Capítulo 31

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Deitada na cama, depois de um longo dia de trabalho, tento dormir, mas o sono não vem. Olho para lado vazio na cama, e começo a imaginar minha vida sem o Arthur e Catarina e chegar a essa conclusão me faz encolher de medo. 

Eu estava tentando ao máximo, tirar da minha cabeça que o grito de negação que a Catarina deu ao ser perguntada se eu era a mãe dela, não estava me afetando. Afinal de contas, ela não estava errada, eu não sou a mãe dela. 

Me peguei lembrando de como foi passar a morar aqui, de como a pequena se aproximou em tão pouco tempo, dos desenhos que ela me deu, dizendo que me amava, dias depois assustada falando que não queria ficar sem mim. Tentei vasculhar na memória se algum momento ela chegou a achar ruim eu estar sempre tão próxima do pai dela, e nada me vem a cabeça, muito pelo contrário, sempre que estávamos os três juntos, ela sempre foi bem receptiva. Será que fiz alguma coisa sem perceber?

E o que está me deixando mais maluca, não foi a resposta dela, e sim, como ela foi incisiva ao gritar "Não".

"E se ela nunca me aceitar com o pai dela? E se ela não me quiser na vida deles?" — Meus olhos ardiam com a vontade de chorar, mas me segurei, fechando os olhos ao ouvir porta do quarto se abrir.

Fingindo que estava dormindo, sinto o Arthur se deitar do meu lado, me puxando para mais perto, por fim depositando um beijo na minha testa, me envolvendo no seus braços. Não demorou muito para que ele entrasse em sono profundo. Arthur sendo Arthur.

[...] 

No dia seguinte, já tínhamos almoçado quando a assessoria liberou o IGTV que gravamos, explicando tudo que tinha acontecido comigo nos últimos meses. Me sentei no sofá para analisar a repercussão e foi impressionante como meu direct começou a lotar de mensagens de diversas mulheres de todas as parte do país, me dando apoio, ou contando suas próprias histórias. Se no meio de todo essa dor que eu passei, eu ajudar pelo menos uma mulher, já terá valido a pena a exposição. Amigos que a muito tempo não via e nem falava. me pedindo desculpas por não terem percebido e muito menos terem feito nada. Todo tipo de veiculo de noticias querendo marcar entrevistas e para variar um dos assuntos mais comentados no twitter. 

— Você citou meu nome... — Disse Arthur com o celular na mão vindo na minha direção e um sorriso enorme no rosto. — Óbvio que um relato forte desse, tem uma importância muito grande, isso é inquestionável, mas é que eu não esperava é que você fosse dizer alguma coisa ao meu respeito, muito menos me agradecer publicamente. — Falou pegando uma almofada e deitando no meu colo, repetindo a última parte pela segunda vez...

"... e eu não sei o que seria de mim, nessa situação, se eu não tivesse encontrado alguém no passado, que apesar de todas as nossas questões, teve a sensibilidade de permanecer atento, que percebeu que eu precisava de ajuda e não hesitou em momento algum.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora