CARLOTA CAPÍTULO 36.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

CARLOTA CAPÍTULO 36.

Acordei num pulo, o outro lado da cama ainda se encontrava quente, sinal que ele havia dormido ao meu lado, e, havia acabado de levantar. Puxei o lençol, me enrolei tampando minha nudes, indo para o banheiro, dei de cara com ele saindo do mesmo só de toalha.

-Irei me trocar, não demore, pois desceremos juntos para o desjejum. Então me lembrei do que ele disse na noite anterior que, a partir de hoje seria diferente. Descíamos os dois as escadas, de mãos dadas, não faziam ideia para que lado ir então o segui como a cadela que ele dizia que eu era.

Assim que adentramos o comodo, nos esperava na mesa um rapaz e uma mulher. O rapaz eu não conhecia, mas a mulher era a mesma que estava quase nua nos braços do senador.

Ela era muito bela, branca como a neve, os olhos verdes iguais esmeraldas, com certeza era a mesma da noite passada, eu não tinha nem uma dúvida.

-Até que enfim os anfitriões tiveram a dignidade de se levantarem para se misturarem a nós pobres mortais. O tom de voz da mulher estava carregado de deboche, e raiva.

-Não sabia que teria visitas tão cedo? Respondeu Leopoldo contrariado. O outro homem na mesa não dizia nada, apenas assistia com um ar de vitória escorregando por seus lábios.

-Eu deveria ter sido avisado que viria ao Brasil? -Eu deveria ter sido avisada que meu noivo se casou com outra! Ela apontou me com o dedo furiosa. -Salomão quero que se retire da minha casa. -Não, eu não aceito que ele vá, pois foi por ele que fiquei sabendo de tudo que aconteceu, por conta dessa aí fui humilhada.

- Casou-se com um ser que repugnava, onde foi parar seu orgulho, na lata do lixo, me largou e simplesmente desapareceu em todos esses meses ignorou minhas chamadas e evitou olhar minhas mensagens. Como acha que me senti, como acha que foi a repercussão nas mídias.

Estou aqui e descobri tudo porque Salomão me montou uma cilada, disse que você me queria aqui. Eu cheguei, e você não estava no aeroporto para me receber, e sim ele, porque estava na festa de Frederico exibindo sua esposa, fedorenta. Ela me atacava e eu nem mesmo a conhecia.

A mulher estava completamente fora de si, as vezes chorava outrora gritava e por outras vezes ria. -Solte a mão dessa vadia antes que eu arranque os cabelos dela.

Leopoldo não fez o que ela exigiu, tentei soltar minha mão, mas ele não aceitou, então ele nos aproximou mais da mesa.

-Essa é a sua vingança Salomão, porque não dei o que queria? O homem continuava mudo, a mulher continuou com os ataques. -Disse que nunca aceitaria se casar com a mulher da promessa de seu pai. Que ele não tinha poder sobre você, mas olhe só você ai de mãos dadas com essa criatura feia.

-Você e eles veem exatamente o que quero que vejam, que meu casamento é um mar de rosas. Ele estava certo eu vivia um inferno nas suas mãos, e ontem todos achavam que estávamos apaixonados e o sexo era maravilhoso. Nunca foi sempre fui um cordeiro sendo abatido.

-Mas o que vejo aqui é completamente o contrário, você teve a audácia de mostrá-la como um troféu a noite passada. Um troféu preto sem classe, charme ou elegância, acha que é de alguma coisa porque sua cara preta apareceu no painel, acredita que é formosa por isso.

-Não é, sua preta feia sem classe, deveria estar tratando dos porcos no chiqueiro e não dentro de uma mansão que pertence a outra mulher. Leopoldo seria meu marido se não fosse essa promessa miserável. O pai dele me fez largar no altar em meio a cerimônia do nosso casamento, eu odeio você a sua existência.

Ela me destilava ódio, então o diabo não mentia, o que nos uniu foi uma promessa entre nossos pais. Então ele sabe quem é meu pai? Eu achava que ele dizia aquelas coisas para me torturar. Enquanto eu pensava nas coisas que ele me havia dito a mulher me estapeou a face, me trazendo dos meus pensamentos.

O sangue escorreu dos meus lábios e Leopoldo gritou segurando sua mão que vinha mais uma vez de encontro ao meu rosto.

Não repita Ravena, pois tenho informações que passou a noite na cama de Frederico.  Você perdeu o direito de estar furiosa.

-Eu não vou mentir, não farei como você eu dormi com o senador, o seu caso é bem pior que o meu, eu era a noiva, eu seria sua esposa e olhe o que encontrei, você de mãos dadas com essa peste negra.

Minha face doía pelo tapa, mas eu entendia mais ou menos o que acontecia, ela era a noiva dele, com quem ele se casaria. Mais por causa da promessa que agora acredito ser verdade, teve que se casar comigo.

Eu estava no meio de uma guerra de acusações, e mesmo a mulher tentando vir para cima de mim Leopoldo me defendeu.

-Carlota volte para o quarto preciso conversar com Ravena a sós.

-Não eu só aceito falar com você se me deixá-la jogar para fora dessa casa ou de qualquer outra que tem nessa fazenda. Eu a quero no chiqueiro dos porcos de preferência sendo a tratadora deles.

O último contato que tive com porcos nesse lugar tive que correr pela minha vida e de mais duas pessoas, agora essa mulher exigi que eu seja a tratadora deles?

Não foi difícil a escolha do meu marido, eu não era nada para ele a não ser uma cadela, fui arrastada porta afora pela mulher e empurrada por cima do arbusto caindo na grama molhada pelo orvalho da manhã.

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