota.

Como se explica sentir tesão e medo, ao mesmo toque? O homem belo, de olhos claros tinha a aparência de um anjo. Ele me lembrava os anjos escupidos em pedra, da sacristia da igreja de padre Basílio. Segundo o que nos mostra as escrituras, o diabo era o anjo mais belo do céu, um querubim da guarda de Deus.

Ele traiu o senhor Deus, que o amava! Sujo, mentiroso e traiçoeiro, foi jogado dos céus. Estaria eu nas mãos do próprio diabo? Isso é demais para o meu entendimento? Não consigo enxergar uma saída para me livrar de toda a maldade desse homem. E agora o que seria essa história de primogênitos, acredito que seja mais uma tramoia para me enlouquecer? Ele quer entrar na minha mente? 

Seu hálito era quente e se esparramava na minha nuca. Nossos corpos estavam tão próximos que parecia estar empalada dentro dele. 

Seus quatro dedos enterrados na minha carne me sovavam de dentro para fora, o diabo ganhava espaço, eu perdia a guerra, possuída pelo espirito de luxúria eu gemi. Gemi tão alto de tesão que sua mão ficou alagada dos sucos que saiam da minha boceta. Arrepios saborosos me tomavam a pele subindo e descendo minha espinha. Naquele instante a possibilidade de estar sedenta de tesão pelo diabo me fugiu a mente, a figura grande do belo anjo sobrepujou meu pavor. 

O diabo era realmente sujo! Anjo com alma de demônio!

Ele na sua eloquência enchia meus ouvidos de indecência, xingamentos, a palavra cadela não deixava sua boca, sussurra que era sua boneca. Seu braço esquerdo não me soltava, sua outra mão não deixava meu interior. 

Eu estava exausta prensada contra a porta do quarto, mal podia me mexer fisicamente. Ele continuava, outro orgasmo me arrebatou, ele tinha o domínio do meu espirito. Perdi o sentido do que era real naquele instante, minhas pernas bambearam, meus joelhos se curvarão e antes que os mesmos tocassem o porcelanato o demônio teve piedade.

Me sentia febril, meus cabelos estavam molhados de suor, meu hálito exalava a febre luxuriante que me foi imposta. Eu não pedi para ser deflorada? Não pedi pelos prazeres mundanos da carne, essa luxúria ardente e pecaminosa me foi apresentada por ele. 

Sentindo a macies nas minhas costas, minha mente foi voltando ao seu normal, meu corpo expulsou o calor e a velha Carlota estava de volta.

Igual uma imbecil minhas bochechas queimaram de vergonha diante da figura do homem que me olhava sorrindo. Era um sorriso vitorioso! Mirei suas írises azuis, o contorno de sua face, era pura malícia, demoníaco e ardiloso. -Devia ser punida por mal comportamento, no entanto, a presenteei com orgasmos que quase a desfalecerão. Fechei meus olhos, respondi em seguida:

-Isso não quer dizer nada, prova apenas que meu corpo é corruptível. Quem me garante que não deseja me punir quando estivermos longe daqui? Estava ao seu lado tempo suficiente para perceber que tramava algo, fechei meus olhos. Quando abri, ele estava próximo, seus olhos escurecerão, engoliu seco, disse:

-Sua coragem atiça meu cão interior! Olha que coincidência, você é uma cadela, e eu escondo um cão no meu interior. A diferença é que você é uma cadelinha sozinha e assustada, o meu cão é corajoso, astuto, e quando eu o soltar estraçalhará você.

Foi a minha vez de engolir seco, era uma ameaça, enfrentá-lo nunca seria opção boa. Fiquei paralisada com suas últimas palavras, parecia minha condenação de morte. Sai daquele assombro com o toque grosseiro em meu braço. Girei meu pescoço e avistei meu sangue escorrendo, eu mesma havia me machucado quando puxei o acesso venoso, numa grotesca tentativa de fuga.

Batidas na porta interromperão nosso embate, ele respondeu que poderia entrar, mas antes me mirou friamente, deixando claro que o teatro de casal perfeito continuava. Era a técnica de enfermagem da noite, quando viu o que fiz, me advertiu pela imprudência. Meu marido dedicado comprou minha defesa dizendo que não se repetiria, que apesar do meu mal comportamento o soro estava no final.