- 28 - Paraíso

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Coringa narrando
...

Pude ouvir um trovão do lado de fora, eu sabia porta da sua varanda estava aberta e um forte vento entrava, e eu não tinha certeza se havia trancado a porta do andar de baixo mas Ramona e Lukas estavam na casa do Marcos com Pietro então não tinha muita importância, a não ser que eles voltassem mas ninguém seria louco de voltar pra casa em um clima assim.

Um outro trovão interrompe meus pensamentos e desisto deles me concentrando na boca de Luísa pressionada a minha, valia mais a pena também, uma parte do meu terno já estava jogado ao chão e a camiseta estava prestes a ganhar o mesmo destino, os saltos de Luísa haviam sido retirados quando nos beijamos no espelho e agora eu tentava achar um jeito de permanecer lúcido para tirar seu vestido ou acabaria rasgando.

-Não vai dar tempo de se arrumar depois.- sussurro em um grunhido parando o beijo por um momento e ela suspira.

-Quem chega na hora?- retruco e solto uma risada nasal ainda a olhando.

-Tem certeza?- eu pergunto.

-Não me trate como uma virgem.- sussurra serrando os olhos e sorrio, ela se apoia com os cotovelos para trás na cama ainda meia deitada fazendo nossos rostos ficarem próximos novamente. Seus olhos voltam a se fixar nos anéis pendurados na corrente e ela ergue uma das mãos devagar levando até eles e depois ao meu peito, então me empurra devagar contra a cama até eu estar inteiramente deitado e ela com as coxas cada lado da minha cintura, seu vestido ainda entre nós e o vento balançando as cortinas pesadas fazendo uma brisa nos atingir também.- Não vou te tratar como um cavalheiro.

-eu ficaria decepcionado se fizesse isso.- sussurro e ela ergue a cabeça sorrindo para o teto enquanto tirava as alças do seu vestido. - Não precisa tir...- falo e antes que eu termine ela está passando o vestido pelas coxas pra retirar completamente, seu vestido vai pra longe e eu seguro a respiração por um momento observando seu corpo no instante que a luz cai e um raio corta o céu atrás de nós e por um momento tenho um último vislumbre maior do seu corpo acima de mim.

-Deus está comandando o dilúvio por estarmos nos encontrando?- Zomba olhando para trás e ela se levanta me fazendo suspirar, eu perdia o fólego com ela em cima de mim, principalmente por ela ser tão maravilhosa, parecia uma blasfêmia alguém tocar naquele corpo tão magnifico e cheio de historias mas ela longe de mim parecia mais ruim e deplorável do que estar no inferno. A observo ir ate a varanda e mandar o dedo do meio para o céu antes de fechar as vidraças e um pouco das cortinas me fazendo sorrir de canto - Espero que a luz volte.

-Eu também. - sussurro e sinto ela subir em cima de mim novamente.- Argh Luísa... - Gemo enquanto ela se inclina ainda mais perto de mim, e ela começa a desabotoar os pequenos botões da camiseta enquanto beija minha pele desnuda.

-Deixe eu comandar.- Cochicha retirando minha camiseta e suspiro concordando enquanto sinto suas mãos fazerem pressão em meu peito e seus dedos contornam os gominhos do meu abdómen bem devagar. - Envelheceu como vinho.- comenta abrindo meu cinto, suas mãos se arrastavam tentando tocar meu corpo o máximo possível e sua voz era carregada de excitação e desejo.

-Obrigada.- resmungo com uma pitada de cinismo na minha voz me sentindo tentado em virar o corpo e a fazer ficar em baixo de mim suplicando para ser penetrada, uma ideia realmente boa no meu ponto de vista.

- Posso ver seus olhos quase revirando de prazer. Não fiz nada ainda, no que está pensando?- provoca se aproximando novamente, seu olhar fixo em minha boca e propositalmente eu molhei os lábios e suspirei bem devagar.

-Séria melhor fazer mas te disse que poderia comandar.- resmungo e vejo um sorriso surgir em seus lábios.

-Então guarde na sua mente mesmo, mas não acho que vá ficar com esse pensamento por muito tempo. - comenta abrindo o ziper da minha calça e se afasta abaixando ela com brutalidade.

Entre cicatrizes e recomeços - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora