Capítulo 03

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ARTHUR PICOLI

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ARTHUR PICOLI

Três meses depois - Março 2022

Bem que dizem que depois de uma turbulência, vem a calmaria. Entre as inúmeras publicidades que venho fazendo, acabei conhecendo Paola Antonini. A mulher é o retrato da superação, bondade e carisma. O sentimento que tenho por ela não chega nem perto do que eu senti por Carla, mas vem crescendo aos poucos com muito respeito e carinho. 

Paola participa de diversos projetos sociais em Belo Horizonte. Realiza visitas as crianças nos hospitais, sempre as motivando a lutar e seguir em frente. Sempre que pode faz arrecadação para compra de próteses para outras pessoas como ela, acabaram perdendo uma parte do corpo. 

Recentemente ela publicou um livro com sua biografia "Perdi uma parte de mim e renasci" e para mim está sendo incrível acompanha-la nessa jornada me incentivando a seguir ainda mais por esse caminho. Se eu podia usar minha influência para alguma coisa, que seja para ajudar ao próximo.

O plano era começar pelo lugar que eu tanto amava.

— Amor, lembra que comentei sobre o orfanato em Cachoeiro de Itapemirim? — Perguntei, e vi ela assentindo com a cabeça — Podíamos aproveitar para conhecer. Fica no caminho de Conduru. O que você acha? — Disse, enquanto colocava a última mala no carro.

— Seria perfeito. Quem sabe não conseguimos fazer aquele projeto que você tem em mente por lá. — Respondeu entrando no carro. Já ligando o som do mesmo.

— Seria um sonho. — Afirmei sentando no banco do motorista e dando partida no carro. 

Sempre comentei com as pessoas a minha volta e as que me seguem, a minha vontade de fazer uma espécie de leilão com um camisa do flamengo que foi autografada por todos os jogadores. Com o dinheiro arrecadado, ajudar os lares com crianças em situação de vulnerabilidade e os alguns abrigos de animais.

— Um sonho meu agora é saber se sua família vai gostar de mim. — Confessou Paola dando um sorriso nervoso com receio de que minha família não a aprovasse.

— Eles vão amar você. Tenha certeza disso. — Declarei segurando sua mão dando-lhe um beijo carinhoso como forma de passar o máximo de segurança possível. Ela retribuiu com um sorriso.

Entre uma música e outra aproveitávamos para admirar a paisagem, as pessoas e alguns animais ao longe, ao mesmo tempo que conversamos sobre coisas aleatórias. Cinco horas depois já estávamos na divisa Rio de Janeiro, Espírito Santo. Só de ver a placa de entrada do meu estado, a sensação de lar e segurança já me invadia. Como era bom estar em casa.

Como planejado, Paola e eu fizemos uma parada orfanato Aprisco Rei Davi que fica em Cachoeiro de Itapemirim. O lugar hoje recebe crianças de 0 a 12 anos que estão a espera de serem restituídas a seus lares ou encaminhadas para adoção. No local fomos recebidos por uma das pessoas faz trabalho voluntário por lá à um tempo. Ela nos levou primeiramente a sala da coordenadora e depois nos levou para conhecer cada pedacinho daquele lugar. Vimos os quartos, que eram divididos por idade e por sexo, a cantina, que apesar de bem espaçosa claramente precisa de uma reforma, o berçário, que era a coisa mais fofa e triste aos mesmo tempo.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora