Capítulo 40

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Abri o os olhos assustada, piscando algumas vezes, reconhecendo de cara que o ambiente se tratava de um Hospital. Minha primeira sensação era de alivio, por estar viva.

Em seguida senti meu corpo todo dolorido, no meu braço esquerdo um acesso venoso; Provavelmente soro. Movi minhas pernas lentamente avaliando o quão mal estava, dando graças a Deus pelo simples movimento.

Forcei minha mente sobre os últimos acontecimentos, conseguindo uma forte dor de cabeça e uma náusea no processo. Não consegui conter as lágrimas quando flashs começaram a me assombrar.

Carro branco. Batida. Carro saindo da pista. Capotamento.

Alguém tinha tentando nos matar?

— Carla Carolina Moreira Diaz, 31 anos  — Leu uma morena alta de cabelos crespos, e se não fosse pelo jaleco branco e um tablet nas mãos, claramente julgaria se tratar de alguma uma deusa africana — Sou a Doutora Monalise e você sofreu um acidente essa madrugada, está no Hospital Dr. Jayme Santos Neves, no Espírito Santo. Está sentindo alguma dor? Tontura? — Indagou ao colocar o eletrônico em cima de uma mesa ao meu lado, avaliando meus olhos com uma pequena lanterna.

— Posso saber como estão os outros? — Questionei ignorando completamente suas perguntas — Estão todos bem? A menininha é minha filha — Afirmei

— As informações que eu tenho é que as meninas e a sua filha estão bem, foram atendidas, não tiveram nenhum quadro preocupante, devem ser liberadas daqui algumas horas. — Contou sem deixar transparecer nenhuma expressão em seu rosto. 

— E o A-arthur? Meu noivo? Como ele está? — Pela primeira vez desde que entrou no quarto vi seu ar de profissionalismo e sua postura rígida se desfazer. 

— Ele é seu noivo? — Questionou surpresa, apenas acenei que sim sentindo um nó se formar em minha garganta — Não é o tipo de noticia que gostaria de dar... — Ela pausou por alguns segundos — Infelizmente... Ele teve alguns traumas na cabeça e isso foi evoluindo para uma hemorragia, que acabou formando um hematoma. Como tudo isso está pressionando o cerébro dele, no momento está passando por uma cirurgia — Mesmo não entendendo muito bem o que aquilo significava, sabia que boa coisa não era.  

— M-mas ele corre risco de vida, doutora? — Perguntei com voz trêmula

— E-eu sinto muito, mas infelizmente sim. É uma cirurgia bem delicada.

Ao mesmo tempo que tentava digerir as palavras da médica, várias lembranças começavam a invadir minha mente. Nosso primeiro beijo, as cantadas prontas, as declarações bobas que eu tanto amava, nosso reencontro, os sorrisos, o cheiro, a voz. "— Eu não consigo viver ser ele"'. pensei sentindo meus olhos começarem arder pelas lágrimas.

— E-eu preciso vê-lo, e-eu quero o meu Arthur — Consegui falar entre soluços, tirando o lençol que me cobria, tentando a todo custo me levantar da cama, enquanto a médica insistia que eu deveria ficar deitada, mas foi uma tontura que me impediu.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora