CARLOTA CAPÍTULO 58.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

CARLOTA CAPÍTULO 58.

Ele pedia minha boca, lambi os lábios e o encarei, afinal eu fui atrás dele em Londres, disse que seriamos um o farol do outro. Eu queria dar minha boca a ele, mas ele era como um pé de rosas, eu tinha medo de me espinhar ser espetada. Uma parte de mim o queria, a outra parte pedia calma, cautela.

Eu ainda não tinha dito que o perdoaria, seus maus-tratos ainda estavam vivos na minha mente, eu queria esquecer assim tudo ficaria mais fácil, mas não funcionava dessa maneira. Meu corpo cedia, mas minha mente pedia para correr que seria problema.

Então decidi por não correr e aceitar o que me pedia. Me aproximei, ele se achegou a mim, me puxou pelo cós da calça, nossos corpos se juntaram ali em meio ao cafezal debaixo do pé de mamão, seus lábios se encostaram nos meus, estavam quentes, parecia estar com febre.

Sugou meus lábios, gemeu com o ato, um gemido também escapou da minha boca, me beijou carinhosamente, eu aceitei e o beijei, seus braços se enrolaram como uma serpente na minha cintura. O beijo foi ficando perigoso, sua língua passeou se enrolando a minha, ele foi ficando afoito, ousado, apertou meu corpo junto ao seu. 

Eu estava com as mãos ocupadas e sujas da fruta que comia segundos antes, depois de ter aproveitado como queria da minha boca disse:  -Quer namorar comigo? Juro que não esperava por uma pergunta daquelas eu fiquei pasma. -Eu falo sério, quero te namorar, depois noivar então por último te pedir em casamento.

Eu fiquei sem palavras. -Não é assim que tem que ser, quero que seja minha namorada desejo conhece-la, você também precisa me conhecer, a parte ruim eu já lhe apresentei, e não quero mais que se repita. Quero uma chance, aceita meu pedido? Quero fazer certo dessa vez.

- Eu aceito, mas tudo acontecera no meu tempo. Qui loucura era aquela, eu voltava para os braços do meu algoz, ele reivindicou minha boca outra vez, um beijo cheio de ganancia, suas mãos me apalparam e eu me deixei ser tragada por sua boca, por sua ousadia. Eu ainda não sabia que tipo de sentimentos eu tinha por ele, mas gostei dos beijos. Parou de me beijar e me abraçou com força então disse a ele.

-Te dei o beijo agora vai ter que comer sua parte do mamão. - Esqueci de te dizer que não gosto de mamão. Disse sorrindo, meio brincalhão, estava leve, as palavras saíram suave.

-Quer dizer que me enganou? - Deveria ter perguntado primeiro se eu gostava, não acha?

-Você me passou a perna, jogou sujo, já no primeiro dia de namoro.

-A primeira impressão é a que fica, não é? Então por educação e gentileza eu provarei. Lhe dei sua parte, ele deu uma mordida, depois outra e outra até que a fruta estava só na casca. Comeu até mais que eu.

-Não é ruim, estava gostoso e docinho como sua boca agora pouco. Ele estava tentando me seduzir. - Acho melhor voltarmos para casa e ver nossos filhos. -E o que faremos com nossas mãos sujas de mamão? -Limparemos com folhas de café, assim.

Peguei algumas folhas e fui passando nas minhas mãos ele ficou passado, mas concordou afinal não tinha nada melhor. - Na próxima vez trarei um lenço. -Bem penssado.

O retorno para casa foi suave, alegre, ele me fez sorrir muitas vezes por não saber manusear o animal, eu me sai melhor que ele. Até cavalguei um pouco mais rápido o deixando para trás. Faltando uns duzentos metros para chegar na casa apostamos quem chegaria primeiro.

Ele ganhou, mas não fiquei chateada. -Faremos isso todos os dias pelas manhãs o que acha? - Acho maravilhoso, mas também terá que ir à cidade todos os dias comigo trabalhar no shopping. -Então assim será?

Entramos na casa leve uma conversa agradável, mas tudo se desmoronou quando Molina me saudou com um bom dia. Ele estava plantado na minha sala Soninha estava com ele. - Me desculpe Lote, mas não pude impedir. Não se desculpe. 

-Eu não vim ver você Carlota estou aqui oficialmente, para conversar com Leopoldo. Foi encontrado na zona portuária vários contêiners no nome de uma firma do senhor Leopoldo.

Usou o senhor com deboche, Soninha se sentou no sofá e se manteve calada só observando, Leopoldo se manteve calado, mas sua face transbordava ira, ódio. -Até onde sei ter alguns contêineres não é crime, eu faço muitos negócios com empresários brasileiros se não sabe minha família é dona de uma grande transportadora de louças finas para o mundo todo?

-Fizemos uma expeçam minuciosa em cada um e encontramos muitos vestígios de sangue humano, nem se quer um caco de louças, havia também muitas roupas velhas e sujas dentro? - Você não me amedronta Molina, isso é vingança, quer usar seu título de delegado para se vingar por Carlota ter escolhido ficar comigo!  Leopoldo rosnou como um cachorro se aproximando de Molina.

-Eu vou investigar tudo que tem seu nome, olharei até debaixo das pedras, eu vou pegar você aquele senador, e todos que tiverem envolvidos com seus negócios. Ninguém me tira da cabeça que está envolvido até os cabelos da cabeça com tráfego humano. Se conseguir as provas vou enfiá-lo numa cadeia suja pelo resto da sua vida.

Molina não brincava com sua ameaça, Leopoldo, se mantinha tranquilo, se sentindo nem um pouco abalado com as ameaças, me puxou pela cintura beijo minha face.

-Ameaças, ameaças, já lhe disse não me amedronta, late como um cachorro com fome, não tenho osso para você, não gosto de viralatas. Você só está aqui por ela, mas ela não quer você escolheu a mim, supera e farei de conta que essa invasão nunca aconteceu. 

Leopoldo parou com as brincadeiras e falou sério olhando dentro dos olhos dele. Soninha se levantou achando que tudo se tornaria em pancadaria.

-Você não tem um mandado, nem se quer autorização para me levar a depor, resumindo, não tem nada, só especulações. Agora saia da casa da minha mulher e só volte a nós perturbar quando tiver provas que sou um traficante. Enquanto isso desfrutarei meus dias com minha mulher e meus filhos.

-Ele está certo Molina, você não deveria nem estar aqui, está sendo arbitrário. Disse Soninha a ele, Molina, no entanto parecia não ouvir, olhava para Leopoldo com vontade de enfiar uma bala em sua cabeça.

-Vá embora Molina ou farei uma reclamação no ministério público, que invadiu minha propriedade sem um mandado. Disse a ele. - Você me decepciona Carlota como pode ficar com esse tipo de homem.

-Ela não deve nem uma explicação a você tudo que precisava saber soube no dia do casamento onde ficou plantado no altar. Leopoldo provocou, Molina veio para cima, entrei no meio e gritei que parassem. 

-Vá embora Molina eu não o quero aqui. - Não vai se livrar de mim Carlota, ainda quero uma retratação pelo que me fez.

-Saia agora, ela não se retratara nunca, engula seu ego ou enfie ele no seu rabo. A conversa estava ficando perigosa, Molina ameaçou colocando a mão no coldre com a arma. Eu me apavorei, Soninha pegou no braço dele e pediu para ele ir.

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