Capítulo 10

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Assim que cheguei em casa, sai correndo pelos cômodos chamando pela minha irmã

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Assim que cheguei em casa, sai correndo pelos cômodos chamando pela minha irmã. Meio minuto depois ela estava no centro da sala, toda descabelada, descalça e assustada pelos meus gritos. 

— Me ligaram... Eles me ligaram... Ligaram da fórum, eu vou ser pai — Não sei se eu estava desesperado e falando embolado demais e não explicando nada com nada ou se Daniele de fato ainda não tinha acordado — Tenho que ir para Conduru hoje... 

— Como assim? — Perguntou coçando os olhos — Eu estou dormindo ainda...

— M-me. ligaram. do fórum. — Tentei falar devagar, fazendo pausas — Marcaram comigo amanhã para ir ver a minha filha. — Disse segurando suas mãos. — Eu tenho que ir para Conduru agora mesmo, para chegar lá a tempo. 

Daniele demorou alguns minutos para entender o que de fato estava acontecendo, quando caiu em si, começou a chorar levando a mão no rosto ainda em choque. 

— Eu sabia que daria certo — Comentou me puxando para um abraço, a emoção era tanta que me vi rodopiando a menina pela sala  — Meu Deus! Eu vou ser titia de novo. Já vou logo avisando que vou junto, nem pense em me deixar aqui. 

— Está louca... Com certeza você vai ir comigo. Já pode ir arrumando suas coisas. Aproveita e vai juntando as coisas do Dummy também... 

Arrumamos nossas malas, pegamos as coisas que Dummy iria precisar no caminho, parando na porta do quarto que seria da Catarina paralisado. E agora? O que eu precisaria levar para ela? Tentei me lembrar do curso de adotantes que tive a meses atrás, porém minha mente parecia estar bloqueada. 

— Bugou, foi? — Perguntou minha irmã atrás de mim.

— O que eu levo? Não faço a menor ideia do pegar — Respondi passando a mão pela cabeça.

— A cadeirinha com certeza... — Me lembrei do objeto no canto do quarto, ainda dentro da enorme caixa de papelão. Fui até a cozinha, peguei o primeiro objeto pontiagudo que vi e voltei para ao quarto já abrindo tudo. Enquanto isso minha irmã, começou pegar algumas peças de roupa, colocando em uma das malas. — Vou pegar biquíni, mais de uma toalha... Ainda mais que lá que tem piscina... Temos que levar algum brinquedo também.

— Escutando você falando assim, está parecendo que estou vivendo um sonho em um mundo paralelo.

— Não é mais sonho, Catarina agora é realidade — Olhei para Dani com os olhos cheios d'água.

Já no estacionamento no meu prédio, enquanto colocava tudo no porta malas, mandei mensagem para Abby contando o que estava acontecendo, perguntando se tinha como arrumar alguém para fazer uma limpeza geral no apartamento. Principalmente no quarto da minha pequena. Depois de vários gritos e surtos, deixei a chave na portaria para que ela pudesse ter acesso ao lugar.

Dani não queria que eu passasse a noite dirigindo sozinho. Eufórico do jeito que eu estava podia acabar fazendo alguma besteira. Então, optou por ficar acordada comigo durante todo o trajeto. Passamos a viagem toda cantando músicas aleatórias e imaginando como seria ter ela com a gente. Só paramos para que o Dummy pudesse fazer suas necessidades. 

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora