BASÍLIO CAPÍTULO 48.

642 159 23
                                    

SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

BASÍLIO CAPÍTULO 48.

Meu assunto com Leopoldo havia sido encerrado, ele agora que vivesse com seus demônios, o que estava no meu alcance eu fiz. Minha preocupação agora era Carlota, eu precisava conversar com ela e contar tudo desde o início. Claro que eu ter mentindo todos estes anos não tinha justificativa.

Peguei o pen drive da camera coloquei no bolço e fui até a casa de Isla, pedi permissão a mesma para entrar, ela me concedeu. -Ela está no quarto com o bebê, vou levá-lo até ela. Assim que fomos nos aproximando a ouvi conversar com o bebê, eu tinha curiosidade em conhece-lo, era meu neto.

Isla bateu na porta e logo em seguida abriu a mesma, eu meio que parei por um instante, eu não queria chateá-la com minha presença. -Venha padre ela o espera. Criei coragem para entrar, ela estava sentada na cama ao lado de um berço. Quando a vi ali tão tranquila, protegida me emocionei, ela estava liberta daquela gente ruim.

-Eu posso ver o menino? Pedi meio que sem jeito, pisando em vidros, eu temia por um não. Ela não disse nada apenas se afastou. -Vou deixá-los a sós para que conversem. A partir do momento que Isla se foi e fechou a porta do quarto o mesmo se tornou pequeno e abafado para nós.

O bebê era lindo, estava forte e saudável, como a mãe dele, Carlota havia se recuperado bem dos maus tratos sofrido. -Eu olho para o meu filho e não consigo não ficar emocionada, tão pequeno teve que lutar por sua vida, penso no outro lá nos braços de uma estranha. 

-Não rodei mais padre vamos direto ao assunto, são anos de mentiras e enganos, porque me escondeu que era sua filha? Enquanto olhava meu neto comecei a contar tudo desde o início lá atrás com minha mãe. Não escondi que sua vó era uma bruxa, que tudo começou com ela, e o que fiz com sua vida. 

Lhe contei tudo, disse que tinha medo da minha mãe fazer mal a ela, por isso a escondi. Ela ouviu tudo e chorou muito, saber que a mãe foi assassinada foi duro de aguentar. -Eu ainda não consigo perdoá-lo padre. 

-Não sou mais padre, entreguei a batina por você. -Não, não foi por mim, foi por você mesmo e sua consciência. - Está certa, fiz por mim, mas foi por você também, acredite, você não teria estomago para o que eu tive que fazer por vingança. 

- Isso era antes padre, olho pro meu filho e me lembro do outro uma força não sei de onde me invade. Eu me sinto grande cheia de força. -Isla te contou alguma coisa sobre Leopoldo. -Só me disse que ele não está na fazenda, mas ele não me interessa. Ele não é digno nem de pôr os olhos nos meus filhos.

-Eu trouxe uma coisa para você, quero que assista e depois voltamos a nos falar. - O que tem aqui? -Sua vingança. Entreguei o pen drive e sai, mas antes dei um beijo no meu neto.

UMA SEMANA DEPOIS.

Se passou uma semana e Carlota não me chamou, eu queria saber se havia conseguido assistir tudo que foi filmado. Tomava um chá com Lisandro quando ela chegou, me surpreendi com sua visita. Eu ainda estava na casa de Elizabete.

-Eu vim lhe pedir um favor. Foi direta sem rodeios, eu gostava dela assim. - Peça o que quiser e se estiver ao meu alcance farei. -Tomei uma decisão e quero sua ajuda, depois do que vi que fez com Leopoldo o que vou lhe pedir é quase nada.

-Não vou esperar Leopoldo se recuperar para buscar meu filho, ele não é digno nem de velos muito menos tocá-los. Eu vou buscá-lo e quero que venha comigo, eu ainda sou a esposa do diabo, então tudo que é dele também é meu certo?

-Sim você tem todo o direito sobre aquelas terras e qualquer outra coisa que for de Leopoldo. São casados em regime de bens, tenho um leve pressentimento que ele não sabe disso. Disse Lizandro a ela.

 -Se sente preparada para o que vai enfrentar, elas acham que está morta?! Mais quem disse que estou viva, estou morta, mas no momento que resgatar meu filho ganharei uma nova vida. 

 - Muito bem, amanhã bem cedo voaremos para-la. -Também irei com vocês. Disse Lizandro. O jato pousou em solo brasileiro, do aeroporto pegamos um Helicóptero para fazenda Neblina, durante todo o voo ela não trocou uma palavra conosco.

Não iria forçá-la a deixarei no seu tempo e mesmo que esse tempo não chegasse, não irei portuná-la. O helicóptero pousou, o heliporto era próximo a casa, descemos todos, as helices foram desligadas. Carlota pisava firme no chão, decidida do que iria fazer, senti orgulho dela.

- Está comigo padre? -Para o que precisar. Empurrou a porta e entrou, na sala ampla de iluminação excelente gritou o nome de Ravena. A mulher loira apontou no alto da escada, parecia ver um fantasma, desceu correndo. 

-Você está morta. -Não, estou viva, e bem viva, vim buscar o que tomou de mim. Elizabete apareceu na cadeira de rodas empurrada por uma enfermeira. -Aqui você não tem nada preta, saia da minha casa agora, e volte pro buraco de onde saiu. Salomão ficou responsável por desova-la em qualquer lugar.

- Pelo que vejo ele não fez o que mandamos. -Disse Elizabete ficando vermelha de ódio. -Ele me salvou, eu e meu filho. - Eu vou ligar para Leopoldo e esse pesadelo vai terminar. - Não perca seu tempo, Leopoldo sofreu um acidente grave no safári, está quase morto.

-Não acredito em você preta. -Não quero que acredite, só quero que devolva o que tomou de mim. - Eu não tenho nada de uma preta suja como você. Um leve choro foi ouvido na sala, Carlota olhou para cima. -Vá pega-lo padre. - Subi as escadas Ravena tentou me impedir, mas Lizandro a parou.

Segui o barulho do choro, abri a porta e o vi nos braços de uma babá. - Me dê o bebê. A mulher fez o que pedi, peguei meu neto e voltei para sala. Carlota quando nos viu ficou emocionada, engolindo o choro disse: - Nunca mais ninguém irá tirar o que é meu.

Ravena tentou bater em sua face achando que a pegaria despercebida. Carlota segurou sua mão e com a outra devolveu uma boa bofetada no meio da sua cara branca. -Como ousa me bater preta.- Eu deveria ter feito isso quando chegou aqui, eu deveria ter lutado pelos meus direitos de esposa daquele diabo loiro.

-Essa casa é minha, essas terras são minhas e tudo que pertence ao demônio também é meu, e agora quem vai sair arrastada é você. Carlota foi até lá fora e voltou rápido com dois brutamontes, ordenou que a jogasse no chiqueiro dos porcos. Ela saiu aos berros arrastada com seus saltos altos.

-Agora você, eu sei que tudo foi plano seu, o que fez com Isla, tentou fazer comigo, mas não deu certo, quero que pegue seu rabo branco e volte para Inglaterra, lugar que nunca deveria ter saído.

- Eu não vou a lugar algum mandado por uma preta como você, quando meu filho voltar terá o que merece. -Ele não é seu filho e já se lembrou disso. A mulher arregalou os olhos. -Mentirosa.

-Senhor Lizandro diga a sua ex esposa que não minto. -É verdade ele recuperou a memória, está grave numa clínica de reabilitação, mas a mente está perfeita. - Acredito que ele não vai ficar muito feliz quando vela. Disse Carlota num tom de deboche, me aproximei dela com o menino, ela lhe beijou a têmpora o tomou nos braços e saímos da casa.

VOTEM E COMENTEM.


Continuem a ajudar a autora com a vaquinha Daniela correa da mota 44999613462.

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora