Capítulo 20

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Eu não deveria reagir dessa forma depois de tudo que o Arthur e eu passamos a mais de um ano atrás, mas vendo ele agora depois de tanto tempo, era como uma luz no fim do túnel. Assim que me levantei do colo dele, respirei fundo algumas vezes, tentando por fim me acalmar.

— Ah, Arthur — Disse chorando de novo. Vendo ele se levantar.

— Vai ficar tudo bem. — Suas feições eram difíceis de entender. Me aproximei dele, passando os braços em volta da sua cintura, me encostando em seu peito. "—Qual a pior coisa que ele poderia fazer agora? Me afastar?" — Pensei.

— É m-muito doentio da minha parte ficar feliz agora? — Perguntei, sentindo minha voz falhar. Ele não se afastou, muito pelo contrário, me puxou ainda mais para perto, tão forte que eu mal conseguia respirar.

— Eu sei exatamente o que quer dizer. — Sussurrou me dando um beijo no topo da minha cabeça. Levantei o rosto por um tempo para olhá-lo. Queria mais do que nunca ter confiado apenas nos meus instintos e jamais ter me separado dele. Era horrível esse sentimento de ter estragado tudo.

Arthur retribuía meu olhar. Ali, nos braços dele, era muito fácil fantasiar que ele me queria, que era com ele que eu estava casada. E foi o que eu fiz. Eu fingi, para tornar o momento mais especial. Não era o momento de pensar nos motivos dele estar aqui e porque ele estava agindo daquela maneira. Talvez o tempo que passamos sem nos falar, tivesse sido o suficiente para ele não me odiar por enquanto. Mas isso não importava, eu estava feliz demais fingindo.

Eu não queria sair da bolha em que estávamos, mas ele se separou de mim rápido demais. 

— Quer me contar tudo que está acontecendo agora, ou prefere ter essa conversa depois? — Perguntou segurando minha mão com certa delicadeza. As vezes pegava seu olhar examinando meu corpo e a essa altura do campeonato ele já tinha visto o enorme hematoma roxo no meu braço. 

— Depois — Falei sabendo que se começasse a contar, iria chorar de novo. 

— Então vamos arrumar suas coisas, que você não fica mais nem um dia nesse apartamento.

— Eu quero muito sair daqui, mas como isso vai funcionar? — Perguntei esfregando minhas mãos uma na outra, nervosa — Eu não tenho acesso a nenhum dinheiro mais, não tenho para onde ir. — Revelei, vendo suas sobrancelhas se juntarem. Ficou nítido o quanto estava inacreditado e revoltado ao mesmo tempo, ao vê-lo passar as mãos pelo rosto e pelo cabelo pela terceira vez seguida. 

— Então, ele ameaça, bate, controla o seu dinheiro... — Indicou com os dedos —  Eu estou tentando... De verdade... Estou tentando me manter calmo, mas está ficando cada vez mais complicado. Não sabe o quanto está me doendo, olhar para você, com esse braço machucado. — Expressou tentando acalmar-se, apoiando o antebraço na mesa de jantar com a cabeça baixa, as mãos em punho dando para notar a falta de circulação sanguínea. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora