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Capítulo 44: O "Grande Roubo"

Jung Wooyoung pensava em ser um herói quando criança.

Ele queria salvar quem precisasse de ajuda, estender a mão para quem não tivesse apoio. Se ele fosse um herói forte o suficiente, ninguém mais teria que se machucar. A realidade seria diferente. A realidade seria não sentir dor. Teria honra, um objetivo de vida que se sobressaísse a sua própria.

Dentre as atribuições de um herói não estava roubar. Mas para Jung Wooyoung e sua sobrevivência, para aquele que não era herói e que não tinha um, era necessário que fosse o herói de sua própria história e isso acaba implicando que seja o vilão da vida de outras pessoas.

Os setores alvo são sala de TI, Sala de Monitoramento e Tesouro. O TI e Compras são responsáveis por administrar o leilão online, seguindo a alteração de preços e a estipulação de valores. As transações online são administradas pelo financeiro, e a tarefa é interceptar o servidor dos bancos que estão recebendo os pagamentos, desviando para contas offshore e paraísos fiscais. Como San tem contas estrangeiras registradas no nome de pessoas já falecidas, ele também consegue abrir empresas fantasmas em paraísos fiscais para lavar dinheiro.

A máscara possuía respirador, o que fazia com que sua respiração ficasse pesada. Ele estava armado com uma AK-12 e caminhava com os sapatos de gala pelos corredores vigiados, visando alcançar a Sala de Monitoramento. Parou no início da via, observando os seus alvos primários: oito seguranças guardando o espaço.

— Ei, você não poderia estar aqui — um dos homens trajados de preto proferiu, dirigindo-se ao outro. — Por favor, se retire. O evento é no andar inferior.

Wooyoung olhou por trás da máscara e controlou o fluxo de sua respiração. Em seguida, posicionou o fuzil grande e pesado sob suas duas mãos para ter facilidade na manipulação dele. Um segurança veio em sua direção com um bastão. Wooyoung golpeou o peito do sujeito usando o pé, o empurrando para trás. Em seguida, bateu com a coronha na cabeça do próximo segurança, avançando no terceiro com um soco e desviando de um logo depois, atirando nos ombros e nas pernas para mantê-los no chão. Quando o quarto se preparou para atirar, Wooyoung agiu antes, acertando um projétil no pulso correspondente à arma, o desestabilizando com um soco no queixo. Foi rápido, não tardando, todos estavam no chão e Wooyoung parado em frente a sala de controle.

Ele era bom em combate corpo a corpo, tomando cuidado para não denunciar que era soldado do exército pelo seu estilo de luta marcial.

Atirou no painel de senha da porta e a abriu bruscamente, entrando e voltando a fechá-la.

— Direi uma vez só — disse por trás da máscara de caveira, apontando o fuzil em direção ao grupo sentado em frente ao enorme painel de telas. — Abandonem seus postos agora e obedeçam às minhas ordens.

Assustados, os trabalhadores ergueram suas mãos em sinal de rendição. Wooyoung contou o total de doze homens e mulheres. Observou as telas das câmeras de segurança, gravando todas as salas existentes no prédio. Era um painel cumprido panorâmico acoplado a dezenas de botões que lançavam comandos o tempo todo, imediatamente.

Pendurou um rolo de fita isolante e enforca-gatos dentro do paletó. Retirou-os de lá e apontou para uma mulher.

— Você — anunciou. — Venha aqui.

A mulher, já apavorada e com os olhos cheios de lágrimas, ergueu-se de sua cadeira e obedeceu de forma hesitante e trêmula, parando em sua frente.

— Qual é o seu nome? — perguntou para ela.

— S-Soyeon... Lee Soyeon — respondeu.

— Soyeon, recolha todos os celulares e amarre os seus colegas na cadeira do jeito que vou ensinar a você, estamos entendidos? Se não me obedecer, a primeira que vou matar vai ser você. E depois vou atrás da sua família porque com certeza consigo encontrá-los com o seu nome e tendo referências suas. Estamos entendidos? Quem tentar resistir, receberá o mesmo tratamento.

CASHIT | MAFIA ATEEZ |  TEMP IOnde histórias criam vida. Descubra agora