Entre cicatrizes e recomeços - Livro 2

- 43- Dream.

-Sonhos-
VOTEM E COMENTEM!!!!!

Luísa narrando
...

-Quando você acha que deveríamos contar pro morro?- Eu pergunto em um sussurro, ele dá de ombros aproveitando o carinho que eu fazia nos seus cabelos.- Eles estão perdidos até agora eu aposto.

-Devem estar, mas o básico eles já sabem, não importa muito.- Ele fala sem se importar e suspiro.- No caso vão saber, o básico é saber que você é minha mulher.

-E você é inteiramente meu.- completo e ele concorda.- Isso soou tão obcessivo.

-Quem liga? Eu não ligo.- Eu rio baixo beijando sua testa e ele sorri.- vamos assumir públicamente. Depois.- Ele fala se cobrindo melhor com o lençol e concordo ainda perdida em pensamentos.- O que?

-Tem algo me incomodando.

-Tem haver com nós?- Ele pergunta hesitante.

-Não sei.- Respondo honestamente.

-Com nossa família?

-Não sei.- repito e ele suspira pesadamente.- esqueçe. - Sussurro pondo um braço sobre a testa e encaro o teto, ele se remexe no meu colo realmente tentando deixar de lado, mas é evidente que não consegue quando se ergue e fica bem em cima de mim.- Eu não sei o que é, só é um aperto no peito estranho, será que está tudo bem?

-Eu mandei mensagem para Jasmine, ela disse que estava tudo bem e até agora tá me mandando provocações e aúdios. Está tudo bem.- El afirma e reafirma com a mão em meu rosto.- você está estranhando isso porquê?

-Parece um sonho Coringa, eu tenho medo de acordar.

-Eu sei, eu sei.- Ele repete rindo embora nervoso e beija meus lábios bem devagar.- É real porque se não for você, é eu acordar eu tenho medo de me matar.

-Não fale deste modo.

-Não é um sonho.

-Não é um sonho.- Eu repito o que ele fala e ele consente e beija meus lábios como se selasse aquilo.- Isto de jeito nenhum pode ser um sonho.- Ele concorda e rio fazendo o mesmo.- Vamos mandar uma mensagem pro blog do morro anunciando nosso namoro logo depois que falarmos com nossa família.

-Feito. - Eu sinto uma pontada de algo em minha barriga e faço careta.- Vamos tomar banho e ir almoçar em algum lugar hm?

-Ugh, tá, mas só se for comigo.- Ele fala se levantando e oferecendo sua mão que eu aceito me levantando também e vou com ele aos beijos pro chuveiro.

...

-Serio?- Perguntam com uma careta e dou de ombros observando o depósito de caixas com informações bagunçadas.

-Normalmente temos pessoas que fazem isso, mas foram demitidos então aqui está. Precisamos disso em forma prática,pastas de pessoas com sobrenome em A nas caixas e prateleiras certas, as pastas tem que estar em ordem dentro do caixa também, cada caixa tem um pendrive e vocês não podem esquecer de colocamos na própria caixa ou perde-los. Todos aqui são importantes em teoria. Esses pendrives tem as mesmas informações que temos nas caixas na digitalmente.

-Então por que as caixas?- Pergunta Lukas suspirando enquanto observava aquele depósito, como eu explicava que se uma caixa daquelas vazasse haveria fofocas pra pelo menos oito meses inteiros e anos de investigação envolvendo tudo quanto é gente?

-As vezes é bom termos em papel as informações.- Eu falo honestamente.

-Nao é perigoso? se uma dessas sumir não pode dar merda?- Lukas chega ao ponto certo e concordo.

-Sim, aqui é acesso restrito, vocês vão fica presos aqui dentro mas obviamente podem sair, anotei a senha do porta e está ali, quando saírem fechem a porta e queimei o papel. De jeito nenhum deixem outra pessoa entrar sem dizer a senha, não importa quem ela diga que seja. Entenderam?

-Sim.- falam juntos e assinto.

-Podem pedir o que quiserem para comer em troca.- Falo antes de sair e eles quase sorriem. Aceno antes de fechar a porta e quando a fecho vou até Carla.

-Escolheu?- Ela pergunta um pouco distraída e concordo.

-Vamos ajudar essa.- Falo jogando a ficha da garota e ela pega dando uma olhada.

-Por que?

-Porque eu disse que vamos. Tenho um pressentimento. - Ela assente se levantando.

-Vou avisar.- Concordo e ela sai. Vou pra minha sala a arqueio a sobrancelha com a caixa vermelha em cima da minha mesa de centro.

-alguém sabe porque tem uma caixa aqui?- Pergunto alto abrindo a porta e eles se entreolham.

-Foi um presente anônimo.- Fala Pedro dando de ombros- Não é perigoso.

-Na verdade é, mas só nas mãos de alguém.- Fala Gaby e eles concordam segurando o riso e pigarreiam ficando neutros quando vêem minha expressão sem humor.

-Nao gostei disso.- Falo entrando a sala novamente e vou até a caixa.

A seguro medindo seu peso, procuro um bilhete ao redor, chacoalho de leve e ponho a orelha tentando escutar algo. Alguma coisa tilintava quando eu balançava. Por fim pego um canivete e abro a fita dourada que a embalava. Abrindo com cuidado fico ainda mais confusa.

"Pelos velhos tempos e pelos recomeços falhos, certo Muller?
~Muerte"

Travo o maxilar pondo o bilhete do lado e encaro as roupas íntimas, coleira,xicotes,algemas, cordas, plumas e vibradores na maldita caixa.

tinha um envelope no meio da bagunça que o pego abrindo com desgosto.

Fotos.

Primeiro fotos antigas minhas, de época que eu trabalhava como barista, depois as que eu trabalhava como stripper. Logo depois fotos de Valquíria me fazendo arquear a sobrancelha.

Na primeira foto ela estava amarrada em uma cadeira, parecia drogada com algo.
Na segunda tinha um olho roxo e estava de roupas íntimas.
Na terceira estava ainda amarrada na cadeira mas caída no chão,o rosto sangrando e suas lágrimas se misturando com aquele sangue.
Por último havia um bilhete "Tic tac, nos encontre onde seu primeiro recomeço foi executado,Luisa.
Sozinha,como sempre esteve."

Tiro minha arma prateada da parede pondo um suporte para colocá-la em minhas costas e pego um conjunto de facas pondo pelo meu corpo, ponho as fotos no lixeiro jogando um fósforo acesso nelas, jogo a caixa pro lado e pego meu celular antes de sair da sala.

-Meus filhos estão no depósito, não deixe nada acontecer com eles, não os deixe sair do prédio se não for minha família vindo buscá-los, e não os deixe fugir. Nem que tenha que algema-los.- Falo para Cole que concorda de prontidão. - Se eu não mandar a chave de segurança antes das uma da madrugada de hoje me rastreem.- Falo pra Gaby dessa vez pegando um dos ships e pondo em meu sutiã.

-Mas onde vai?- Pergunta Carlos dessa vez, enquanto carrego a arma. Não respondo,saio do prédio ignorando as perguntas de Perigo que no fim ouviu a conversa.

-Nao morra sua idiota!- Ouço ele gritar antes de eu sair de carro, balanço a mão em um aceno dirigindo pra fora e tento me convencer de que estou pronta pra encarar o passado.

...

PS: Eu queria ter atualizado antes e queria que esse capítulo fosse mais feliz, acredite, mas nem tudo são flores não é?! Não fiquem tristes, vai dar tudo certo - eu acho -

vou postar mais assim que possível, andei bastante ocupada por conta de provas do ensino médio, mil perdões, comentem muito para que eu me lembre e me sinta motivada a escrever e postar mais rápido! Beijinhos;)