Capítulo 26

905 82 87
                                    

Poder dirigir e cantar sem que ninguém estivesse vendo ou escutando deveria ser considerado a oitava maravilha do mundo e deveria ser experimentado pelo menos uma vez na vida por todas as pessoas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Poder dirigir e cantar sem que ninguém estivesse vendo ou escutando deveria ser considerado a oitava maravilha do mundo e deveria ser experimentado pelo menos uma vez na vida por todas as pessoas. Quando estou atrás de volante era sempre uma sensação de liberdade difícil de ser descrita. 

Cheguei no estúdio um pouco mais cedo que o combinado e antes mesmo de entrar já fui logo mandando uma mensagem para o Arthur, avisando onde estava. Assim que passei pela porta de entrada, não teve como reparar na estrutura que estava sendo preparada. Tinha de tudo e em grandes quantidades. Muitos flashs, iluminação pelo teto, equipamento espalhados pelos dois lados da sala, fora as pessoas que corriam de um lado para outro. Naquele primeiro momento, senti um friozinho gostoso na barriga, era como estar de novo no primeiro dia de aula depois das férias de fim de ano, como conhecer os novos coleguinhas de turma, de conhecer os novos professores.

— Carla Diaz — Ouvi meu nome de forma animada — Seja bem vinda — Desejou uma mulher toda vestida de preto, com uma prancheta na mão e uma caneta, provavelmente monitorando a chegada de todos — A preparação de vocês vai ser no segundo andar, na terceira porta a direita, você pode subir direto.

— Obrigada —  Falei soltando um sorriso alegre, seguindo pelas escadas largas até um corredor repleto de quadros de ambos os lados. Pelo barulho de algumas vozes, imaginei ser alguma daquelas salas. Dei mais alguns passos até encontrar algumas pessoas já se arrumando, imaginei ser ali.

Cumprimentei a todos que estavam por lá, e logo fui clamada para iniciar a maquiagem e o cabelo, que seria padronizado para todas meninas. 

Como eu sentia falta dessa energia caótica que era todo mundo conversando junto e misturado, respondendo todos ao mesmo tempo, rindo juntos, trocando figurinhas, comentando fofocas.

Respeitando minha decisão, por causa do tumulto que virou minha vida, o plano inicial da minha assessoria é começar os trabalhos de forma gradual. Combinamos de gravar um IGTV explicando tudo que tinha acontecido comigo depois, mas deixaríamos os fãs irem descobrindo minha volta as redes através dessa campanha, assim eles mesmo já fariam um marketing orgânico. Aprovei aquele momento para voltar a gravar alguns storys que postaria somente depois.

— C-carla Diaz — Ouvi uma voz de sotaque carregado, automaticamente olhei na sua direção, enquanto o cabeleiro finalizava meu penteado. 

— Juliette — Praticamente gritei ao vê-la — N-não acredito, não sabia que estaria aqui. — Dei um pulo da cadeira quando percebi que tinham acabado de aplicar o fixador, me aproximando dela.

— Ainda muito trabalho mulher, conseguimos acertar o contrato de última hora — Respondeu com enorme sorriso no rosto, tomando a iniciativa de um abraço — Como você está bichinha? Sumida. Casou e nem liga mais pros pobres meros mortais, aqui. Não atende as ligações, fui na sua casa uma vez e me fizeram voltar para trás.

— Ju, aconteceu tanta coisa, que nem sei por onde começar a te contar. — Falei colocando a mão na testa — Se depois você tiver um tempinho livre, te explico melhor. Só não quero falar nada aqui, sabe...

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora