Capítulo 30

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ARTHUR PICOLI

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ARTHUR PICOLI

— Então essa é a famosa Catarina? — Indagou Fabricio assim que saiu de uma das reuniões, se aproximando de nós. 

— Eu não sou famosa ainda, mas eu vou ser quando começar a faze trabalhamento de novela. Vou fazer igual a Tia Cá. Vou faze novela e filme e teato. — Pontou mostrando nos dedos.

— Não é uma competição, mas acho que ela me ama mais — Sussurrou Carla no meu ouvido, com a maior cara de deboche.  

— Eu posso conviver com isso, afinal de contas é bem difícil te conhecer e não te amar. — Respondi olhando-a nos olhos. — Tenho para mim que uma pessoa que não goste de você, não é uma pessoa confiável.

— Seu bobo — Respondeu me dando um abraço de lado — Eu estava tirando onda com a sua cara e você me devolve sendo fofo? Não estou acostumada com você assim não.

— Arthur, a pequena tem perfil, se comunica bem, é desenvolva, parece não ter vergonha. Bem que a gente podia começar a fazer umas fotos dela, tentar uns comerciais. Já pensou na possibilidade? — Minha cabeça já começou borbulhar, imaginando ela grande, sendo atriz e eu tendo que ver ela fazendo cena de beijo na televisão. Só Jesus na causa, eu nasci para pagar meus pecados na terra mesmo.

— Vamos ver mais para frente um pouquinho, ainda temos que resolver muita burocrácia. — Respondi coçando a cabeça.

— Quem sabe o ano que vem, quando iniciarem as aulas, colocamos ela nas aulas de teatro. Já começar a trabalhar a expressão verbal e corporal, dicção e coordenação motora. Já é um inicio. — De tudo que a Carla falou, a única coisa que prestei atenção foi no "Colocamos". É inevitável não ficar mexido com loirinha se colocando na vida da minha pequena. 

— Eu quero fazer aula de teato, papai. — Falou se virando para olhar na minha direção.

— O ano que vem olhamos isso, está bem? Agora vamos deixar a Carla resolver o que tem que tem resolver, gravar o que tem que gravar, e nós dois vamos brincar do lado de fora enquanto isso.

[...]

Uma hora depois e eu já estava cansado de tanto correr de uma lado para outro na grama sintética. Exausto, me joguei no chão quase que sem ar. Onde essas crianças arrumam tanta energia? Acho que já estou ficando é velho.

— Não me pega, não me pega... — Falava dançando com as mãos na cintura, enquanto eu já estava pedindo arrego. Fiz que ia me levantar, quando ela se aproximou demais, arrancado um grito escandaloso, seguido de uma gargalhada, enquanto corria para longe de mim. 

— Filha, vem cá — Chamei controlando minha respiração.

— Eu vou não... — Fez um negativo com dedinho — o senhor vai pega eu— Disse desconfiada e com razão, eu já tinha enganado ela assim outras vezes.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora