Capítulo 33

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

De olhos vendados, cuidadosamente ele foi me orientando de onde eu deveria ir pisando. Quando senti que havíamos chegado no topo da escada, sem discutir, passou um dos braços pela minha cintura, me erguendo a uns dez centímetros do chão e como se não estivesse levantando nada, me carregou até último degrau, voltando-me para o chão.

A essa hora, eu tentava assimilar o que estava acontecendo, me concentrando em cada passo que devia dar em meio a escuridão. Ao fundo escutava algumas vozes misturadas, acompanhado de passos, imagino que saindo do caminho e acabei escutando alguém pedir silêncio.

— E-eu estou ficando nervosa — Contei tentando controlar minha voz, ao identificar que pela brisa leve, estávamos saindo da casa. Me segurei ainda mais a alguma parte de sua camisa, ainda sem acreditar que o Arthur estava realmente aqui, de verdade, comigo. 

— Só mais um pouquinho e já estamos chegando — Disse perto o suficiente do meu ouvido fazendo eu me tremer inteira só pelo tom da sua voz. 

Como base no meu péssimo senso de direção e noção de tempo, imaginei estarmos andando por uns dois minutos, em uma rua reta, novamente mais escadas, até eu sentir que, pela textura, eu estava pisando em areia. Andamos mais um pouco e com cuidado me posicionou  frente para alguma coisa. 

— Amor — Sussurrou no meu ouvido — Eu tenho uma surpresa e preciso que você só tire a venda quando eu mandar — Assenti que sim. Logo consegui identificar o barulho do mar, cochichos e... 

Música

— N-não pode ser... — Levei as mãos na boca ao escutar a música que ele sempre cantava e tocava no violão para mim, antes de tudo virar um caos. Tento assimilar que aquilo estava mesmo acontecendo. 

Se for preciso, eu pego um barco, eu remo
Por seis meses, como peixe pra te ver

— Logo que nos conhecemos, foi um pouco estranho assimilar que alguém como você, pudesse se interessar por alguém como eu. Mesmo assim, no dia Onze de Fevereiro, em meio ao um monte de camêras, um monte de gente maluca pulando em volta, saiu o tão aguardado primeiro beijo... e que beijo — A cada palavra que ele lia, mais lágrimas brotavam no meus olhos por baixo da venda — E o que eu não imaginava, aconteceu: Nos apaixonamos. 

Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste e que eu desista de você

— E apesar de alguns - muitos - obstáculos — Escutei alguns risadinhas ao fundo — Queria dizer que estou pronto para te fazer a mulher mais feliz desse mundo. Sendo seu marrento, seu amigo, seu namorado, seu protetor, aquele que tira sua paciência pelas cantadas e piadas idiotas, também a pessoa que te acalma, e a cima de tudo, a pessoa que te ama um pouquinho mais a cada dia. Mas antes disso, eu precisava fazer uma coisa...

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora