CARLOTA MARIA CAPÍTULO 12.

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SEM CORREÇÃO, E CONTÉM ERROS.

CARLOTA CAPÍTULO 12.

Fui deixada em um quarto cheio de tecidos enormes que vinham do teto ao piso, outros caiam sobre uma cama, tecidos de acrobacia. No teto argolas de ferro sustentavam os mesmos, eram muitos. Estavam distribuídos por todos os lados brancos como algodão.

Meu tormento me surpreendeu pelas costas silencioso, mudo, seu hálito quente foi sentido no pé da minha nuca, engoli seco, medo me tomando. Seu corpo se encostou em mim, estava quente e eu fria, suava frio, temendo o pior, quanta dor estava reservada a mim naquela noite? O quanto mais eu, meu corpo, minha mente poderiam suportar?

Meu tormento não tinha uma face, eu poderia ficar a sua frente que não o reconheceria, mas se recebesse seu toque ou ouvisse sua voz o identificaria fosse onde fosse. Nossa mente não nos deixa esquecer de quem nos provoca pavor, a voz grossa e tenebrosa estava gravada no meu cérebro. Queria sofrer amnesia, esquecer tudo vivido nas mãos desse homem, esquecer. Seu toque era duro, sua voz denunciava ira, repúdio, uma pitada de raiva misturada com desagrado, desdém.

Ele me desdenhava, se apossou do meu corpo com violência e teve a indecência de dizer que sentiu algo irreal, forte. Não existiu esse irreal, para mim foi tudo real, a dor, sua truculência, meu sangue derramado, tudo real.

Meus olhos foram vendados com um lenço vermelho de seda, amarrados fortemente para que meus olhos não caíssem sobre os seus, sobre ele, que não conhecesse o monstro. Me manter as escuras, as cegas, era uma de suas torturas favoritas.

-Segure nos tecidos com as duas mãos firmes, um de cada lado do seu corpo, os quero rente a suas pernas. Mandou autoritário, minhas mãos tremulas seguraram no pano firme como mandou, um aviso claro para não o tocar, foi o pensamento que me veio à mente. -Agora enrole sua perna esquerda onde está sua mão esquerda. Obediente e sem hesitar, obedecia a seus comandos, como um cão adestrado.

Enrolei minha perna no tecido, senti o vestido arrastar na minha pele subindo, minha perna ficou suspensa e aberta. Mãos pesadas pinçaram minha cintura, ele não aceitava meu toque, mas eu era obrigada aceitar o dele. O contato com as mãos grandes sobre a renda queimara minha pele, o toque era bruto, doloroso, se lixando se me causava incômodo.

Algo quente, molhado, pincelou minha vagina sem gentileza, se esfregando com força, ardia em contato com meus lábios vaginais secos. -Eu fui o primeiro, ou outros machos já se enterraram aqui antes de mim? Quero que refresque minha memória cadela? Senti uma de suas mãos entrando dentro da minha vagina, seus dedos tocando por dentro do meu canal, rude. Forçou a mão abrindo as paredes da minha intimidade violento.

-Me responda, responder quando eu perguntar é fundamental para nossa convivência. Era humilhante, revoltante ter que dizer aquele ser, lembrá-lo do que me fez.

-Você me estuprou, usou meu corpo como um bicho irracional, me humilhou me denigriu!

-Cadela desgraçada, resposta errada, não perguntei o que te fiz, como a usei, perguntei se fui o primeiro, ou se quantos outros já se enterraram aqui. O grito estridente saiu da minha garganta com desespero. Sua mão entrava e saia em estocadas grotescas sem Piedade. Ele me machucava me punia com veemência, simplesmente pela resposta que lhe dei.

-Vou virá-la do avesso cadela, e se eu encontrar o que estou procurando, nem as preces irão salvá-la, agora responda o que quero saber ou a foderei com meu braço? Era humilhante ser chamada de cadela, era humilhante ser tratada como nada, o respondi, dolorida, sentindo uma ardência absurda por baixo.

-Foi o primeiro. -Não ouvi? Palavras e choro se misturando se atropelando mutuamente, tentei ser o mais clara possível. -Você foi o primeiro. Ele retirou sua mão, puxei o fôlego para respirar com o alívio. Outra vez em questão de segundos ele me invadiu por baixo sem aviso, entrando com tudo. Ele se enterrou dentro da minha vagina, eu gritei com a dor, queria que ele saísse de dentro de mim, mas ele me golpeava com brutalidade. 

O SABOR DO PECADO COMPLETA.Onde histórias criam vida. Descubra agora