SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.
CARLOTA CAPÍTULO 32 PARTE 1.
O quarto estava a meia luz, usava a camisola pink, nos meus pés calçava o scarpin preto salto agulha a seu pedido. Por não ter uma vida badalada não costumava usar aquele tipo de sapato, ainda mais por ter ficado a noite toda me equilibrando em cima dos mesmos desfilando de um lado para outro com meu "esposo".
A planta dos meus pés estava dormente, meus tornozelos também não ajudavam muito. Seguindo suas ordens, retirei apenas o vestido. Uma peça bonita e brilhante como requeria a ocasião.
A maquiagem o cabelo continuava intactos. A camisola caiu em meu corpo como uma luva, havia ganhado a mesma a quase dois anos de presente de aniversário de Soninha, minha amiga e parceira na (ONG).
Apesar que tenho minhas dúvidas em relação a isso? Bom; faz tempo, e ela nunca mais tocou no assunto, respirei saudosa. Como será que o fechamento da (ONG) e a retirada dos animais a fez sentir? Ela não gostava de surpresas, o que deveria estar pensando agora sobre mim, sobre os animais? Outra vez me encontrava sem resposta. Eu estava mais magra, a dois anos atrás deveria ter o mesmo peso que tenho agora. Por isso a peça comportou meu corpo, se colando a minha cintura, ajustando se nos meus seios em um decote fundo.
Me sentia uma prostituta esperando por seu cliente, seria como da outra vez? Alguém viria e me levaria para aquele quarto cheio de tecidos? Não tinha recordações boas daquele cômodo, me olhei no espelho, não pensem que estava me olhando para saber se estava bonita para o Diabo? Apenas admirava o poder de uma maquiagem para camuflar um corpo maltratado pela violência. Sai do closet, me sentei no recamier esperando minha sentença da madrugada.
Tensão, medo, meus companheiros, nunca me deixavam só, agitavam meu sangue, eriçavam meus poros. Ele havia tomado alguns copos de uísque e taças de champanhe durante a noite. Apesar que, depois que fui apresentada ao senador Frederico Sardenha o uísque não mais deixou sua mão, seu olhar também ficou diferente. Sem contar a minha surpresa em reencontrar um professor da faculdade de direito, que hoje é um famoso delegado federal.
Apesar de me sentir uma boneca de trapo como dizia meu marido, eu estava bem vestida para a ocasião. Eu estava em um lugar estranho cheio de pessoas estranhas e esnobes, por esse motivo meu rosto e meu olhar se iluminaram quando meu ex professor Teodoro Molina se aproximou me cumprimentando, chamando-me por Maria, me reconhecendo em meio tantas pessoas importantes. Polida e sem alvoroço lhe dei a mão, mas somente eu sabia como meu coração estava, gritava socorro. Ele me apresentou ao senador Frederico Sardenha os dois chegaram juntos até mim.
Segurava na mão uma taça de cooler feito com pouco álcool com frutas vermelhas, eu não gostava de álcool. O álcool em excesso revela a personalidade escondida dos seres humanos. Os encorajando, revelando sua natureza diabólica. Meu marido embebedado ou não era diabólico sem álcool por si só.
Jamais pensaria que encontraria Teodoro em uma festa como aquela, seria o destino?
Fui preparada e enfeitada como uma boneca sem ter qualquer informação do que me esperava. Assim que fiquei pronta vinte minutos depois fui chamada por meu marido por uma funcionária que o mesmo me aguardava no heliponto da fazenda. A notícia que sairia dali me pegou totalmente de surpresa. Foi como ganhar um brinquedo, pensei logo na possibilidade de fugir dele.
Depois daquilo que aconteceu em meio aos animais ainda me chocava, minha visão se molhava em lágrimas. Ele me carregou no colo até meu quarto, seria pecado eu ter encontrado refúgio em seu colo hoje à tarde? Seria pecado eu querer viver em paz com o homem que diz ser meu esposo? Tudo isso é tão absurdo, tão infame, devo estar enlouquecendo, me depositou na cama pedindo, mandando me descansar.
Seria pecado eu querer que fosse sempre assim, gentil e amigável? Não posso me iludir, preciso acordar desse pesadelo. O diabo não nos dar nada de graça, se der ele quer algo em troca, não estou disposta a vender minha alma ao cão do inferno.
Fiz todo o trajeto até a aeronave encontrando meu marido já sentado e preso ao cinto de segurança. Um rapaz me ajudou a subir, não direcionei em nenhum momento meu olhar em sua direção, mas o sentia me olhando. Mantive meus olhos fixos as minhas mãos recém pintadas de branco até que ele se pronunciou.
-Quando chegarmos ao nosso destino e pisar no tapete vermelho abra os dentes e sorria como uma cadela que está sendo bem fodida. Se não fazer o que estou mandando ainda essa noite começarei a arrancar seus dentes, dia pós dia, até não tiver nem um, entendeu?
Ali estava o diabo, lindo, com seu ar poderoso, arrogante e monstruoso. Como conseguiria sorrir se a imagem da empregada e o veterinário ensanguentados não saia da minha mente? O que será que fez com eles? Estavam quase mortos e por minha causa. Não sei se conseguirei dormir depois daquilo.
-Fale o menos possível e não responda nada do que perguntarem. Guardei sua recomendação mentalmente, as helices foram ligadas e partimos, o voo demorou uns bons minutos, em seguida fomos transportados para um carro ricamente luxuoso, desses que as celebridades usam para chegarem em seus eventos.
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O SABOR DO PECADO COMPLETA.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.