Um capítulo bem rápido!
Não esqueçam de votar e comentar!!Lukas narrando
...Uma mãe tirada de você não é fácil, você não crescer com ela um a conhecer não diminui o impacto, você não ter crescido ou aprendido algo com ela é ainda pior, ter sua mãe tirada de você antes que você forme lembranças duráveis é quase pior do que ter ela tirada de você abruptamente.
Porque pensem comigo, se você teve alguém importante pra você e perdeu, já é um grande e arrebatador sentimento de desolação e luto, mas quando você sente que nunca teve? Voce não tem memórias com essa pessoa, você não conheceu, não teve nem sequer essa sorte. Você sente falta de algo que nunca teve e chora por algo que mesmo você já estando acostumado, porque nunca teve, ainda dói.
Eu fui um péssimo pré-adolescente uma época, revoltado e puto toda hora, queria ser o mais rebelde possível, ia na secretaria quase todos os dias - por bater em colegas,chutar coisas, xingar de mais ou dormir em aulas,coisas do tipo- não me orgulho. (talvez o soco eu ainda tenha um pouco de prazer,o cara era realmente chato e babaca.)
Por que eu era assim? Ninguém entendia. Bom, ninguém exceto meu pai. Fui em um psicólogo depois que conversei com meu pai e chorei em seus braços, ele me entendia, e quando não entendia ele realmente tentava.
Na época eu só estava com raiva por causa de alguns colegas de classe horríveis que falavam da minha família e sobre o fato de eu não ter mãe a todo momento,e eu só conseguia faze-los parar se os ameaçassem, então eu assim fiz. Era só uma armadura horrível e ele me entendeu e tentou, conseguindo, tira- lá de mim.
Mesmo quando diziam que ele me mimava de mais (Admito ele me mimava, mas não sempre e até tinha limites.) mas as pessoas que diziam isso eram as mesmas que nao entendiam porque ele ainda era apegado a imagem do minha mãe, eram as mesmas que sugeriram que me colocassem em um internado, ou as mesmas que na época disseram que eu tinha herdado o espírito do diabo da minha mãe. Então ele não escutava, e só me educava do jeito que achava melhor. E era o melhor.
Viver sem uma mãe não é fácil,mas meu pai fez de tudo pra me compreender e me ajudar com a dor, porque ele também sentia, porque compartilhavamos daquilo, de certa forma minha mãe nos uniu também, porque ele foi o único com quem eu já conversei sobre esses problemas que eu tinha
Ninguém entendeu quando eu voltei um dia na escola como se não tivesse quebrado e desmaiado um dos meus colegas (Não foi só por mim,ele era homofóbico,estava me irritando,todo mundo me aplaudiu,ele era dois anos maior que eu mas seu corpo era desproporcional,foi fácil, não querendo me gabar é claro.)
Essa é uma parte da minha história,de um garoto um dia incompreendido e mesmo que popular na escola,ainda com poucos amigos e o mesmo carácter duvidoso.
~×~
-A pizza chegou?- Sussurra Luisa e balanço a cabeça negando, ela grunhe.
-Quem vai descer o morro pra pegar?- pergunta Ramona, faço careta ainda sem tirar os olhos do celular.
-Um dos vapores traz pra gente.- Explico e ela assente com um resmungo. Voltamos a ficar em silêncio,todos usando celular ou notebook. (Luisa os dois)
-Okay e o que fazem agora? Tem sangue no teto. - Escuto Luisa falar pra alguém no celular e franzo a testa a olhando de esguelha mas nem tento entender. - Limpem,se for preciso comprem o dono do hotel e chamem o Pig pra limpar,não deixem bom entrar óbvio. Corpo em sacos de lixo preto,o cara das câmeras é comprado e vão pelos fundos. Não deixem rastros. Vou desligar.
-O que estão fazendo?- pergunta meu pai abruptamente depois que a porta se abre.
-Nada.- Falamos em unissôno com a voz quase monótona.
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Entre cicatrizes e recomeços - Livro 2
Adventure*LEIA O ANTECEDENTE!* Luisa Muller nos deixou. Mas, será mesmo? Depois de 16 anos Luisa Muller dar as caras novamente, e um misto de raiva,incompreensão e saudades atacam todos seus amigos e familiares, agora Luisa vai ter que lutar pelo amor dos se...