CASHIT | MAFIA ATEEZ | TEMP I

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Capítulo 47: Enlouquecer

[...] Jongho sempre sonhou em ir ao zoológico, porém ninguém nunca se atreveu a levá-lo.

Era uma vontade que tinha desde criança. Quando Yunho descobriu sobre isso, assim que ele voltou de viagem após participar de mais um dos campeonatos que ele odiava, convidou Jongho para um passeio.

Os olhos de Jongho se mantinham muito brilhantes enquanto observava os muitos animais diferentes. Ele nunca tinha visto nenhum deles de tão perto, nem mesmo o panda.

O seu encanto inflou muito rapidamente quando se deparou com lebres.

— No-hyung, o que é aquilo? É um coelho gigante? — puxou a camiseta de Yunho para chamar sua atenção, fazendo ele se aproximar mais do habitat dos "coelhos grandes". — Mas eles são muito maiores do que coelhos normais. O que será que deram para eles comerem?

Rindo, Yunho respondeu:

— Não são coelhos gigantes, Jjong, são lebres — se apoiou nos ombros dele, se agachando para ver através da grade os bichinhos saltitando de um lado para o outro, ou parados se alimentando. — Está vendo aquele dali na parte fria? — apontou. — São lebres brancas, elas gostam de viver no gelo e são muito adoráveis. Infelizmente elas vivem muito pouco e não são muito encontradas por aqui.

— Oh, se parecem com lebres da lua~ — se animou. — Podemos ficar com uma?

— Não. Apenas a deusa Chang'e pode viver com elas na lua, nós não — respondeu entre um riso e outro, apertando o nariz de Jongho que expressou uma careta. — Elas não seriam felizes vivendo com a gente e necessitam de cuidados especiais para que isso possa acontecer. Além disso, veja como elas são grandes... Elas iriam comer toda a nossa comida.

— Ah, não acho, No-hyung... Elas são fofinhas — voltou a encará-las. — Elas são minhas favoritas a partir de agora.

— Hum, sério? Então também são as minhas — bagunçou os cabelos da pessoa menor, ouvindo um riso por parte dele. Era revigorante ouvir Jongho rir, a felicidade brilhar nos olhos dele, ele era muito bonito quando estava sorrindo, isso aquecia o coração de Yunho.

O passeio continuou com os dois comentando sobre lebres e acerca de outros animais. Jongho se interessava muito por eles, havia estudado sobre a maioria que estava ali por vontade própria e, ao mesmo tempo que andavam, ele ia contando à Yunho o que sabia e era ouvido atentamente.

No anoitecer, voltaram para casa após jantar fora. Aquele dia havia sido o mais divertido para Jongho e ele estava animado e elétrico; era como se, uma vez que sua infância foi terrivelmente ruim, uma parte dela resplandece dentro dele pedindo por uma certa atenção que ninguém estava disposto a dar antes de Yunho chegar. Em dois anos, ambos conseguiram criar um laço intrínseco o suficiente para ser inquebrável.

— Eu gostei tanto daquele sorvete cheio de bolinhas. Qual era? Você se lembra? — Jongho perguntou cruzando as portas de sua casa, segurando a mão de Yunho. — E também teve aquele enorme prato de comida. Uau! Eu nunca tinha comido tanto. Foi muito divertido, muito mesmo. Eu gostei daquele lugar. Como conheceu ele?

— O sorvete era de feijão, mas você também comeu o de chá verde e de chocolate. Eu particularmente prefiro o de chá verde, então não comi muito o feijão. Sim, aquele prato era enorme e tinha tudo o que nós dois gostamos! Hum... conheci aquele lugar porque... uma vez, o time de futebol foi até lá para comemorar algo.

— Comemorar o quê? Vocês ganharam alguma coisa?

— Eu não sei — deu de ombros. — Hora do banho. Será que você chega primeiro que eu no banheiro?