Capítulo 43

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Hoje faz exatos quinze dias desde que o contratei Charles como meu segurança particular. No auge dos seus 35 anos, tem se mostrado um bom profissional; dedicado, respeitoso, atencioso, cuidadoso e bem solicito. De inicio, o desconforto era nítido da minha parte, mas como tudo na vida, acabamos nos acostumando. 

Quem não tem aceitado muito bem sua presença constante, é a Catarina, que apesar de eu explicar que ele estava próximo para garantir nossa segurança, hora ou outra eu a pegava revirando os olhos na direção dele.

Hoje também fazem quinze dias que depois de discussão calorosa, meus pais e a família do Arthur, respeitaram minha decisão de que o melhor a se fazer no momento, era sair de Conduru para longe possível, para segurança de todos.

Apesar de estar com o coração apertado, sabia que seria bom eu passar um tempo em Goiás, na fazenda com Caio e Waléria. 

O lugar que eles moram é enorme. Uma quantidade considerável de hectares de terra, onde grande parte se concentrava a plantação de milho e soja.

Fora que, para quê as filhas tivessem contato direto com os animais, eles ainda mantinham uma pequena fazendinha com algumas vaquinhas, galinhas, codornas, porquinhos e ainda um lago com peixes diversos.

Desde que chegamos, Caio tem dado um jeito de ficarmos sempre juntos; tratando dos bichinhos, tirando leite, pegando ovos ou até mesmo colhendo algumas frutas e verduras.

Desde então, o máximo de contato que tenho com o Arthur tem sido por uma tela de celular, através da equipe médica e da família, por video chamada. 

E em quinze dias. Todos as noites. Tenho tido um único sonho.  

Nele, o Arthur sempre me acorda de manhã, como na maioria das vazes, sussurrando no meu ouvido "Você É o amor da minha vida." Eu sempre acordo assustada.

Quinze longos dias que tudo que escuto da minha filha entre uma brincadeira e outra, são perguntas sobre o pai. "Quando ele acorda?", "Porque temos que ficar aqui?", "Vamos ver o papai?" e a que mais me doeu até agora "O papai vai virar estrelinha?"

— Mamãe — Disse a pequena subindo um dos degraus da escada da fazenda com o rosto vermelho pela correria — Quando vamos voltar para Condulu? Eu gosto de ficar brincando com a Alice e a Manuela, e dos animazinhos, do porquinho, mas estou com saudades do meu papai. Ele vai demorar muito pra acordar?

As perguntas. Sempre as mesmas perguntas.

 — Infelizmente ele ainda não acordou, meu amor — Contei me sentando em um dos degraus.

— Oh, Lamparina... — Gritou Caio chamando minha filha por um dos apelidos que eu nunca entendia o sentido. Notei que Alice estava com ele. — Vai passear no trator ou não?

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora