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Capítulo 6: Festa regada à champagne

Song Mingi não se levantou de sua cama naquele dia. Seus planos eram ficar ali até que sua energia retornasse e ele sentisse vontade de viver de novo. Do lado de fora de seu quarto, os empregados corriam de um lado para o outro, organizando a grande festa que aconteceria em duas horas. Eles limpavam os vidros, o chão e até mesmo o teto. Organizavam a mesa de som, a passagem e o bar. Cada vez mais carregamento chegava, e Mingi podia ver a carga pela janela. Imaginava o que era aquilo, além das muitas bebidas.

Ele suspirou profundamente e voltou a encarar o teto. Ninguém no mundo desejava menos aquela festa tanto quanto ele.

Bambino, abra a porta, as suas roupas novas já chegaram — Corinna falou dando duas batidinhas de leve, o mais novo não a respondeu, então ela entrou mesmo assim. — Ao menos abra as janelas hoje, para esse quarto ver um pouco da luz do dia.

Mingi permaneceu deitado como se estivesse estendido, usando máscara de olhos e fingindo dormir. Porém, ele não poderia enganar sua mãe. Ela pendurou as roupas no closet e retornou para arrancar a máscara do rosto do garoto, que choramingou.

Alzati, cammina. Precisa tomar um banho, se trocar e provar as roupas. Se elas não ficarem boas, preciso mandar alguém correndo para trocar. Você deveria ter feito isso antes. Por que adora deixar as coisas para cima da hora?

Pestanejando, e sentindo dor nas vistas por conta da claridade que não estava acostumado, ele se sentou na cama de mal jeito e encarou as roupas ao longe.

— Não gostei. Fallo cambiare"Mande trocar", disse após um breve julgamento, sequer checando corretamente. A mais velha revirou os olhos. — Mamma, eu não quero essa festa. Será que pode cancelar tudo e me deixar preso no meu quarto como qualquer mãe normal faria?

— Eu vou ter que chamar um psicólogo aqui se continuar assim, está começando a me preocupar — ela bagunçou os cabelos dele, lhe mostrando um pequeno sorriso. — Meu príncipe, veja... o salão está lindo lá embaixo. Eu comprei as melhores bebidas do mercado, e não precisa se preocupar com a segurança da casa, ninguém ousaria fazer nada contra nós. Os homens estão pelos quatro cantos dessa mansão.

— Eu não estou pensando nisso — ele relatou, zangado, cruzando os braços. — Não quero dar uma festa enquanto Jongho está lá à beira da morte. Ele é meu amigo.

— Se ele é seu amigo, por que atirou nele?

Mingi ficou calado, sentiu uma fisgada no peito. Ele desviou o olhar, bastante afetado.

— Foi um acidente — disse após alguns instantes de reflexão, em um tom baixo, a voz falhada. — Eu não queria ter machucado Jongho.

— Certo, e se foi um acidente, você deveria parar de sofrer e viver um pouco a sua vida. Eu já disse que o doutor Shin está cuidando de tudo, e em breve Jongho voltará para nós — Soeun sorriu a fim de confortá-lo, depositando um beijo no alto de sua testa. — Logo os seus amigos começarão a chegar, é bom que eles não te vejam de pijama. Está deplorável, meu filho. Parece que morreu e esqueceu de cair. Quer que a mamãe compre um caixão pra você?

— Eu estou tão ruim assim? — balbuciou, tocando o próprio rosto como se desejasse sentir o fracasso estampado nele.

— Sim, mas nada que um corte de cabelo e uma maquiagem não resolvam. Eu já cuidei de tudo. Agora levante, a banheira já está pronta, apenas te esperando. Eu preciso checar a entrada, parece que um tal de Yoon está querendo entrar, mas ele ligou ontem mesmo negando o convite, logo eu preciso ir checar e saber o que está acontecendo por mim mesma. Comunque, dai, Luca! C'è poco tempo — ela o puxou para fora da cama, e Mingi acabou sendo arrastado para a jacuzzi.

CASHIT | MAFIA ATEEZ |  TEMP IOnde histórias criam vida. Descubra agora