O SABOR DO PECADO COMPLETA.

CAPÍTULO 1.

SEM REVISÃO CONTÉM ERROS.

-Vamos lá! Será a última eu prometo, depois dessa vamos apenas estudar e trepar como coelhos, nossos pais nunca saberão.

-Seu mentiroso de uma figa! Você sempre diz a mesma coisa, mas nunca cumpri, sempre me enfia em mais uma dessas corridas insanas. E nossos pais já sabem!

-Verdade!  Você reclama, mas no final quando vê a grana fica todo animado. -Você sabe que não é por causa da grana e sim por ela. A satisfação de ver a cara de perdedor do Salvador me deixa eufórico! Da outra vez eu ganhei até um sorriso dela.

-Acho que você deveria se focar na corrida e não na garota do cara.

-Aquela garota ainda vai ser minha, escuta o que digo. -Esquece ela, mesmo se ela fosse apaixonada por você, seus pais jamais aprovariam. -Se isso acontecesse eu fugiria com ela.

-Você não passa de um louco romântico. -Sonhar não paga imposto.

-Vamos, você é um caso perdido Basílio. 

No fundo eu sabia que Lisandro estava certo, mas não dava meu braço a torcer éramos jovens e sem um pingo de juízo. Nossos pais eram praticamente os donos da cidade, éramos os mais populares da escola e todas as garotas caiam aos nossos pés.  Aquela qual eu queria; era proibida para mim. Aretuza era filha de uma das empregadas da minha casa e namorava com meu rival; salvador.

Salvador era metido a Bad Boy, mas nunca colocou a cara conosco, afinal ele tinha mais a perder do que a gente, ele era funcionário do pai do meu amigo: Lisandro. Todas as quartas e sábados íamos ao antigo aeroporto e fazíamos racha de carros. Apostávamos alto, eu era o piloto Lisandro sempre ia de carona, mas naquela última noite resolvemos trocar.  Lisandro foi o piloto, não me lembro exatamente como tudo aconteceu: apenas das vezes que o carro capotou por cinco vezes até ser parado por um muro de contenção e pegar fogo.

Foi desesperador, o sinto não soltava Lisandro estava desacordado: o carro em chamas, eu chamando por ele, ele não reagia, tinha sangue em seu rosto. De repente fui arrancado de dentro do veículo e meu amigo também. Lembro das: sirenes da ambulância do barulho do carro de bombeiros, e uma mão segurar a minha apertada.

Era ele, graças a deus estava vivo!

Tínhamos dezessete anos e tudo em que pensávamos era em: garotas drogas e as corridas clandestinas. Naquela noite que quase custou nossas vidas, juramos um ao outro mudar. A partir daquele dia seríamos pessoas diferentes, nossos pais teriam orgulho de nós e quando fossemos homens distintos, tivéssemos nossas famílias nossos primogênitos se casariam. Passei minha mão no sangue que escorria da testa do meu amigo, depois no meu braço e apertei sua mão selando nossa promessa antes de sermos levados para o hospital. Seríamos amigos até o dia da nossa morte, depois nossos filhos se casariam.

Mas como disse antes éramos jovens imaturos e nada aconteceu do jeito que planejamos, depois do acidente nos recuperamos dos traumas sofridos. Lisandro foi mandado para Inglaterra e me deixou sozinho, antes de partir veio se despedir tomamos todas, ele saiu de casa na madrugada carregado pelo pai que veio buscá-lo, mesmo bêbado me fez lembrar da promessa.

O tempo foi passando: semanas, dias, meses e não nos falávamos mais, ele não tinha tempo e o horário também não ajudava, fomos nos distanciando, perdendo o contato de vez.

Eu continuava solteiro e cada dia mais apaixonado por Aretuza, ela não namorava mais Salvador, e meu coração se encheu de esperança.

A mãe dela ficou doente de pneumonia ela foi trabalhar na minha casa no lugar de sua mãe. Eu aproveitava todos os momentos possíveis para vê-la estar ao seu lado. Minha mãe que não era nem um pouco boba se deu conta do meu interesse pela filha da empregada e a despediu.