Luísa narrando.
...Entro na casa barulhenta onde todos dançavam e cantavam, alguns riam outros so bebiam,conversavam, vapores dançando com fuzil e muitas luzes coloridas, mesmo com toda a animação e dança quando passo com um sorriso ladino as pessoas aindam abrem espaço assustadas e surpresas.
-Ouvi dizer que foi mantida em cativeiro.
-Não, ela casou com outro e teve uma filha.
-Obvio que não, ela foi estrupada e teve a filha.
-Não é de uma amiga dela?
-Pensei que era adotada.
-Pensei que ela tinha traido o coringa e sumido do mapa, a garota não é o fruto da traição?
Meus sorriso morre dando lugar a um revirar de olhos enquanto vou até a área VIP ouvindo aquelas teorias absurdas, pego dois xotes de vodka no caminho esperando não ter drogas e um vapor novato que parecia prestes a me barrar a entrada confuso com quem eu era foi impedido de me barrar por outro vapor mais velho que via que eu não estava mais com o mesmo sorriso.
-Cativeiro.- repito em um resmungo revirando os olhos mais uma vez e viro meu segundo xote indo diretamente onde minha família estava, ou a maior parte.
-Sua animação é empolgante.- Ironiza Marcos assim que me sento no sofá de couro perto deles e quase reviro os olhos de novo.
-Já ouviram os boatos? Eu só atravessei a sala e ouvi uns cada vez mais loucos. - Puxo a vodka da mesa de centro enchendo e quase transbordando o pequeno copo.
-Só são boatos, só temos que arrumar um jeito de explicar, responde as perguntas do blog do morro que logo todo mundo fica sabendo.- Fala Brenda e Jasmine concorda.- Já ouvi um dizendo que fizemos pacto com o diabo pra fazer você voltar. - Brinca Brenda e me empurra enquanto ri.- qual é, é até meio engraçado vai.
-Pode até ser...- me interrompo quando encontro Coringa em um canto beijando uma mulher loira, uma das mãos em seu rosto e outra na cintura,aquelas mãos também seguraram meu rosto, e aquela boca já me beijou. - É hilário. Mas eu odeio, eu vou dançar lá em baixo, vou beber muito só não me deixem morrer ou falar tanta merda. - Falo me levantando enquanto arranco a tampa da vodka.- Mas quanto uma pessoa pode beber sem ficar bebada?
-Eu diria que você aguenta pelo menos metade dessa garrafa.- comenta Brian rapidamente antes de Alex puxar seu rosto voltando a beija-lo, solto uma risada nasal virando a garrafa dando logos goles e caminho em passos lentos de volta pro andar de baixa. Vejo Coringa me olhar quando passo por ele mas o ignoro desabotoando dois botões da minha blusa antes de começar a beber e dançar realmente.
~x~
Menos de uma hora depois suor escorre por minha testa e pessoas dançam ao meu redor e comigo, ignoram os 16 anos pairados sobre nossa cabeça e até me oferecem bebidas e cigarros, danço com garotas e caras diferentes dando beijos uma vez ou outra e rio bebendo longos goles de bebida depois. Jasmine troca minha bebida por refrigerante e soda e até me contento tomando menos, ela e Marcos também dançam, todos dançam uma hora ou outra, minhas pernas doem me fazendo me encostar no peito do cara com quem eu dançava, cansada e ofegante.
-Não está com o Coringa?- pergunta se garantindo e reviro os olhos me virando pra ficar de frente a ele.
-Não, ele não vai te matar. Esquece ele!- reclamo e ele assente me beijando logo em seguida, cambaleio pra trás e ele aproveita pra nos levarmos até os fundos de um canto mesmo me encostando em uma parede enquanto nos beijamos, seu cabelo é ondulado, ele é alto e não tem muitas tatuagens, sua pele é negra e seus lábios são carnudos, são gostosos. São...
Ele ergue um pouco da minha blusa me fazendo sorrir balançando a cabeça.
-Não se emociona querido.- zombo voltando a beija-lo.-Por que não subim...- somos interrompidos por um pigarreio alto e uma tosse forçada. O moreno se vira confuso e ponho a cabeça pro lado tentando enteder também, Coringa fuzilava o cara com o seu olhar beirando um piscopata.
