TERCEIRO DIA DE CATIVEIRO.
LEOPOLDO CAPÍTULO 4.
Três dias se passarão e a cadela ainda não acordou, Salomão veio me infernizar dizendo que eu deveria chamar um médico. Disse a ele que não, que não precisava de concelhos e que se fosse o caso eu compraria um cérebro para ficar a minha disposição.
-Leopoldo ela pode ter sofrido algum tipo de trauma? Salomão falou com um ar meio que preocupado com a cadelinha. -Não. Gritei sem paciência, eu tinha traçado um plano e ele iria ser cumprido. -De um banho nela de mangueira e estará tudo resolvido. Salomão é meu primo e meu braço direito, mas as vezes é um pouco dramático.
-Leopoldo as condições que ela está é desumana! -Faça o que mandei. Os negros são extremamente resistentes, não é uma pancadinha nas ventas e um lugar úmido que vai matar esse tipo. -Já fazem três dias que ela está lá raciocina, aquele lugar é imundo, cheio de insetos perigosos. Ele estava se alterando, risada de escarnio me levantando da cadeira onde tomava meu café.
-Até que não seria nada mal uma morte acidental por mordida de aranha, leptospirose por urina de rato, talvez um escorpião. Tomei um pouco do meu café, fiz uma careta, estava horrível. Salomão me deu as costas e saiu bufando, deixando em paz, que merda está acontecendo com ele afinal? Nunca o vi gritar antes.
Ela deve ser agradecida por não ter nascido na época da escravatura isso sim, coloquei a xícara sobre a mesa. As negras trabalhavam grávidas pariam os filhos no campo e em seguida voltavam ao trabalho. Umas morriam lá mesmo com seus filhos e eram jogadas em valas como bichos ou comidos por cães. Os homens trabalhavam dia e noite remando em navios negreiros sem comida, sem água até morrerem exaustos e serem jogados no mar virando comida de peixes. Imediatamente eram substituídos por outros, eram apenas peças como em um tabuleiro, nas fazendas eram maltratados e muitos foram dados aos cães por desobediência, sem contar as surras dadas nos troncos. Onde ela está comparada as senzalas é um hotel cinco estrelas.
Desci as escadas de pedras e avistei a cadela ainda desacordada presa nas correntes, Salomão chacoalhava, a chamava e ela inerte. Bateu levemente em seu rosto e não tevê resposta, parei na escada vi quando sussurrou algo em seu ouvido, ela não se mexeu. Passou uma de suas mãos no braço dela, depois em seu rosto. Será que meu priminho gostou da cadela.
-Faça o que mandei. Se virou me olhando com raiva, qui merda estava acontecendo com ele? O que ele pensa que está fazendo afinal?
-Se quer tratá-la como animal faça você mesmo. Me deixou e subiu as escadas correndo. Puxei uma mangueira acoplei na torneira e mirei na cadela. Estava viva, eu disse, essa raça é forte. Cinco minutos depois ela estava gemendo, puxou os braços, mas não conseguiu move-los, ela gemia, tentava falar, gritar, deixei ela se desesperar com a mordaça uns dez minutos, assisti seu pânico, depois tirei, me afastei.
-Frio, eu sinto frio. Falou, a voz baixa, o queixo batia, sentei me na escada a observava, desgraçada, eu devia estar em lua de mel com a mulher da minha vida. Como será que o padreco ficou quando recebeu as fotos? Será que emoldurou alguma. Ela vestia um conjunto branco regata e bermuda, por causa da água o tecido colou na pele evidenciando os seios grandes, os quadris largos, as pernas grossas, nada nela chamava minha atenção parecia uma égua de tão gorda.
Mulheres com o seu bio tipo nunca me atraíram, gosto de mulheres magras, delicadas, corpo delgado, aquele tipo que você olha e acha que com uma foda bruta elas podem se quebrar ao meio. Minha Ravena é assim parece uma boneca de porcelana, frágil, delicada, pele alva, os cabelos cor de ouro brilham em contraste com o sol, com a água uma verdadeira ninfa.
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O SABOR DO PECADO COMPLETA.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.