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Capítulo 52: Seul

Park Seonghwa aproveitou-se do passeio que resolveu fazer com Nero para visitar o túmulo de seu irmão, Yeo Changgu. Passaram-se meses desde sua morte e a falta que sentia dele tornava o seu interior todos os dias um pouco mais amargo.

Ficou por pouco tempo sozinho. Juyeon já estava no cemitério e ele apenas foi dar uma volta em busca de um lugar para comprar algo para beber. Ele voltou com duas garrafas de soju e se surpreendeu com a presença de Seonghwa, que também não esperava encontrá-lo ali.

— Viemos visitar o Changgu no mesmo dia — Seonghwa constatou, sentado em um elevo na grama, com sua mão realizando uma carícia na cabeça de Nero.

A feição de Juyeon esboçava profunda tristeza. Ele estava com os olhos inchados e a pele avermelhada, sinal de que havia chorado. Seonghwa mais do que ninguém conhecia os problemas existentes entre seu irmão e seu melhor amigo, porém, em suma, os dois eram bons amigos e possuíam ligação por causa da organização. Changgu implicava muito com Juyeon porque ele tinha suas razões, mas isso não significava que não se gostavam.

— Você quer que eu vá embora?

— Não tem necessidade — Seonghwa negou, calmo. — Eu queria encontrar algum conforto então vim até aqui.

— Desculpe, eu só trouxe duas garrafas — Juyeon indicou e os dois deram risada. — Você quer ficar com a minha?

— Não se incomode. Aproveite seu momento com o Gu.

Sendo assim, Juyeon assentiu, abrindo as garrafas e brindando, bebendo um gole da sua antes de despejar a de Changgu no gramado ao redor de seu túmulo.

Seonghwa notou que o templo de Changgu estava bem limpo; as flores eram novas e ainda estavam vivas, não havia sinal de maus-tratos pelo tempo e as velas eram novas, os incensos haviam acabado de serem acesos. Ele ficou indeciso se isso era oriundo das ações de Juyeon, que frequentemente visitava Changgu, ou Jo Yuri, sua parceira por anos dentro da organização. Poderia ser os dois, e eles estavam revezando.

Juyeon seguiu conversando com Changgu. Ele não estava bem novamente e vez ou outra acabava chorando silenciosamente. Seonghwa o esperou, sem ter o que dizer para Changgu porque no momento ele não tinha boas novidades.

Após algum tempo, Seonghwa se despediu de seu irmão com uma prece e trouxe Juyeon consigo para sua casa. Sabia sobre o quão instável era o seu amigo, e a perda de Changgu ainda não havia sido bem digerida por ele. Frequentemente Juyeon falava que era terrível o fato de ele ter sido o último a conversar com Changgu vivo e que não era capaz de expressar o quanto ele lamentava aquela tragédia. Era como se ele tivesse culpa e nunca fosse confessar.

Beomgyu surgiu na sala para atender um chamado de Seonghwa. Ele serviu uma xícara de chá para Juyeon e pediu licença para resolver um assunto rapidamente.

— Me acompanhe — mandou ao estacionar ao lado de Beomgyu na entrada do cômodo amplo.

Obediente, Beomgyu seguiu o seu líder até o escritório onde havia somente os dois. Estava apreensivo, sem conseguir prever o que aconteceria a seguir. Assistiu Seonghwa tomar um lado da mesa e oferecer a cadeira a sua frente, servindo um copo de whisky para os dois.

— Onde está o Yeosang?

Seonghwa prometeu a si mesmo que não iria perguntar mais sobre Yeosang justamente por não querer mais saber sobre nada relacionado a ele. No entanto, não dormia desde o dia em que os dois romperam. Ele também não descobriu acerca do paradeiro de Soobin, mas viu pelas câmeras que os dois brigaram. Depois disso, ambos desapareceram e Yeosang apenas telefonou para dizer que sentia muito.

CASHIT | MAFIA ATEEZ |  TEMP IOnde histórias criam vida. Descubra agora