-Vaza Raul.- fala dando um passo a frente e ele me olha e sorri ladino quase como um pedido de desculpas antes de ir. Olho pras suas costas até sumir no meio das pessoas e me endireito desencostando da parede arrumando meu cabelo, confusa e irritada.- você está bêbada? - pergunta vindo até mim, segura meu queixo como segurava antes de me beijar, me afasto dele bufando.- está.
-Não. Estou um pouco embriagada mas só estou bebendo coca cola e soda pra me manter sã, o que você está fazendo?! Bêbado?
-Não!
-Bom então me deixa dançar.- reclamo prestes a me afastar e ele segura meu pulso, não com força mas ainda assim não gosto.
-Vamos lá pra fora.- Ele fala.
-Sabe que quando um homem te diz isso segurando seu pulso normalmente você dá um chute nas bolas deles e corre não é?- zombo me soltando dele e olho ao redor pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha.- Mas vamos, idiota. - Falo porém, resmungando a última parte embora esperasse que ele tenha ouvido, ando na frente pelo canto da sala até chegar na porta e saímos juntos se afastando dos bêbados da calçada e da varanda, paramos so quando alcançamos nossos carros estacionados. - O que foi afinal?
-Odeio ver outra pessoa te beijando.- admite direto e dou uma risada sem humor. -Não é uma piada!
-Bom, adivinha, eu também não, mas você beijou, várias. então não venha com esse papinho.- reclamo e bufo irritada com seu silêncio.- você é tão patético as vezes.- resmungo revirando os olhos abotoando os botões da minha camiseta quase completamente aberta.- você me beija, ai transamos, duas vezes, então você finge que nada aconteceu? Tudo bem isso significa que ficamos, mas se foi só isso pode não pode interromper minha outra ficada.- Continuo a reclamar até sentir seus lábios sobre os meus. O empurro apesar de gostar dos seus beijos. - Estou falando sério.
-Quer que eu pare de beijar elas?- Pergunta, serro os olhos tentando identificar se ele estava bêbado.
-Venha aqui.- sussurro, ele se aproxima outra vez e puxo seu rosto pra perto. - você se drogou. Você é tão idiota. Vem.- O puxo pelo braço revirando os olhos.
-Vamos a praia? Como nos velhos tempos? - sussurra e balanço a cabeça.
-Não vamos a praia.
-Me leve a praia.- repete com um bico, abro a porta do carro.
-Não vamos a praia.- repito o ajudando a entrar no carro, ele começa a rir me fazendo revirar os olhos, ele continua a insistir em ir a praia parecendo uma criança no banco de passageiro ao meu lado, quando eu me irrito lhe deixando vencer ele sorrir bem largo, derrepente em um momento ele lambe minha bochecha bem sério, eu lhe olho perplexa.
-O que foi isso?
-Só pra ver se não estou sonhando.- Sussurra ainda sério.
-Nao sou uma alucinação.
-Só algo que eu não tenho então.- Fala desviando o olhar pra janela e eu engulo em seco, ferida com sua frase de alguma forma, ele não sabia do peso das palavras por estar meio drogado, pelo menos eu achava que não.
-Estou aqui Breno, e vamos pra merda da praia, fique acordado.- Falo simplesmente com o olhar focado na estrada, faço uma nota mental de avisar que eu não voltaria pra casa tão cedo amanhã ou Coringa.
...
Desculpem a demora!!! Estou cheia de trabalhos e bemmm cansada, não gosto muito dessa capitulo eu admito mas acho que é melhor que nada, perdoem erros de digitação, são só nove e meia e eu já estou exausta!
Espero que estejam bem, posto o próximo capítulo o mais rápido possível!!! :)))
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Entre cicatrizes e recomeços - Livro 2
Aventura*LEIA O ANTECEDENTE!* Luisa Muller nos deixou. Mas, será mesmo? Depois de 16 anos Luisa Muller dar as caras novamente, e um misto de raiva,incompreensão e saudades atacam todos seus amigos e familiares, agora Luisa vai ter que lutar pelo amor dos se...