CASHIT | MAFIA ATEEZ | TEMP I

17

Capítulo 17: Infiltrado

Jung Wooyoung continuou em sua busca pela flor vermelha. Ele vasculhou todo e qualquer canto que ela pudesse estar, e quase suspirou de alívio ao encontrá-la próxima ao local onde San e ele estavam sentados.

Correu até lá e a resgatou do chão, a olhando como se naquele instante ela lhe fosse seu bem mais precioso. A emoção foi desaparecendo conforme se dava conta de que dessa vez estava sozinho; o toque sobre sua mão havia desaparecido.

— San? — fez a busca com os olhos, passando a acelerar seus passos de acordo com o nível do desespero em seu peito. — San! — chamou mais algumas vezes, empurrando o ombro de pessoas ao mesmo tempo que se esticava para olhar por cima de suas cabeças em busca de San.

No entanto, não encontrou um sinal de vida dele. Wooyoung achou que fosse ter seu ar finalmente arrancado quando, de repente, ele nota uma movimentação suspicaz pela praça. Haviam diversos homens de características acentuadamente suspeitas vagando pelos quatro cantos como se estivessem fazendo uma busca. Eles escondiam suas armas, mas Wooyoung pode perceber em um movimento descuidado de um deles que estavam armados.

Jung sempre foi muito observador, procurava perceber antes que tivessem que lhe contar. Logo não demorou muito para que se desse conta de que aquilo se tratava de uma perseguição. Desconhecia o gênero, mas sabia que aqueles homens estavam farejando cada rastro que Choi San tinha, por acidente, deixado para trás como cachorros da polícia. O que ele teria feito para atrair toda aquela atenção?

Certamente, de acordo com as circunstâncias em que o conheceu, Choi era uma pessoa que possuía o exato perfil de quem se envolvia em atividades perigosas. Wooyoung respirou fundo buscando recuperar a calma. Ele pensou que possivelmente San já estava longe, uma vez que era um fugitivo.

Ligou para ele, mas a ligação caiu na caixa-postal — provavelmente o celular dele estava descarregado.

Tomou a iniciativa de retornar para a cafeteria a fim de buscar a sua moto e vasculhar pelo perímetro na esperança de encontrá-lo. Fez tudo isso muito rápido, correu ao ponto do estômago doer e seu rosto ser embebido de suor. Suas pernas formigavam, seus tornozelos doíam, mas não iria desistir.

Apenas cogitar que algo de ruim aconteceu com San fazia o seu coração sofrer de um aperto absurdo e o estômago afundava; um medo quase que anormal.

Assim que retornou para a praça, apercebeu-se que os carros escuros que pertenciam àqueles homens estavam finalmente recuando, no entanto, não havia sinal de San mesmo assim. Um suor frio escorreu pela espinha de Wooyoung. Ele consertou o capacete sobre a cabeça e posicionou as mãos no acelerador, se pondo a seguir aqueles carros, visando que poderiam ter sequestrado San.

Se ele estivesse em apuros, Wooyoung queria salvá-lo.

Tratava de persegui-los cautelosamente, tomando cuidado para não ser descoberto ou isso traria mais problemas. A corrida seguia sendo sutil, apesar da velocidade ser bem alta.

A cada instante que se passava, tudo começava a lhe parecer mais e mais perigoso.

Os três carros iam cortando a estrada, entrando em caminhos desertos que Wooyoung não entendia como poderia existir vida ali. Se San estivesse mesmo dentro daquele carro, realmente seria assassinado e jogado em um lugar onde nunca fosse encontrado.

Na cabeça de Wooyoung turbilhões de pensamentos o perturbaram. Ao mesmo tempo que precisava manter sua concentração em pilotar, ele imaginava tudo de ruim que poderia acontecer caso não fosse capaz de ajudar San. Ponderava sobre o que ele havia se metido, e porquê agora sua vida estava em risco.