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Capítulo 8: Uma briga comprada

Choi San certamente poderia se divertir em qualquer lugar e em qualquer situação. Onde ele estava, a diversão era garantida.

No momento, seus amigos e ele estavam praticando diversos tipos de saltos na piscina da mansão enquanto viravam garrafas e garrafas de álcool diretamente na garganta. As outras pessoas os acompanhavam ao som de música altíssima e agitada, gargalhando. Quando San cansou dos saltos e mergulhos, foi se acomodar em uma cadeira de sol enquanto tomava um Dry Martini, observando a todos os outros jovens com bebida anulando seus sentidos. Definitivamente cada um deles agia de uma maneira que não agiriam quando sóbrios.

Hyunjin foi o primeiro a tomar um lugar ao seu lado, molhado da cabeça aos pés. Em seguida, Changbin e Jeongin se aproximaram, cada um com o copo de Cosmopolitan em mãos.

O primeiro que chegou trocou sua taça de Margarita com o Dry Martini de San, saboreando a bebida refrescante.

— Choi parecia que estava fazendo charme para alguém enquanto tomava uma bela taça de Martini — comentou Hyunjin muito bem humorado, esperando ouvir protestos por parte do outro que seguiu tomando a Margarita sem reclamar, comendo a azeitona e arremessando o palito longe, aparentemente alheio ao mundo naquele instante. — O que houve? Você desanimou de repente...

— Não existe festa em que Choi San não esteja no centro das atenções — Changbin relembrou, nostálgico. — Conte para nós qual é o problema, meu amigo — a fim de confortá-lo tocou nos ombros dele, que suspirou.

— Eu só estou recarregando a bateria. Não existem problemas no meu mundinho perfeito — sorriu presunçoso, retomando seu drink e devolvendo ao que pertencia à Hyunjin que reclamou. — E eu já fiz o meu papel de animador de festa de graça. Vejam como todos já estão felizes — contemplou com cinismo.

— Você não engana ninguém — Jeongin desdenhou. — Eu nunca vi você cair morto depois de uma festa, nem depois de uma rave.

San suspirou meio que entregando que os seus amigos estavam certos. Após sua breve discussão com Song Mingi em um dos cômodos daquele salão imenso, ele tentou lidar com a sua raiva e descontentamento da melhor forma possível: festejando. Porém, era inegável a sua perturbação interna e em algum momento ela daria as caras de forma mais intensa. Não importa quantas vezes se tenta esquecer algo, pois, quanto mais você pensa em esquecer, mais se lembra e mais se pensa.

Este era exatamente o caso. Sua cabeça latejava um pouco e um desânimo desconhecido sorrateiramente se achegava sem que ele se desse conta.

— Certo — bateu sobre as pernas, gesticulando derrotado. — E o que os meus bons amigos farão sobre isso?

— Isso é fácil — Hyunjin pegou uma garrafa vazia no chão, apoiando sobre um suporte próximo. — Verdade ou desafio.

San riu, incrédulo.

— Está brincando? Temos quantos anos? Quinze? — foi a vez de Jeongin contestar, revirando os olhos. — Nem fodendo.

— Ah, qual é? — Changbin ficou ao lado de Hyunjin. — É divertido. Podemos voltar a sermos moleques, como nos velhos tempos. O que me diz?

— Não é como se vocês houvessem deixado de ser pivetes do ensino médio — Choi disse, aceitando a brincadeira de bom grado. — Se eu usar o meu sistema para invadir o celular de cada uma das pessoas que estão aqui sem fazer as alterações necessárias, vou acordar na cadeia. Então, brincar me parece uma boa ideia.

Com exceção de Jeongin que continuava achando aquela ideia ridícula, os rapazes sorriram e começaram a girar a garrafa. Aos poucos, mais pessoas se aglomeravam em torno deles; os desafios ou as verdades contadas eram tão podres que San precisava rir — aqueles garotos e garotas ricas aparentemente nunca haviam vivido de verdade, no limite, aos seus olhos. Todas as vezes que a garrafa parava em si, ele escolhia verdade e aguardava ter que confirmar e girar a garrafa de novo, dando procedência à brincadeira.

CASHIT | MAFIA ATEEZ |  TEMP IOnde histórias criam vida. Descubra agora