Capítulo 37

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Quando o Arthur me contou que passaríamos as festas de final de ano com a família dele, confesso que não queria vir. Não que eu não quisesse revê-los, mas sim, porque estava com medo de ser criticada de alguma forma.

Felizmente, por hora, todos estavam me tratando super bem.

Já era de tarde quando nos amontoamos na cozinha; Minhas cunhadas, as crianças e eu, para fazermos biscoitos decorados de Natal. Assim que saiu a primeira fornada, ao contrário do meu sobrinho que estava mais interessado em comê-los, minha filha permanecia em cima de um banquinhos, com nariz sujo de farinha, os olhos brilhando encantada com a Tia Dani ensinando como deveriam ser decorados os bonequinhos e as árvores.

Quando finalizamos a decoração do primeiros biscoitos, olhei para o lado e os da Daniele junto com Mi, pareciam uma obra de arte, perfeitamente simétricos, e com escrita impecável de "Feliz Natal" nas árvores e os bonequinhos, pareciam de fato soldadinhos felizes. Enquanto os meus pareciam ter saído de um desenho animado de chernobyl.

— Amor... — Apareceu Arthur me abraçando por trás, me dando um beijo demorado na bochecha — Me desculpa, porém eu preciso falar. A atriz é de milhões, mas a confeiteira é de centavos — Comecei a rir concordando com ele. 

— Nem precisa se desculpar, isso é um fato. 

— E o meu, Papai?

— O seu está maravilhoso, minha filha. Você é uma artista nato. Além de paredes e cachorros, agora também decora biscoitos. 

— E o meu, Titio?

— Está lindo, só faltou uma... —  Virou a cabeça de lado tentando entender o formato do biscoito —  perninha?

— Eu tava com fome, uê. 

Não demorou muito para meus sogros aparecerem na cozinha. Dona Bia, rodeou, rodeou, elogiou a obra de arte das crianças e ficou observando nossa movimentação, parecia inquieta. Minutos depois vi ela sussurrando alguma coisa no ouvido do Arthur e sair.

— Linda, meus pais querem conversar com nós dois. Tudo bem para você? — Sussurrou no meu ouvido. Acenei que sim, sentindo o frio na barriga me invadir.

Lavei minhas mãos, sequei e acompanhei o Arthur até a sala, sem fazer alarde com as crianças, para que elas não viessem atrás.

Observei todos se sentarem no sofá e fiz o mesmo. 

Antes que começassem a dizer qualquer coisa, percebi no olhar dos meus sogros a preocupação estampada em seus rostos. Comecei a ficar mais nervosa, por medo de não saber onde essa conversa podia nos levar. Minha mente começou a viajar pelos diversos discursos da minha mãe. Espero que eles não mudem de ideia e resolvam ficar contra nós a essa altura do campeonato, porque sem dúvida nenhuma, não vou abrir mão do Arthur. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora