Capítulo 48: Nascer
[...] Era arriscado estar a tão poucos centímetros do fogão quente. Yunho nunca tinha se atrevido a cozinhar um bolo em toda a sua vida; ele teve que pesquisar muito antes de se aventurar no mundo das receitas e realizar misturas sob o balcão da cozinha. Bem, definitivamente não gostava de nada que tivesse relação com culinária, mas ele estava se esforçando pois, naquele caso, tinha um motivo especial que merece sua total atenção.
Ele continuou lendo e relendo a receita do bolo enquanto o observava dentro do forno, e quando o viu crescer, desligou e sorriu vitorioso. Pelo o que parecia, tinha dado certo.
Esperou esfriar, teve grandes dificuldades para desenformar e, por fim, se colocou à decorar. Yunho imitava a receita em todos os sentidos possíveis porque ele não queria que nada desse errado. Embora sem muitas habilidades, ele até mesmo recusou a ajuda da empregada doméstica que trabalhava em sua casa, pois sua vontade era ter todo o mérito naquilo. Esperava que fosse valer a pena.
Assim que tudo ficou pronto, ele foi até o jardim e arrumou uma mesa improvisada usando de um caixote velho e uma toalha de mesa estampada. Colocou o bolo bem decorado e colorido sobre o apoio e se sentou no gramado, pacientemente esperando.
O relógio indicou o horário que Jongho voltava da escola. Yunho correu até a porta e aguardou ansioso a sua chegada.
— Jjong, você finalmente chegou — saudou entusiasmado, observando Jongho caminhar para mais perto da porta. — Desculpe não ir te buscar hoje. Eu estava um pouco ocupado.
— Tudo bem, No-hyung. Eu entendo que você tem as suas ocupações — falou, o cumprimentando de volta. — O meu amigo, me acompanhou até metade do caminho, então eu não vim sozinho.
Yunho sentiu algo tenebroso tomar o seu peito. Ele fechou os olhos e respirou fundo porque queria ignorar aquele sentimento, suprimi-lo, e não tornar o clima ruim entre ele e Jongho.
— Eu estive esperando você a tarde toda — expressou certa tristeza, ouvindo um riso falhado escapar dos lábios de Jongho que agora se livrava de seus calçados, já dentro da casa. — Você tem alguma noção de que deixou alguém te esperando por tanto tempo?
— Eu sinto muito, muito mesmo — sorriu, abraçando Yunho em uma medida para consolá-lo. — Mas por que estava me esperando? Eu achei que tinha treino hoje o dia todo.
— Mamãe não está muito disposta, eu preferi ficar em casa para cuidar dela.
— Oh, sério? Eu vou lá ver ela — teve seu braço segurado suavemente.
— Não se incomode, ela está dormindo — passou confiança no que disse, algo que sempre era capaz de fazer. — Vamos até o jardim comigo? Nasceu uma flor por lá e ela é bem bonita, me lembra um pouco você.
— Flor? Eu gosto de flores. Vamos vê-la.
Caminharam até o jardim enquanto Jongho contava sobre seu dia de aula. Ele estava quase terminando de contar sobre a redação que teve que escrever quando seus olhos se arregalaram e foram tomados por uma luz fulgente. As bochechas coraram, muito surpreso.
— Feliz aniversário? — Yunho perguntou, confuso, com um meio sorriso nos lábios. — Eu me lembro que seu aniversário é no começo do ano, estou certo?
— Foi você quem... fez? — Jongho perguntou, encantado. — Você fez um bolo pra mim? Oh... eu nunca ia imaginar. Eu estou tão feliz!
— Eu tentei copiar uma receita de bolo de aniversário, e... — seu corpo inteiro entrou em combustão ao ser abraçado por Jongho, que já chorava em seu ombro. Aos poucos, Yunho foi saindo do estado torpe e correspondendo ao abraço, batendo fraquinho nas costas do outro para acalmá-lo. — Por que está chorando? Era para você ficar feliz e não... Hum, Jjong, eu fiz algo de errado? Aliás, eu acho que já está na hora de eu parar de te chamar como bebê. Você já é bem mais velho agora.
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CASHIT | MAFIA ATEEZ | TEMP I
FanfictionEm um mundo de poder e ganância, Seonghwa busca incansavelmente elevar seu grupo ao topo da hierarquia na Coréia. Choi San, especializado em negócios ilícitos, cruza caminhos com Mingi, Jongho e Hongjoong, formando uma teia mortal de rivalidade e in...