Capitulo 06

669 55 12
                                    

ARTHUR PICOLI

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ARTHUR PICOLI

Assim que chegamos no Rio, a primeira coisa que fiz foi conversar com Paola sobre a minha decisão. Afinal de contas não dá para adotar uma criança sem que a minha namorada esteja envolvida. Seria no mínimo estranho. 

— Arthur, não é assim que as coisas funcionam, você não pode querer adotar uma criança, assim, do nada. — Argumentou Paola. 

— Eu sinto que é a coisa certa a se fazer... Você não entende, é como seu já estivesse ligado aquela garotinha desde o primeiro momento que a vi.  

— Se você se senti assim, não há nada que eu possa fazer, mas eu não quero fazer parte disso. Gosto de você, mas não sei se estou preparada para ser... sei lá... Como isso iria funcionar? Somos apenas namorados, há uns três meses no máximo. 

— Eu também estou gostando muito de você, eu te entendo e te dou o tempo que precisar. — Declarei por fim segurando sua mão — Eu sinto de verdade que preciso fazer isso com relação a Catarina. 

— Se você já se decidiu com relação a menina, esse é o seu momento, seu chamado, não o meu. Vou torcer por vocês, mas não como sua namorada... Quem sabe mais para frente a gente converse de novo ou até possamos ser amigos... — Disse se levantando com um certa raiva, pegando sua bolsa. — Depois mando alguém buscar o resto das minhas coisas — E saiu pela porta como se não fosse nada. 

Confesso que apesar de entender, fiquei triste pela reação dela.

Chateado, passei boa parte da noite de frente para o mar, observando as ondas quebrando na areia, um pouco incoformado pelas coisas nunca darem certo para mim. Perdi a Carla e agora a Paola.

Horas depois ainda rodiado pelos milhões de pensamentos, dei um mergulho na água gelada, voltando a consciência de eu tinha um motivo para aquele término e valeria a pena.

No dia seguinte confirmei uma reunião com um advogado para dar inicio ao processo. Azarado do jeito que sou, levei outro banho de água fria. De acordo com leis brasileiras de adoção, não é possível adotar uma criança especifica e que eu deveria entrar na fila como todo mundo.  

Apesar de arrasado e completamente sem esperanças, ele insistiu para que eu tentasse, que nós colocaríamos no perfil de criança desejada, o perfil da Catarina. Que geralmente as pessoas obtavam por adotar bebês, me dando uma pequena chance.

— Primeiro, vamos colocar apenas o estado onde ela mora como pretensão... Espírito Santo, certo? — Perguntou e eu assenti, preenchendo um pré-cadastro no conselho nacional de justiça.

— Você e sua namorada, vão tentar adotar juntos? Se forem, oficializar a união pode ajudar. 

— Na verdade, ex namorada. Paola sempre foi maravilhosa, não tenho nada a reclamar daquela mulher, mas achamos melhor terminar a relação. Chegamos a conclusão que estamos em momentos diferentes. — Disse apenas. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora