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Capítulo 41: Uma surpresa

Park Seonghwa quase concluiu que sua tremenda dor de cabeça iria causar sua morte. Ele não fez nada para pará-la, mas estava refém dela porque não podia recorrer ao álcool para buscar alívio e relaxar por conta dos medicamentos que ainda era obrigado a ingerir devido à cirurgia submetida ao ferimento em sua garganta.

Tragou o seu segundo cigarro, sentado na cadeira de seu escritório, em sua casa, na companhia de Juyeon que desfrutava um copo de licor e um charuto, ambos sem saber exatamente por onde começar.

— Então vocês encontraram o San? — Seonghwa finalmente falou, fitando um ponto qualquer na ampla sala.

— Seulgi disse que ele entrou em contato para avisar que está vivo e bem — Juyeon proferiu com amargor. — Ele disse que estava a caminho porque precisa falar com você. O último sinal que temos dele e de Wooyoung é o do GPS do carro do San, que leva àquela área florestal. Wooyoung arrancou o localizador do carro que ele roubou. Seja lá quem for esse garoto, ele não é qualquer um. Como ele conseguiu render um dos nossos melhores homens e ameaçá-lo? Ele está enganando San.

— O que o Sr. Lee Yeunsoo disse? — desejou saber, interessado. No fundo, ele estava um pouco orgulhoso de Wooyoung.

— Sr. Lee disse que estava na sala de estar e Wooyoung colocou uma arma na cintura dele, o obrigando a segui-lo e mandar os outros seguranças deixarem Wooyoung por sua conta. Os seguranças disseram que havia algo estranho em seu comportamento, mas não ousaram desobedecer — relatou Juyeon. — Wooyoung levou o senhor Lee até o porão, seja lá como ele conseguiu chegar lá, e mostrou a foto da família do senhor Lee. Disse que iria matá-los se o senhor Lee não fizesse exatamente o que ele queria e o senhor Lee concordou.

— Não consigo imaginar ele fazendo algo assim. Prossiga.

— Então ele disse para o senhor Lee que deveria disparar uma ordem de procura por ele naquele momento. Depois que ele fez isso alegando a sua fuga, todos começaram a se mobilizar e em meio à agitação, Wooyoung se disfarçou e começou a usar as credenciais do senhor Lee enquanto o mantinha desacordado no porão, parece que o obrigou a ingerir uma droga e depois o golpeou na cabeça, o prendeu com cabos em uma cadeira. Trancou tudo e saiu.

— Ele não estava sozinho. O Sr. Lee está mentindo.

— Ele estava, Seonghwa. As poucas gravações que restaram das câmeras de segurança confirmam a versão do senhor Lee. Acha que não validei as informações? Eu também desconfiei — Juyeon afirmou, tragando. — Wooyoung estava nos enganando esse tempo todo. Ele está enganando San, e provavelmente já sabemos quem é o infiltrado na Quincy.

Para Seonghwa, era muito difícil enxergar dessa forma, tudo porque Wooyoung não se parecia com aquela pessoa descrita por seus funcionários que viram a destreza a qual executou ações em prol de sua fuga.

— Não acuse sem provas — ordenou, exasperado, apontando com o cigarro. — Você acha que San se permite ser enganado? Aquele garoto...

— Ele está apaixonado, Seonghwa — pontuou, cético. — Talvez Wooyoung e você tenham se encontrado naquele dia, na casa do presidente, porque tinham o mesmo objetivo: queriam matá-lo. Ele está mancomunado com forças anarquistas, não seria surpreendente se aproveitar daquele momento. Talvez Yunho não fosse o único interessado na morte daquele homem. Não faz sentido criar todo aquele alarde se bastava enviar um único homem para cuidar de tudo.

— Você acha que um único seria capaz de derrubar a guarda implacável de um presidente?

— Jung derrubou a nossa guarda e o senhor Lee — Juyeon se inclinou, exaltado. — Wooyoung já mostrou que não é qualquer um. O próximo alvo dele pode ser você. Me escute, estou preocupado. Deveríamos ter entregado ele antes.

CASHIT | MAFIA ATEEZ |  TEMP IOnde histórias criam vida. Descubra agora