Capítulo 04

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ARTHUR PICOLI

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ARTHUR PICOLI

No dia seguinte, apesar das poucas horas de sono, levantei com dopamina nas alturas. Acordei cedo, ajudei minha mãe preparar o café da manhã, limpei a piscina enquanto Paola tomava sol e de quebra ainda consegui dar banho nos cachorros. Tudo isso na parte da manhã. Mas minha alegria tinha um motivo, nome e endereço. Na parte da tarde passaríamos no abrigo para fazer um levantamento do que o lugar precisaria com mais urgência e aproveitaríamos para ver as crianças. " — A quem estou querendo enganar, a minha vontade era ver Catarina". —  Penso alto, desligando a mangueira.

No abrigo somos recebidos com abraços, sorrisos e gritos de alegria. Paola vai direto para o berçário, enquanto meu olhar atento passeia pelos cantos procurando um rostinho conhecido e não a encontro. Será que ela estaria nos quartos? E se alguém adotou Catarina? Me bate um desespero estranho.

— Vem cá... — Parei uma das voluntárias com um bebê nos braços — A menininha de cabelos cacheados, Catarina o nome... Cadê ela? Eu não estou vendo em lugar nenhum. — Digo, ainda procurando pelo lugar.

— Desculpe. Mas eu não posso dar informações sobre as crianças. São as regras. — Afirmou meio sem graça.

— Tudo bem — Respondi a contra gosto. Enquanto via a mulher de estatura mediana se afastar.

— Arthur... Oh, moço de Conduru... — Escutei uma senhorinha chamar pelo meu nome. A mesma aparentava ter uns seus oitenta anos, mas parecia estar super bem de saúde e super ativa. Avaliei enquanto caminhava até onde ela cuidava das plantas. — Ouvi que está procurando pela Catarina. — Assenti com a cabeça — A menina passou mal hoje de manhã. Um médico que sempre atende no abrigo disse que provavelmente era outra virose. Só não diz que fui eu quem te contou. Eles tem muitas regras com relação a privacidade das crianças. Dizem que viola o estatuto da criança e adolescente.

— Não vou dizem nada e... muito obrigada. — Disse agradecido enquanto saia a procura da enfermaria.

Cinco minutos depois, encontrei uma em uma sala toda branca, com uma plaquinha em azul escrito: Enfermaria. Dentro tinha todos os aparatos de uma clínica, duas macas, um armário com dezenas de remédios e uma televisão de tubo conectada a um DVD que transmitia desenhos antigos. Em uma das macas estava a garotinha de cabelos cacheados. Me aproximei devagar, me abaixando perto dela.

— Cat? Se lembra de mim? Arthur, que visitou vocês no outro dia. — Disse calmamente. Não queria assustar a menina.

— Tio... Eu lembro... Você bincou de bola com a gente — Ela respondeu colocando a mão na barriguinha. Provavelmente era ali que a estava incomodando. — O médico me deu remédio, mas ainda doí. Toda vez a mesma coisa — Contou cansada.

— Você sem sempre passa mal assim? — Perguntei passando a mão nos seus cabelos.

— Sim, sempe. O médico diz que é poque eu como demais. Só que eu não como muito. É sempe o mesmo tamanho que as outas quianças. — Contou, soltando no final um grunhido de dor — Aí.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora