Capítulo 23

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CARLA DIAZ

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CARLA DIAZ

Depois de assistirmos vários vídeos na Internet, insisti em ajudar Dani e a amiga na preparação do almoço, mas logo elas me "expulsaram" da cozinha, alegando que davam conta de tudo que eu poderia ir fazer outra coisa. Então, Catarina teve a genial ideia de me apresentar ao quarto dela. Empolgada me puxou pela mão, enquanto sorria sem parar, contando todos os brinquedos que o pai tinha lhe dado de presente. Quando paramos na porta eu entendi o motivo do desespero da Daniele para que eu não entrasse aqui ontem a noite: Era o quartinho dela.

Meus olhos se iluminaram com a decoração de cada pedacinho daquele espaço. Um verdadeiro sonho de criança. De longe o cômodo mais lindo e organizado do apartamento. Eufórica, ela me mostrou cada detalhe, cada uma das suas bonecas, alguns bonecos de super heróis, os livrinhos organizados da forma que ela considerava a correta. 

— Vem, Tia Cá. Anda logo. Vamos desce no escorregador. — Chamou insistente subindo os degraus da escada de acesso sorrindo excessivamente.

— Acho que eu já estou velha para essas coisas, vou quebrar seu brinquedo — Argumentei olha-a de baixo.

Queba nada — Disse incisiva — A Titia Dani desce e você é menor que ela, então não tem poblema... vem. — Me chamou com as mãozinhas, sentada no topo do escorregador, descendo em seguida e caindo na pequena piscina de bolinhas. Bacana! Até ela já estava falando do meu tamanho. Dei um sorriso para ela, fazendo que não com a cabeça.

— Se o seu pai chegar e me ver ai em cima, vai brigar com a gente — Tentei inventar uma desculpa qualquer. Eu de verdade estava preocupada que pudesse quebrar toda aquela estrutura. 

— O papai não briga, ele é bonzinho... — Retrucou subindo novamente as escadas — Só não pode pegar o tablet, viu? — Revelou mostrando o dedinho, fazendo sinal negativo — Se não ele fica muito bavo.

— Mas porque não pode pegar o tablet? — Questionei curiosa, sabendo de como crianças soltam informações sem perceber.

— Ele não disse, mas eu sei que tem ota foto sua, poque eu vi. — Contou travessa como se estivesse me confidenciando um segredo, super secreto. Me peguei pensando se essa foto da qual ela referia, ainda era a mesma foto de quando ele ganhou o aparelho dos nossos fãs — Desci só uma vez, por favorzinho — Ainda insistia a pequena.

— Só uma vez... — Disse subindo a escada, me sentando na ponta do brinquedo morrendo de medo e rezando para aquilo não dar merda.

Depois que desci a primeira vez, suspirei aliviada, assim que cai em cima das bolinhas de plástico e tudo ainda continuava intacto. Confesso que achei divertido, chegando a repetir mais vezes. Depois de pegar confiança de que nada aconteceria, a algazarra estava formada, não sabia quem era a criança, ela ou eu. Naquele momento era como se eu voltasse no tempo de novo. Era como se todas as minhas inseguranças, medos, frustrações, ansiedade simplesmente não existissem.

O Amor Não Tem FimOnde histórias criam vida. Descubra agora