APOCALIPSE/ Drarry

Break up

❤💚❤💚Harry Potter Pov❤💚❤💚

De todas as coisas horríveis que Dray já faz, inclinando falar aquelas verdades para mim ontem, a pior foi o sentimento que me imundo ao perceber que ele estava certo. 

Agiu pelos motivos certos ao me tirar do inferno (apesar da execução infligir o meu direito de escolha), e sobre a conversa nada agradável de ontem... 

Draco está certo. 

Não sei o porquê de eu não conseguir dizer que o amo. Não consigo explicar, é como um pensamento, uma intuição... um medo. 

Um medo de dizer e significar o fim. 

Não faz sentido, eu sei. Mas vocês tem que concordar comigo que toda história bonita e que nos faz desidratar de tanto chorar termina com um "eu te amo". Termina com alguém finalmente admitindo que encontrou a paz e a felicidade... e é ai que da merda. 

Faço faculdade de literatura, sei o que estou dizendo. Se bem que minha vida não é um livro... mas imagina que louco se fosse. Quem seria o mané que leria?!

Voltando ao assunto porque me distrai: Eu odeio clichês melosos por causa disso. Da tragédia que anda em balanceio com a comédia, ou a tristeza do final que sucede algo feliz. Odeio pensar que a vida imita a arte, e que de algum modo o amor é o jeito mais bonito e trágico de acabar as situações e histórias loucas. 

Minha vida é uma história louca... 

Então, se talvez se eu não admitir... nunca acabe. 

Tudo bem eu me apegar ao agora e não querer mudar nada, né?!

Sei que certamente isso é egoísmo, pois todos merecem ouvir um eu te amo. Dray merece ouvir um eu te amo, e ter alguém que cante isso aos quatro ventos com orgulho e convicção.

Mas eu também mereço não ter um final, seja ele feliz ou triste. Mereço aproveitar o meu meio cômodo e bom de mais pra não desconfiar que se eu mudar algo, as coisas vão desmoronar. 

Finais são para algo que acaba, recomeços para ciclos que se perpetuam.

Não quero que acabe, porque por mais que essa vida seja uma merda, ainda é a minha merda, minha história, minha luta, meus sonhos, minha felicidade... me processem. 

Em suma, passei muito tempo pensando nisso depois que fiz sexo com Dray sub nesse sofá do meu apartamento. E dizem que quando pensamos muito em uma coisa, acabamos sonhando com ela. 

Ou tendo pesadelos no meu caso. 

E de certa forma... eu sabia que esses pesadelos de hoje eram diferentes. 

O jeito nítido e fluido que as imagens foram se apresentando para mim. As peças que começaram a se encaixar, e mais muitas outras coisas doidas que me deram medo. 

É fácil ter medo do futuro quando não fazemos a mínima ideia do que irá acontecer nele. Tudo é tão imprevisível e há tantas possibilidades, que fazer uma escolha que vá se arrepender é quase certeza. Só que não costumam dizer que é muito mais fácil ter medo quando se sabe em partes. 

Fragmentos soltos sem contexto que te assombram como o bicho papão de baixo da cama, apenas esperando e ansiando para que você coloque o pé para fora para da o próximo passo... e assim cair em total ruina e desgraça. 

O filho da puta do futuro e o paradoxo do destino. 

Mas, de modo geral, assim foi minha noite. Eu ainda sentia o corpo quente de Draco contra o meu, sua respiração regular em meu pescoço e suas mãos apertando firme minha cintura para que eu não caísse do sofá o tempo todo. E apenas isso não permitiu que eu me afundasse completamente nos meus próprio temores.