Luísa narrando.
...-Alou? Tudo bem Honey?- Quase sorrio pelo apelido mas estava nervosa de mais pra aquilo.
-Oi, na verdade não. Sei que está ocupado e não,não foi nada com as crianças.- Ouço ele suspirar do outro lado da linha aliviado por isso e então continuo. - E-eu estou indo fazer algo, e é perigoso, mas eu preciso fazer porque é importante.
-Preciso de mais informações. O que vai fazer?
-Te liguei pra isso, vou tentar contar o maximo possivel antes de chegar em meu destino.- Explico e ele concorda ficando em silêncio, conto rápido a historia da caixa e as fotos que estavam na pasta, conto sobre o quão nervosa eu estava, me xingo por não ter conversado com Valquiria quando cheguei, por não ter matado a velha da Dona Morte quando eu pudia, por nunca ter tentado acabar com o esquema que ela ainda fazia por não ter coragem suficiente para sequer entrar na boate novamente. E ele me tranquiliza, me apoia, pede pra ir comigo, e tenta me ajudar o maximo que se pode fazer em uma ligação.
-Cheguei, tenho que ir.- Sussurro baixo e ouço ele suspirar desistindo de tentar vir me impedir de fazer algo.-Toma cuidado.- Ele pede nervoso também.
-Eu vou.- Lhe prometo em um sussurro baixo.
-Luisa?- Chama e resmungo "hm" olhando ao redor em busca de alguém.- Estou orgulhoso de você.- Paro de olhar ao redor surpresa com as palavras e abro a boca para falar alguma coisa mas nem sequer consigo.- Se importou em me ligar, avisou pra onde iria, colocou um ship por segurança, tomou cuidado. Nunca te amei tanto.
-Você nunca o que?- sussurro incrédula.
-Toma cuidado, Honey.- repete e espera alguns poucos segundos antes de desligar. Ponho o celular de lado ainda surpresa com aquilo e me lembro que indiretamente e sem nem ao menos perceber eu também já lhe disse que o amava. Eu já...
Balanço a cabeça incrédula comigo mesma e saio do carro olhando pro restaurante. Um dia eu sentei naquela calçada, arranquei um colar ali, disse que uma bolsa era falsa, fui impulsiva e afrontosa aquele dia, mesmo estando um caco. Foi loucura mas foi onde minha história recomeçou.
Entro no restaurante perguntando sobre Dona morte mas não recebo nenhuma informação útil, nem consegui encontra-la olhando ao redor também, não havia sinal dela nas ruas, mas havia um colar, um colar jogado na calçada por onde eu corri, o mesmo colar que um dia eu havia arrancado do pescoço da morte. Ela não queria que eu fosse onde nos conheçemos, queria onde foi que minha vida realmente recomeçou, no beco, no beco onde tiraram minha virgindade a força. É claro que ela queria que fosse ali, o quanto mais eu sofresse mais divertido para ela seria.
Ainda assim fiz minha melhor pose enquanto andava tentando me lembrar onde diabos ficava aquele beco, eu nao tinha pensado muito bem quando pus uma arma nas costas então infelizmente tive que tirar, mas usava duas glocks na cintura e gás lacrimogênio que eu esperava não ter que usar.
-O que?! Vai me matar por trás? O que quer?!- Pergunto alto olhando ao redor, o beco era sujo e mal iluminado mesmo sendo de dia. - O que? Quer que eu trabalhe pra voce? Mate alguém? Roube?!- continuo a perguntar e bufo cruzando os braços.- Apareça!- Reclamo impaciente.
-Solte as armas Muller, as ponha no chão.- Fala uma voz rouca e suspiro jogando as glocks e o gás lacrimogênio aos meus pés. Tentando encontrar de onde vinha a voz e encontro. A silhueta de uma mulher se aproximava, ela caxingava, o que me fez sorrir mesmo estando nervosa e com um mal pressentimento. -Luísa Muller. Eterna coelhinha.-zomba e me recuso a revirar os olhos somente rangendo os dentes com o maldito apelido trazido a tona.
-Está pessima morte.- comento, era verdade, seu botox estava uma merda,muito ruim mesmo, parecia que algo tinha dado errado o que não admira já que ela sempre exagerava naquilo, não tinha o mesmo corpo que antes e usa uma bengala.- O que foi? Artrite atacou?- provoco em zombaria, ela ri sem humor.
-Sua velha colega está sendo torturda e esta zombado da minha aparência como se a sua estivesse boa? - retruca ainda com um sorriso cinico.
-Onde ela está? Diga o que quer e te darei se solta-la.- falo desmanchando meu soriso ao contrário dela que continua a sorrir.
-2 milhões.- Fala e assinto.- De euros.
-Porra! Isso são 12 milhões e pouco em reais! O que porra vai fazer? Abrir um outro puteiro ou arrumar essa cara?- Reclamo cruzando os braços, eu tinha o maldito dinheiro mas mesmo assim era um desgosto entregar 12 milhões pra quem ferrou minha vida e de várias outras garotas, principalmente sob ameaça. Eram quatro barras de ouro de 1kg! Podia parecer pouco mas ainda assim, não era.
-Não te interressa o que eu vou ou não fazer, se quiser Valquiria viva é melhor trazer a grana.
-Trago todo o dinheiro se não a tocarem mais, se estiver respirando ainda e com todas as partes do corpo.
-Não tem nenhuma vantagem aqui Luisa.
-Você precisa de dinheiro e eu tenho dinheiro, sabe o que eu também tenho? 19 empresas espalhadas pelo mundo que te caçariam e te matariam facilmente se você matar Valquiria. Além dos serpentes que são meus amigos. Traga-a viva e vai ter seu dinheiro.
-É melhor mesmo Luísa.- Fala entre dentes, continuo a olhar séria. - Amanhã, meia noite. - fala jogando um cartão em meus pés. - Não se atrase e venha sozinha.- Não respondo e a observo se afastar com maxilar travado, velha desgraçada.
Penso e quando ela some completamente me abaixo pegando maldito cartão com a localização. Era melhor que Valquiria estivesse bem ou eu iria mostrar como a verdadeira morte aje e acabar com a cara horrorosa daquela mulher louca.
...
Gente faz séculos que eu não posto! senhor!!!
mas eu juro que estou tentando, mas estou bem instável no momento por isso tanta demora, espero que saibam que eu nunca abandonaria essa fic incompleta por mais que eu demore a postar capítulo ok?!Enfim, aproveitem e desculpem por ser pequeninho:)
perdoem qualquer erro de gramática!!
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Entre cicatrizes e recomeços - Livro 2
Phiêu lưu*LEIA O ANTECEDENTE!* Luisa Muller nos deixou. Mas, será mesmo? Depois de 16 anos Luisa Muller dar as caras novamente, e um misto de raiva,incompreensão e saudades atacam todos seus amigos e familiares, agora Luisa vai ter que lutar pelo amor dos se...