SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.
CAPÍTULO 42 PADRE Basílio.
A três meses mandei minha carta ao vaticano renunciando, a batina. Levou dois meses para que eles respondessem. Deixei a igreja, mas algumas vezes eu ia colocar flores no altar. Eu pensei muito, sendo padre eu não conseguiria fazer nada para ajudar minha filha. A batina era sagrada, eu não podia sujá-la com vingança, então fiz tudo dentro do que Roma permitia, eu honrei o senhor até o último dia.
Voltei para a casa dos meus pais até eu conseguir organizar uma casa para mim. Minha mãe dona Manoela fez um escândalo, ela não concordava. Quem era ela para concordar ou discordar de alguma coisa.
Ela possuía o coração sujo e ruim, a partir dali eu não ouviria mais suas confissões, nem suas lamurias. ela queria perdão pelo que tinha feito, ela achava que mãe e filha estavam mortas, pelas suas mãos, o remorso era explicito.
Sua vida era viver de joelhos orando, buscando perdão pelo mal feito. Carlota não me perdoou, ela sofreu muito por conta de uma promessa que não deveria ter existido. para irmos para o céu teremos que ir de mãos e coração limpos.
Minha mãe não tinha nem um dos dois, meu pai não dormia mais no mesmo quarto com ela de tanto que ela era perturbada pelos espíritos assassinos que ela contratou. Meus irmãos estavam todos casados, quase não a visitavam.
Meu pai quase não vinha em casa, ele não a suportava mais, o cheiro de velas queimando por todos os lados, só restava eu, quando me via se arrastava ao chão pedindo perdão, eu a mandava rezar. Minha filha não me perdoou, eu também não iria perdoá-la, eu não tinha mais a batina, e depois que vi e soube do sofrimento da minha filha eu desejei que morresse, amarga com sua ruindade.
Eu não tinha o perdão da minha filha, mas nas sombras eu me vingaria de todos por ela, ela não tinha condições de se livrar deles, nem física nem espiritual. Agora seria diferente eu sujaria minhas mãos, eu encheria o meu coração de coragem e vingança.
A casa parecia uma catacumba, fria e isolada, com muitas velas para todos os lados que se virava. Ela tinha medo do escuro até as luzes do meio do dia ela mantinha acesas. Entrei na casa e subi para o seu quarto a encontrei rezando.
Me ajoelhei perto dela e disse: -Não peça perdão a deus por ter matado sua neta, porque ela está viva. Ela parou de rezar no mesmo instante, me olhou com curiosidade, ela era uma farsa, não estava nem um pouco arrependida tudo era falso.
-Não pode ser verdade, ele me trouxe as orelhas dela. -Ele a enganou, Carlota vive e é uma negra linda. -Eu não acredito em você? -Não esperava que acreditasse o importante é que eu sei a verdade.
-Se isso for verdade não se atreva a traze-la pro convívio da família eu não permitirei. Era só o que eu precisava ouvir, não havia arrependimento. Sai do quarto e a deixei lá ainda de joelhos, encostei a porta abri uma janela que ficava no corredor, o vento entrou como providencia divina derrubando as velas nos tapetes.
Me aprecei para sair, ninguém me viu lá, até os empregados tinha abandonado a mansão Mandeta. Peguei um corredor atrás da casa dando direto a um beco isolado. O fogo lamberia tudo rapidamente, ela não conseguiria sair.
Ficaria presa no andar de cima sem acesso para o debaixo, eu não a considerava mais minha mãe ela era um monstro e me transformou em outro. De uma coisa Leopoldo estava certo o sabor do pecado era irresistível. Minha mãe foi a primeira, agora eu iria atrás dos outros.
Todos estavam acostumados a me ver de batina, estar sem ela e caminhar nas ruas me dava uma certa liberdade, poucas pessoas me reconhecia. Conversava com uma das beatas fervorosa sobre minha atual condição quando caminhões de bombeiros passavam a toda velocidade com a sirene ligada.
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O SABOR DO PECADO COMPLETA.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.