Capítulo 53

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CARLA DIAZ 

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CARLA DIAZ 

Tenho que admitir, minha vida ultimamente tem parecido uma eterna prova de resistência.

Ex-marido abusivo;

Noivo recém saído do coma e;

Funcionário acusado de tentativa de homicídio.

"— Ficar parada por vinte e quatro horas vigiando um big fone - que não iria tocar - me parece bem mais atrativo agora." — Refleti por um momento enquanto aguardava em uma sala pequena, com pouca mobília, o assistente social com a autorização para que a Catarina pudesse visitar o pai. 

— Está aqui, mãezinha — Disse ele ao entrar, me estendendo metade de uma folha de papel A4. O olhar voltado completamente para a tela do celular em suas mãos. 

— Obrigada — Falei apenas antes de sair. 

Desço para o segundo andar, entro logo na primeira saída, e vou de encontro ao restante da família que aguardava sentada na recepção esperando o horário de visitação. No meio do caminho vejo Fabrízio, meu assessor, com um cara alto. O que me chamou atenção é que essa mesma pessoa, segurava minha filha no colo, e eles parecerem se divertir juntos. 

— Boa tarde — Cumprimentei ao me aproximar — Não sabia que viria. — Disse ao meu assessor, dividindo o olhar entre ele e o outro homem. 

— Com tanta coisa acontecendo, não tinha como não vir... — Falou ele fazendo uma careta — e deixa eu te apresentar... — Disse desviando o olhar para o lado — Esse é o Alexandre, um grande amigo da família e apartir de hoje... seu segurança. 

Como assim meu segurança? E se ele tinha alguém de confiança na família, porque não me apresentou antes?

— Ele estava trabalhando em outro lugar — Respondeu como se lesse a minha mente — e agora trabalha conosco.

— Prazer, Carla. — Disse ainda meio desconfiada entendo a mão a ele.

— Alexandre, mas pode me chamar de Ale. — Respondeu com um grande sorriso no rosto.

Ele não era nada parecido com Charles. Alexandre era magro, praticamente não tinha pêlos no rosto, o tempo todo sorrindo e não usava roupas sociais. Se Fabrízio não tivesse dito nada, eu poderia facilmente acreditar que ele estava ali apenas como seu amigo. 

— Me desculpe, Alexandre, não é nada contra você, mas acho que o Fabrízio e eu deveríamos ter conversado antes e...

— Não, mamãe... — Disse Catarina agarrada ao pescoço do homem — Eu gosto do Ale. Ele é legal. — Eles deram um sorrinho cúmplice um para o outro.

Eu devo ter ficado longe no máximo uns trinta minutos e minha filha já tinha feito amizade com um estranho? Era isso mesmo?

— Ale, tem como me dar uns minutinhos a sós com a Carla? — Indagou meu assessor — Pode aguardar juntos com aquele pessoal ali na frente. — Apontou para onde estavam sentados, dona Beatriz, seu José, Thaís e Daniele —  Catarina, você apresenta o Ale para todo mundo?  — Pediu com animação. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora