Confiança

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Aviso aos leitores que querem me matar: Eu só vou parar com as merdas tão grandes e dar alguns capítulos felizes se vocês comentarem e votarem muito. Se continuar como está, vamos seguir o planejamento do meu lado depressivo. 

Respondam a enquete no final do capítulo.

❤💚❤💚Harry Pov❤💚❤💚

- Você quer saber a verdade, Harry? Então aqui vai a verdade: Eu tive que fazer um trato com o meu pai pra ele e os outros príncipes do inferno aceitarem serem a porra do plano de contingência do apocalipse. 

Draco disse tudo tão expressivo, tão lívido... que fiquei paralisado. Em completo choque. 

Ele me contou a verdade, ou pelo menos está me contando, e por mais que eu queira ouvir... medo me corrói por dentro, dilacerando víscera por víscera. Me esfaqueando e prensando o mundo contra o meu coração. 

O mesmo medo que vem me corroendo nas últimas três semanas, desde aquela noite que foi de maravilhosa a fática em minutos.

- E qual é o acordo? - Perguntei cambaleando para trás até me sentar na minha cama, como se realmente precisasse de ajuda para permanecer sem desmoronar. 

Draco continuou de pé,  andando de um lado para o outro como se repassasse as palavras na mente. Obvio que consigo vê o quanto ele está nervoso, o quanto está... abalado. 

Acho que ter pais filhos da puta que só ferram o nosso futuro é algo que temos em comum. 

Além da beleza, claro. 

- Draco - Exigi mais uma vez, e ele levantou o olhar me encarando. 

Havia tanta coisa pra se ler naqueles olhos... uma imensidão azul e turva como a parte mais profunda de um oceano. E tão sombria como.

- O acordo consiste em duas principais coisas, podemos chamar de cláusulas. A primeira é eu voltar e governar o inferno quando impedimos o apocalipse. O que já era de se esperar, já que a algum tempo Lúcifer quer me colocar no comando pra poder finalmente fazer o que ele quiser com a sua "aposentadoria". 

Isso era uma das possibilidades que rodava na minha cabeça toda vez que eu pensava no assunto. Previsível. Algo doloroso e um alvo no nosso futuro junto, mas algo que já era deduzível. 

 No entanto, no fundo, bem lá no fundo eu sabia que não era apenas isso, sempre soube que teria mais coisas... que não seria tão simples assim. 

- E a outra... é você - A voz de Draco era quase inexistente, mas seus olhos estavam arregalados e úmidos de lágrimas. 

- Como assim eu? 

Meu coração estava desparrado, e eu usava todo o meu resquício excedente de consciência pra não deixar o meu poder se descontrolar. Pra não ter um ataque. 

Por que o universo não pode me deixar em paz? Ele não vê o quanto eu estou cansado de sofrer? Cansado... 

- Sua lealdade, sua ajuda, seus serviços... ao inferno - Draco completou. 

Era como se tivessem socado minha barriga e eu não conseguisse respirar. Tudo saiu de foque, e apenas um saco de pancadas não seria o suficiente para eu descarregar a tempestade de emoções represada dentro de mim. 

Acho que Draco percebeu isso, pois tentou vir até mim na cama, se aproximando a passos apreçados, mas por reflexo me afastei. Levantei pelo lado contrário e quando Draco tentou me alcançar de novo, coloquei ainda mais distância entre a gente. 

E eu vi como se tivesse vendo o meu próprio reflexo no espelho, como essa recusa quebrou o loiro por dentro. 

Mas eu também estava quebrado. 

APOCALIPSE/ DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora