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Capítulo 14: Flores de Magnólia

Choi San estava em frente a cafeteria chamativa naquela avenida bastante movimentada para uma tarde de feriado. Ele vagava de um lado para o outro enquanto pensava em como se portar quando estivesse em frente ao pretendido Jung Wooyoung. Seria falta de educação se aparecesse de mãos vazias? Tudo o que ele tinha era uma garrafa d'água que trouxe consigo para se manter hidratado, e uma sacola contendo as vestes que Yeosang lhe emprestou.

Se perguntava se as roupas que escolheu vestir eram adequadas ou lhe faziam parecer com um velho que vive de uma aposentadoria gorda. Usava uma boina... Quando imaginou que um dia teria uma boina azul escuro pousada por cima de seus cabelos ondulados e castanhos? Aquela era uma boa apresentação? Ele nunca havia se sentido assim antes. Era um misto de ansiedade e receio. O seu coração disparava rápido dentro do peito, suas mãos se encontravam bem inquietas. Mordia os lábios, encarava os lados como se pedisse por ajuda, a respiração saía do compasso toda hora. Entendia que, ficar parado por tanto tempo sem de fato tomar uma atitude era patético e não fazia o seu tipo, mas, uma vez ouviu Seonghwa lhe dizer que, quando se está apaixonado, as suas maneiras e o seu modo de agir são ameaçados e podem vir a ser desengonçados — não saberá mais o que fazer ou onde deixar as mãos, se sentirá exatamente como alguém que nasceu ontem.

Cansado de si mesmo, e por não se mover do lugar, procurou por uma solução. Não queria entrar com as mãos abanando, então logo encontrou uma solução. Ela estava em sua frente, uma árvore florífera de pétalas delicadas, brancas e rosas de caule acinzentado. Algumas réplicas da árvore formosa coberta por Magnólias estavam espalhadas por aquela rua.

Uma ideia lhe acometeu. Foi até a árvore e pediu desculpas antes de arrancar uma das flores e limpá-la com um assopro para em seguida colocá-la dentro da garrafa de água. Riu um pouco de seu conceito do que era realmente romântico e simples, meio satisfeito com o resultado nada sofisticado. A planta branca flutuava sob a água límpida e dava um aspecto delicado típico do inverno.

Respirou fundo e tomou coragem para adentrar o estabelecimento. A parte de dentro estava aquecida apesar de vazia. Uma música suave ecoava de fundo, a luz era agradável e as mesas uma longe da outra lhe traziam certo conforto.

Procurando com os olhos, San andou um pouco pelo espaço. Assim que viu Wooyoung usando de um avental e muito concentrado em confeccionar um Latte macchiato com perfeição, um sorriso se refez em seus lábios. Se apressou em chegar no balcão e ficou em silêncio, se perguntando o porquê estava tão nervoso. Era como se seu coração quisesse entrar ainda mais dentro de seu peito, embora de fato isso fosse impossível.

— W... Wooyoung! — acenou para ele e, ao contrário do que esperava, um xingamento por chegar de supetão e assustá-lo, Jung apenas deu um sobressalto e riu de si mesmo, se virando para San e o cumprimentando.

— Como se sente hoje?

— Eu... não poderia me sentir melhor — disse, espirituoso. — O que você está fazendo?

— Eu imaginei que fosse chegar por esse horário, depois da mensagem que você me mandou, então preparei essa bebida pra você — se atentou a algo, franzindo o cenho. — Oh... e se ele não gostar de café? Como eu posso não ter pensado nisso antes?

— Ah, eu gosto — o confortou, ouvindo-o suspirar em alívio.

— Certo. Escolha uma mesa — indicou, já pronto para retomar para a máquina de café quando notou o que havia nas mãos do maior. — O que é isso? Um tipo novo de água saborizada?

— Isso? Não — sacudiu a cabeça. — Na verdade, eu estava pensando em como te dar. Acha que é muito precipitado dar flores no primeiro encontro? Eu resolvi esse problema, e agora parece bem menos extravagante. Fora que, eu tomei um pouco dessa água, então, quando você tomá-la será como se estivessemos dando um beijo indireto. São menos de um litro, quantos beijos isso deve render?

CASHIT | MAFIA ATEEZ |  TEMP IOnde histórias criam vida. Descubra agora