Não revisado! Desculpem a demora, aproveitem o capítulo, comentem bastante e não esqueçam de votar!! Ah e bebam água?! Haha, até mais:)
Luisa narrando
...Já era sábado e eu e Coringa estávamos na varanda da casa da praia, sentados no balanço com um lençol confortável sobre nossos ombros, embora fosse um pouco tarde nenhum de nós dois ainda estávamos com sono, só aproveitando o silêncio e o calor um do outro.
-Hey, o natal não está perto não é?- Ele me olha confuso e nega com um meio sorriso.- Nem o ano novo.- Resmungo com uma careta.
-Porque quer um feriado próximo?- Pergunta rindo sem tirar os olhos de mim e dou de ombros. - Quer ir a algum lugar no ano novo ou vamos passar aqui? O que você fazia quando estava só com a Ramona.
-No ano novo? Nós já passamos em um terreo frio tomando chocolate quente enquanto observava de longe os fogos de artificio, já passamos em festas, na praia, em casa. Todo ano era uma coisa diferente, não tinhamos uma tradição. Mas era natal quando eu descubri uma coisa, ela tinha uns 14 e eu vi que ela sempre desejou uma árvore de natal então todo ano tinha uma maldita árvore de natal super brilhante e bonita na sala que ficava ligada durante uma semana inteira, as vezes mais. - Eu rio pegando o drink de frutas da mesinha de centro e bebo um gole.- O que você fazia?
-No ano novo? Era aqui quando não viajávamos, teve uma vez que todos tinham marcado algo, meu pai ainda estava vivo e até ele e minha mãe foram viajar, uma namorada da época sugeriu que fizéssemos o mesmo, mas eu só passei o dia inteiro com Lukas andando pra cima e pra baixo fazendo o que quiséssemos, e ele sentou ao meu lado nesse banco e disse que só ia sair quando visse os fogos comigo. Então ele caiu no sono e só aguentou até as dez, assisti os fogos sozinho bebendo esses drinks que havia aprendido a fazer.- Ele ergue o copo e assinto devagar.- Era legal, eu pensava em você, era impossivel não pensar.- Me aconchego mais perto dele que suspira passando o braço ao redor da minha cintura.- Quer viajar no ano novo?- Pergunta baixo e eu nego balançando a cabeça.
-Vamos ficar em casa, com a família mesmo.- Falo e ele assente devagar.- Hey.- Chamo e ele volta a me olhar. - Podemos dar uma volta na praia? Antes de entrar?
-Agora?- Pergunta e concordo devagar, ele olha pro rélogio, olha para praia e me olha. Então põe os nossos drinks de lado enquanto se levanta. - Vou pegar nossos casacos na sala, espere.- Pede abrindo a porta enquanto dobro o lençol, quando ele não está mais a vista eu pego a caixa preta de veludo de trás da almofada do banco e olho nervosa pros anéis. Então respiro fundo, guardo a caixa no bolso e quando Coringa entrega meu moletom eu o coloco no bolso da roupa. - Vamos.- Fala estendendo a mão e seguro, descemos as escadas da varanda e sorrio de havainas na terra. - Não tire, não vai molhar os pés na água fria, já esta gelada o suficiente.- comenta em repreensão só pela ideia e reviro os olhos com um meio sorriso e solto sua mão tirando as sandálias.- Ai Luísa. Sério? Hey, não entre no mar! Estou falando sério! Vou deixar você no frio se você o fizer! Muller!- Ele gritava enquanto me seguia e eu rio só enfiando meus pés na maré. Então bem silenciosamente eu vejo ele se aproximar, então me ponho a correr e ele vem atrás de mim, enquanto rio fugindo dele eu tenho um deja-vu de uma noite quando erámos jovens e eu estava na mesma situação, mas era de dia, eu ainda não tinha nenhum filho, nenhuma cicatriz séria, ele era jovem e não usava barba e estava começando a fumar um pouco. Eram bons tempos, mas esses também são.
Parei de correr rindo incontrolavelmente e ele me segurou pela cintura fazendo cócegas em mim.
-Pare! Pare! AAAAAA, para!- grito gargalhando e quando ele para rindo e me soltando eu caio na areia lhe fazendo rir mais.- Idiota.- Falo ainda rindo enxugando as lágrimas de riso das minhas bochechas.
-Ah, céus. Sua louca. Estamos longe de casa agora.- Ele olhou pra frente serrando os olhos e regulei minha respiração engolindo uma vontade súbita de vomitar antes de pegar a caixa em meu bolso.
-Hey Coringa.- Chamo e ele me olha, ainda sentada na areia eu sorrio pra ele.- Sabe, a gente planejou umas coisas bastante importantes para o futuro, nós parecemos ter certeza sobre ele, e cara, a gente não tem mesmo.- Eu rio nervosa apertando a caixa dentro do bolso ainda.- Eu te odiei quando te conheci, você era bonito, rico, se importava, mas não com muita gente, era engraçado e me tratava bem, você era tudo que me proibiram de ter, ai você passou por cima das regras e me pôs ao seu lado mesmo assim, então eu fugi, e todos disseram pra você parar de confiar em mim e você não o fez, então tivemos um relacionamento maravilhoso e ótimas aventuras, e mais uma vez eu me acovardei quando pensei que tava vindo o fim, eu tenho uma ótima tendencia de fugir quando as coisas estão muito quietas, eu fui expulsa de casa quando adolescente porque basicamente meu pai era um otário e eu não sabia ficar quieta.- Parei de falar por um momento enquanto me levantava e suspirei tirando as mãos do bolso e deixando a caixa lá. - A questão é, que eu comecei a gostar do quieto, comecei a preferir não arrumar briga com todo mundo e sim só ter quem eu quero perto de mim, eu ainda amo uma briga apesar disso, amo uma aventura, amo a adrenalina no meu corpo e amo a sensação de poder que tenho quando comando algo. Mas porra, eu te amo muito mais.- Eu suspiro pesadamente lhe olhando nos olhos.- E eu sei que você me ama e sempre me amou porque isso esteve claro em cada gesto seu, porque mesmo quando a gente tá separado, mesmo quando estamos brigados, todos sabem que nós vamos no fim ficar juntos, e eu abusei de sua total gentileza e paciência quando esperei quinze anos pra voltar, mas você ainda me perdôou, e você está comigo, e você sempre esteve comigo.
"E eu sei que você tem medo de eu te abandonar de novo e aos poucos está confiando que eu não vou fazer isso novamente, e está certo, eu não vou, eu sei o meu lugar agora, sei onde está minha casa. Sei que você é meu homem e nunca tive dúvidas disso.- Eu volto a pôr as mãos no bolso e tento parar de ficar nervosa.- E eu sei que quando mais nova eu sempre brinquei dizendo que eu nunca colocaria meus pés na igreja pra me casar com ninguém, nunca iria colocar um vestido bufante e declarar meus votos diante de alguém. Mas Breno Alcântara eu retiro tudo que a Luísa Muller do passado disse, porquê por você eu casaria com qualquer vestido, em qualquer lugar, dizendo ou não dizendo votos. Porquê eu te amo, e quero passar o resto da minha vida com você, eu quero ter 60 anos e ficar balançando naquele banco ao seu lado, eu quero ter tudo com você.- Suspiro passando a mão pelo cabelo.- Quero me casar com você.- Falo um pouco mais baixo, mas alto o bastante pra que ele escute.- Por você eu faria todas as merdas, todas as breguices e coisa e tal se isso significasse ainda te ter comigo."
"Então...- Eu respiro bem fundo tirando a caixa de veludo do bolso e a abro.- Casa comigo e promete nunca duvidar que eu te amo e sempre te amarei?- Falo bem perto dele, que sorri trêmulo devagar."
-Eu queria ter capacidade de fazer um discurso tão bonito quanto o que você fez agora, só que eu estou muito chocado e feliz então eu vou só...- Ele segura meu rosto e puxa minha cintura me beijando com força, seus lábios tem gosto de vodka e morango, quando seguro seu pescoço quase posso sentir seus batimentos frenéticos, então ele separa bem pouco nossos lábios para sussurrar.- Sim. Sim. Porra Luísa.- Ele me beija novamente, e de novo, e então eu sorrio pegando os aneis e ponho em seu dedo, ele faz o mesmo com o meu e antes que me beije eu sorrio e me aproximo do seu rosto.
-Vamos pro quarto.- Sussurro e lhe dou um selinho rápido antes de começar a correr, ele vem atrás de mim rindo e chegamos na casa de praia em tempo recorde, ele fecha a porta quando entramos e me prende contra ela enquanto me beija e tira o casaco. Deixamos uma trilha de roupas espalhadas pela casa enquanto caminhamos até o quarto, ele me masturba e me leva até a beira do orgasmo ainda de pé se deliciando com minha expressão suplicante, na cama ele reivindica seu espaço entre minhas coxas, beija minha pele sussurrando deliciosos sim's, eu te amos e xingamentos enquanto entrava dentro de mim e estocava com prazer e força além da conta como sempre fazia.
Ele riu e beijou todo o meu pescoço enquanto eu gemia cravando minhas unhas nas suas costas e tinha meu ápice alcançado com ele ainda dentro de mim, geme comigo enfiando o rosto no meu ombro quando ele também alcança seu ápice enquanto sai de dentro de mim derramando sémen em minha barriga nua, o liquido quente me fazendo suspirar de prazer, ele se deita suado ao meu lado e quase cegamente põe minha perna sobre sua cintura e traz meu rosto pra prto do seu me beijando e eu retribuo sem hesitar.
Ele beija todo o meu rosto e beija minha mão, admira o anel em nossas mãos antes de entrelaça-las e me pegar no colo abruptamente me fazendo soltar um grito pequeno de surpresa enquanto sou levada ao banheiro, e tomamos banhos juntos nos beijando sobre a água morna do chuveiro.
...
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Entre cicatrizes e recomeços - Livro 2
Pertualangan*LEIA O ANTECEDENTE!* Luisa Muller nos deixou. Mas, será mesmo? Depois de 16 anos Luisa Muller dar as caras novamente, e um misto de raiva,incompreensão e saudades atacam todos seus amigos e familiares, agora Luisa vai ter que lutar pelo amor dos se...