CARLA DIAZ
Quando começaram a entrada das visitas, entramos em comum acordo de que Thais deveria ser a primeira, por ela ainda não ter visto o irmão. Catarina e eu seriamos as últimas para ficarmos um pouquinho a mais lá dentro, já que na maioria das vezes, até que as enfermeiras se certificava de que todos os acompanhantes já tinham saído, levava um tempo, então, nós meio que burlávamos o sistema.
— Como ele está? — Perguntei assim que vi minha cunhada sair.
— Não sei se eu quero contar e estragar a surpresa que vocês terão. — Contou dando um sorrizinho enquanto uma lágrima escorria pela sua bochecha esquerda.
— Bacana — Falei enquanto escutava a reclamação do meu sogro.
— Fale de uma vez, Thaís. — Falou seu José — Não aguento de ansiedade.
— O que eu posso dizer é o que a médica me passou. Estão diminuindo os medicamentos que já não são tão necessários e que a partir de agora a melhora dele vai ficar cada vez mais visível.
Quase pulei no colo dela de tanta felicidade. Cheguei a abrir os braços e seguir em sua direção, mas bastou um milésimo de segundo para que eu me lembrasse que ela poderia estar grávida, para parar no meio do caminho.
— O quê? Eu não vou ganhar um abraço? — Indagou com os braços abertos na minha direção.
— Um abraço? Claro. — Respondi abraçando-a do jeito convencional.
Até que todos entrassem e saíssem, o tempo parecia se arrastar e toda vez que alguém surgia de volta com um sorriso enorme no rosto eu ficava ainda mais ansiosa.
— Você disse que ele estava bem, mas não imaginei que fosse o encontrar tão bem... — Alegou Fabrizio assim que saiu. — Acho melhor você entrar...
— Ela está querendo fazer uma surpresa para a Catarina, mas acho que ela também vai ficar surpreendida — Disse minha sogra — Eu vi ele ontem... não é a mesma pessoa...
Eu já estava me aguentando de tanta ansiedade.
— Catarina — Chamei a pequena que brincava de desenhar no celular com Ale e Dani. — Vamos. É nossa vez de ir ver o papai. — Ela deu um sorriso de orelha a orelha.
— O meu amigo pode ir com a gente? — Indagou se referindo ao Ale.
— Filha — Me abaixei na altura dela — Aqueles homens na porta não deixam que entrem duas pessoas de uma vez. Lembra que...
— Tudo bem Kit kat, eu vou conhecer seu pai um outro dia. — Ele se adiantou em dizer.
— Carla — Olhei e era o meu sogro vindo na minha direção — Quase ia me esquecendo de dizer, o Arthur me fez bastante perguntas, sobre... tudo. É só para você ficar atenta e ir formulando respostas na cabeça.
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O Amor Não Tem Fim
FanfictionArthur Picoli e Carla Diaz, viveram um romance intenso dentro de um programa de reality show de confinamento. Esse relacionamento acabou sendo julgado de diversas formas possíveis e chegando ao mundo real, percebem que apenas o sentimento que nutre...