Arthur Picoli e Carla Diaz, viveram um romance intenso dentro de um programa de reality show de confinamento.
Esse relacionamento acabou sendo julgado de diversas formas possíveis e chegando ao mundo real, percebem que apenas o sentimento que nutre...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
CARLA DIAZ
Por algum motivo a médica achou que era uma boa ideia me sedar.
Abro os olhos depois de não sei quanto tempo e encontro Pocah ao pé da cama.
— Amiga — Disse ela, se inclinando para frente enquanto acariciava minha bochecha de leve. Meus olhos se encheram de lágrimas imediatamente — Levei o maior susto quando me ligaram. Está com dor? Quer que eu chame a enfermeira? Precisa de alguma coisa? Quer que eu chame alguém?
Ela enxuga as próprias lágrimas e em seguida seca as minhas.
— Por quanto tempo eu dormi?
— Um dia e uma noite completas — Eu praticamente não prestei atenção em mais nada do que ela falava enquanto me lembrava do sonho que tinha tido — Sua cunhada e a namorada já receberam alta. Os pais da Mi estavam no hospital até uns minutos atrás e acabaram de levar ela de volta para Rio de Janeiro. Não sabe a tristeza que foi.
— Amiga, eu tive um sonho tão lindo. Não queria ter acordado — Fecho os olhos deixando as lembranças me invadirem.
— Quer me falar sobre ele? — Perguntou passando uma das mãos pelo meu cabelo.
— Arthur e eu estávamos em um clareira, em volta tinham árvores de todos os tamanhos e espécies, por entre elas entrava alguns feiches de luz que iluminavam tudo a nossa volta. No chão, florzinhas brancas espalhadas. Conversávamos sobre o casamento, sobre nossa casa com a casinha da árvore que a Catarina queria. Só que por algum motivo ele precisava ir embora, mas antes de ir, ele disse que me amava e pediu para eu cuidar da Catarina enquanto ele estivesse fora.
Ela não disse nada pelos próximos dois minutos.
— E-estou sem palavras... — Minha amiga tinha uma das mãos tampando a boca, enquanto as lágrimas desciam por seus rosto. Ela parecia querer me dizer algo, mas permaneceu calada.
— M-mamãe — Gritou a pequena vindo na nossa direção, minha sogra vinha atrás tentando em vão acompanhá-la — A senhora dormiu um tantão, eu fiquei com medo — Afirmou subindo na minha cama com uma certa dificuldade pela altura da maca.
— M-minha menininha — Falei lhe puxando em um abraço apertando, a soltando em seguida para olhá-la detalhadamente — Ela está mais magra, Pocah. Não acha que ela emagreceu?
— Agora explica para sua mãe, mocinha... — Foi minha sogra quem respondeu — Conta a ela que você estava dando um trabalhão para comer — Também não deixei passar despercebido seu rosto abatido.
— Eu queria a mamãe e o papai — Explicou timidamente
— Gente — Disse a médica com os olhos semicerrados — Que reunião é essa aqui? É um acompanhante por paciente. E a menina tem que ter autorização da administração para estar nesse andar.