O SABOR DO PECADO COMPLETA.

LISANDRO CAPÍTULO 16.

CONTÉM ERROS SEM REVISÃO.

CAPÍTULO 16.

O carro encosta na porta da igreja, as portas da mesma estavam abertas o coro se ouvia alto, entrei e me sentei na última fileira de bancos, Basílio celebrava a missa. Eu era católico, mas não aqueles praticantes que está todo santo dia na igreja.

Para dizer a verdade, fazia um bom tempo que não ouvia uma missa, ou qualquer coisa parecida, eu tinha me afastado de Deus, e talvez esse era o motivo para ter tantas desgraças acompanhando minha vida.

Esperei a missa acabar, um a um foi saindo, tudo ficando em absoluto silêncio, Basílio acompanhou um senhor até a saída se despediu dele, eu continuei sentado olhando para o altar, mais precisamente na imagem de cristo pregado na cruz.

_Padre, se cristo ressuscitou, porque manter uma imagem tão triste dessas com ele pregado, morto, cristo está vivo? Perguntei, ouvi seus passos se aproximando, eu sabia que ele tinha me ouvido. -É para não esquecermos do que ele passou para salvar nos, dos nossos pecados. Ele era puro, Santo, mas nós estávamos contaminados e ele deu a vida dele por nós.

Basílio se sentou ao meu lado, me virei para olhá-lo, fitava o altar e as imagens ao nosso redor, pensativo. Quando éramos jovens, mais próximos, tínhamos uma empatia fora do comum, quase adivinhávamos os pensamentos um do outro. E hoje, atualmente mais maduros pensava que esse elo havia se rompido, afinal foram anos distantes, mas agora o olhando sentindo sua energia tão próximo, não mudou nada.

Ele estava em silêncio e eu sentia sua angustia, sua preocupação, olhava suas mãos e elas não paravam de se esfregar uma na outra, seu joelho esquerdo balançava agitando a batina. Enquanto ele rezava a missa uma de suas mãos se mantinha na abertura da mesma, aquela que fica na altura do bolso, no ultimo cantico ele se emocionou.

-Vamos encontrá-la. Disse a ele, ele me olhou, os olhos marejaram. -Eu sei que vamos, mas em que condições? Suspirou, ele estava certo, depois de tudo que assistimos naqueles vídeos. -Ele esteve aqui Lisandro, eu perguntei dela, como ela estava.

-Leopoldo esteve aqui, quando? - Ontem pela manhã. -Ele disse onde ela está? -Ele não veio para dar informações dela, ele veio rir do meu sofrimento, ele veio sapatear, esfregar na minha cara que ela só o tem, ele veio me apavorar. Ele não é bom Lisandro, seu filho não é bom, ele gosta dessa áurea medonha, dessa sombra, ele sente certo poder com essas maldades.

 Ela é bondade, só tem a fé dela para combater ele, e se ela perder essa fé ela estará perdida. Ele não tem Deus, ele não teme nada, porque Lisandro, porque tanta maldade? Quem é o seu filho? porque ele é dessa forma? Porque não me ouviu, eu te liberei da promessa, se tivesse me ouvido nada disso estaria acontecendo. Tenho motivos para ter mantido minha filha em segredo, e agora nem a ver, saber onde está eu posso.

-Eu também tenho meus motivos Basílio, no dia que me ligou Leopoldo estava prestes a se casar com uma mulher cujo o pai a usa para tirar dinheiro de homens ricos. Aquele dia eu estava por terra sem esperança, ele não me ouvia, você me ligou contou da existência da sua filha e eu corri contra o tempo, impedi o casamento, não foi fácil, o ameacei.

-Você usou minha filha? -Ela não foi o motivo da ameaça, o trunfo era outro, meu filho tem negócios ilegais, sua ligação apenas me motivou a tomar uma decisão, esse era o trunfo.

-As coisas que sabe pode pará-lo? É o suficiente para usarmos contra ele? Diga Lisandro? Por favor! Se tem uma forma me ajude, ajude minha filha.

-Sinto muito Basílio, eu não posso. -Minha filha corre perigo estando com ele, eu te suplico Lisandro!

Basílio me colocava em uma situação complicada, Isla não me perdoaria outra vez e eu devia isso a ela, prometi que não faria nada contra Leopoldo até ela encontrar uma solução. Ela estudou psicologia para entender o filho, mas sinceramente no fundo ela espera um milagre.