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Leia com: "Come get her" Rae Sremmurd, no meio do capítulo.

💚❤💚❤Draco Pov💚❤💚❤

Todos devem estar se perguntando o porquê eu me declarei para o Harry. Porque disse tudo aquilo me expondo, expondo meus sentimentos, desejos o meu "eu" mais carnal e límpido...

E a verdade é que eu não faço ideia. 

Não, tenho certeza que o Harry não me enfeitiçou a falar a verdade de novo (mesmo sabendo que ele teria capacidade para fazer se quisesse), mesmo assim eu me senti levado a fala-la. Quase que induzido a isso por aquela dança de conexão entre a gente.

Ou pelo tesão. As vezes é difícil saber.

Não eu não estou apaixonado por ele, não, eu ainda não sei se estou preparado e pronto para um relacionamento e nem planejo pedir nada agora... eu só quero que as coisas sejam naturais que nem estão sendo.

O jeito que o pequeno foi cara de pau de falar sobre nossos momentâneos flertes para Luara mesmo sabendo que eu estava acordado, o modo onde ele não mediu palavras pra ser direto e claro sem tentar se esconder ou inventar desculpas para o que disse quando teve que me encarar... mexeram comigo. 

Sentimentos, atração... tudo isso é confuso de mais. Nos desnorteiam, puxam o tapete sobre os nossos pés e faz com que façamos coisas aleatórias e até mesmo patéticas, mesmo sem entender. 

Principalmente sem entender.

Mas as pessoas deveriam tentar sentir mais em vez de tentar explicar e desmembrar cada mísero sentimento. As vezes a gente só precisa sentir, só precisa viver, e só precisamos dizer a verdade dando um salto de fé, torcendo pra outra pessoa não te dilacerar por isso. Torcendo para que o outro que pegue e não te deixe esfolar a cara no chão frio.

Confiança e sinceridade. 

Harry já mostrou mais de uma vez que é confiável (apesar de ser fofoqueiro) e que confia em mim, e acho que é por isso que ele conseguiu furar minhas barreiras. E naquele dia no hospital ele foi sincero, e seria indigno retribuir com menos do que a sinceridade nua e crua da minha alma.

E eu sei que deveria ser apenas um beijo, como os milhões que eu já dei. Mas nada é simples com o Harry, e por isso estou tão pensativo e noiado. 

Talvez, apenas talvez, eu esteja gostando dele. E se o apocalipse realmente acontecer, e nós fracassarmos em impedi-lo, pelo menos eu não vou me sentir culpado por não ter me permitido tentar.

A vida é curta de mais pra ter medo de viver, mas também vou de vagar pra não colocar a carroça na frente dos bois e estragar tudo antes mesmo que comece a dar certo. 

Mas realmente foi complicado ficar esses dias longe, todavia, necessário tanto por causa das situações que ocorreram na máfia, tanto para nos dar tempo pra pensar e refletir se realmente queremos seguir esse caminho. 

Não é porque o apocalipse está próximo que as outras coisas param de acontecer, infelizmente (eu bem que merecia uma folguinha. Talvez umas férias no Brasil... se bem que NY já é minhas férias do inferno, então esquece). E não é porque estamos lutando pra salvar a humanidade e com ela todos os seres sobrenaturais e os mortais, que apenas uma vida é dispensável. 

Ninguém é dispensável, e todo mundo importa. Cada vida conta.

No entanto, chega de falar de coisas complicadas ou filosóficas, porque já estou com dor de cabeça. E hoje é o aniversário do batatinha, portanto, esse é o foco. 

Um belo foco... 

Tem muitas chances da Luna ter comentado sem querer sobre a nossa festa surpresa. Conheço o meu anjinho, e sei que as vezes ela sai tanto da realidade que acaba não tenso senso sobre algumas coisas. Mas não é por mau, além disso, se o Harry souber eu sei que ele vai fingir surpresa só para agradar os outros. 

APOCALIPSE/ DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora